Governo de Vladimir Putin aprofunda ataques contra direitos civis. A Igreja Mórmon defenderá a liberdade religiosa quando ela é de fato atacada?
Na última semana, o Ministério da Justiça da Rússia incluiu as Testemunhas de Jeová em uma lista de organizações extremistas. O Ministério ainda solicitou o banimento das Testemunhas de Jeová do país. A lista do governo russo coloca as Testemunhas ao lado de grupos terroristas como Al Qaeda e Estado Islâmico.

Testemunhas de Jeová em reunião na Rússia, novembro de 2015. Imagem: Alexander Aksakov/ WP
Denominação cristã fundada no séc. 19 nos EUA, as Testemunhas de Jeová são conhecidas por seu pacifismo, por absterem-se de votar e de celebrar símbolos nacionais, além de seu vigoroso proselitismo. Tais atitudes são vistas como “extremistas” pelo governo russo.
Banidas durante o governo de Josef Stalin, mais de 8 mil Testemunhas de Jeová foram deportadas para a Sibéria em 1951. A organização recebeu novamente permissão legal para atuar na Rússia em 1991 e afirma ter hoje mais de 170 mil membros no país. De acordo com a reportagem do New York Times,
(…) em um retrocesso aos dias da União Soviética, quando as Testemunhas de Jeová foram perseguidas como espiões e descontentes pela KGB, a denominação está no centro de uma crescente campanha pelas autoridades para restringir grupos religiosos que competem com a Igreja Ortodoxa Russa e desafiam os esforços do presidente Vladimir V. Putin para animar o país sob valores patrióticos tradicionais e, muitas vezes, militaristas.
A ação do governo russo contra as Testemunhas de Jeová representa um acirramento dos ataques contra liberdade civis e religiosas pelo governo Putin, impulsionado pela lei antiterrorismo que severamente restringe direitos civis e liberdades religiosas de seus cidadãos. Continuar lendo