Calma, não seja apressado(a) em dar a resposta. Vamos antes entender juntos o contexto do que quero dizer com ‘aproximar de Deus’, depois vamos à nossa própria consciência e buscar a resposta.
Essa pergunta me ocorre já há algum tempo, e quase sempre tem relação com a atitude de algum ‘santo dos últimos dias’ (entre os quais mais convivo) ou algum membro de alguma outra denominação (cristã ou não).
O contexto para a pergunta quase sempre se dá em ocasiões onde percebo casos de intolerância, mesquinhez, insensibilidade aos problemas alheios, egoísmo e coisas do tipo, sem contar os casos de artimanhas sacerdotais e ‘domínio injusto’. Tudo isso, pasmem, em defesa do ‘nome do bom deus’ e ‘sua vontade’. Pelo menos é o que dizem ou mentem a si mesmos.
Não raras vezes sinto emoção profunda ao lembrar ou ouvir ou cantar as estrofes de um belo hino com o qual tive experiências espirituais profundas:
- Se alguém acha que é mister fazer algum tipo de vingança, retaliação ou coisa do tipo para outrem que errou, este alguém não tem fé em Deus e SUA justiça. Logo, sua religião não o aproximou de Deus.
- Se você acha que a frase “ama o pecador, mas abomina o pecado” endossa situação de achar que esse pecado a ser abominado é o que foi praticado pelo pecador, além de estar muito enganado, sua religião não o aproximou de Deus. Esse pecado a ser abominado é o que VOCÊ pode vir a praticar, pois o pecado do OUTRO já foi cometido, e abominá-lo não vai de modo algum ajudar você a amá-lo (ou até ser uma ferramenta de cura nas mãos de Deus).
- Se você acha que os fins justificam os meios, ou que o ‘jeitinho brasileiro’ pode ser aplicado na administração da igreja, desculpa, você não só não conhece Deus como provavelmente o está lesando.
- Se você acha que o pecador não sente dor, ou o oprimido pelas fraquezas que a natureza ou más escolhas lhe trouxeram, que não é um ferido que precisa ser amado e respeitado, mesmo que essas lições o tornem rebelde, você ainda não está perto de conhecer Deus. E penso que talvez você precise descobrir o que é ser perdoado, pois duvido que alguma vez tenha sabido o que isso significa.
- Se você escuta (ou lê, ou assiste) algo já pensando em defender, refutar, rebaixar ou humilhar, além de um SURDO ESPIRITUAL, você com certeza ainda não ouviu a voz de Deus.
Eu poderia seguir numa lista maior, mas aos meus objetivos esta listagem me basta até aqui.
Eu entendo que a primeira defesa das pessoas quando veem suas crenças (ou mundo em que vivem) serem confrontadas é partir para a ‘ignorância’, ou usar do que chamam de dissonância cognitiva (não querer ver o que é claro, que você pode até estar no caminho certo, mas não está andando pela estrada), MAS se você realmente conhece Deus, essa atitude negativa será uma coisa rara na TUA vida.
Citações:
“O fanatismo tem produzido mais males que o ateísmo.” (Voltaire)
“O fanatismo consiste em redobrar o próprio esforço quando nos esquecemos do objetivo.” (Jorge Santayana)
“Fanático é o sujeito que não muda de ideia e não pode mudar de assunto.” (Winston Churchill)
“O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.” (Friedrich Nietzsche)
“A mente de um fanático é como a pupila do olho: quanto mais luz incide sobre ela, mais se irá contrair.” (Oliver Wendell Holmes)
“O fanatismo é um estado d’alma, em que a paixão do crente se converte em alucinações.” (Leoni Kaseff)
“Não querer associar-se senão com aqueles que aprovamos em tudo é uma quimera, é mesmo uma espécie de fanatismo.” (Émile-Auguste Chartier, “Alain”)
“O fanatismo é para a religião o que a hipocrisia é para a virtude.”
(Charles Palissot de Montenoy)
Por um erro de configuração os comentários estavam desabilitados, pessoal, mas agora isso já está resolvido.
O post contém alguns pequenos erros de português que pretendo corrigir, e está faltando uma pequena linha de raciocínio, mas gostaria de saber, caso tiverem, a opinião daqueles que o lerem.
A maioria das pessoas não faz ideia do quando carrega de erros sociais consigo para dentro de uma religião, estando cegadas pelo desserviço que prestam à própria religião. Muitos ‘crentes’ ficam preocupados com o que A ou B irão pensar se souberem que ele tem algum vício ou comportamento escondido (o que, claro, não é saudável para sua alma e comunhão com Deus), mas parecem ignorar exageradamente que suas atitudes de ódio, segregação, orgulho (e seus filhos e filhas) fazem tanto mal à sociedade quanto seus pecados.
E sabem a pior parte, é quando nas entrelinhas ou mesmo declaradamente tais indivíduos se acham justificados pelos sermões, lições, cânon, diretrizes, costumes sociais infundados e coisas do tipo dentro de sua própria ‘instituição religiosa’. Ninguém se preocupa no que Jesus faria, MAS sim no que eu faria no lugar de Jesus.
Quer saber? Tem muita coisa guardada dentro de mim sobre isso, esses pensamentos me perturbam. É tanta superficialidade, tantos padrões, costumes, regras, e pessoas se sentindo tanto mais puras e santas quanto conseguirem cumprir tais regras. Isso me desanima. Me estresso e me frustra. Mas…quando um pequeno lampejo de espiritualidade surge, é como um bálsamo. Quando consigo enxergar uma pequena luzinha no fim do túnel, e reconheço algum rudimentar traço de verdadeira cristandade entre nós, me dá forças pra continuar. Principalmente se é em mim, se sinto uma mudança no meu coração e a semente do discipulado suplantar a adoração ao manual geral de instruções… Volume 1 ou 2.
É raro, porque as regras e convenções a cumprir são tantas…Mas são estes pequenos momentos de conexão que me ajudam a seguir em frente.
Obrigado, Suzana, por seu comentário.
É verdade que nessas horas (ao nos depararmos ou mesmo agirmos como se ‘vivêssemos sem Deus no mundo’) parece que uma das poucas coisas que nos restam é buscar por uma conciliação e firmarmo-nos naquilo que realmente importa, no que recebemos Dele em nosso espírito.
Prezado Gerson Sena…
Seu artigo é bom, pois vale muito a intenção, e a intenção nele é perceptível, mas alguns trecho são difíceis de reproduzir o que realmente você estava pensando… Vou dar alguns exemplos: (1) No fragmento: “E não raras vezes vejo em discursos, lições e conversas informais a dádiva do ‘puro amor de Cristo’ simplesmente inexistir…” (Acho que aqui você quis dizer que a religião não aproxima de D’us se situações como estas citadas no fragmento ocorrem)… Os dois fragmentos posteriores somados ao já mencionado soam como um desabafo… E por fim mais a frente você alista uma série de situações controversas a conexão com D’us.
Eu diria que seu questionamento e preocupação com a conexão com D’us traduzida em uma reflexão por meio da pergunta que intitula o artigo e que é contraria às atitudes que você alista… Vamos outravez, muitas das atitudes que você alista são contrarias aos preceitos e em resumo, sendo simplista, a aproximação de D’us… Eu resumo tudo isto e o restante da lista que você não escreveu em uma frase: “As atitudes de muitos membros são contrarias aos preceitos da igreja que se diz a única verdadeira sobre a face da terra.”
Um “adendum” importante não estou julgando seu artigo, não… O grande alvo aqui é tão somente a igreja SUD, penso eu… Por este motivo eu afirmo acima que é difícil reproduzir o que você realmente pensou, (porque não estamos falando de outra igreja senão da SUD)…
Eu penso que a conexão com D’us não depende de igreja… Penso que depende de conhecimento… Depende de oração, depende de estudo profundo e sério de Torah… Depende de atitudes positivas das pessoas para consigo mesmas e para com os outros…
As religiões em sua maioria e a igreja SUD não está fora desta lista, orientam e ensinam preceitos errôneos às pessoas… (Um exemplo)
Observe, elas não ensinam as pessoas a vencer a má inclinação, elas ensinam que existe um diabo e que ele tenta o tempo todo os homens (e mulheres), isso cria um problema, o maior deste problemas é representado por uma escritura pouco citada, que diz que D’us não permite que o opositor tente o homem alem de suas forças… Essa pequena escritura causa um problema muito sério, primeiro porque informa que D’us controla o mal, segundo porque gera uma ruptura no pensamento do homem que pensa, pois se o diabo não tem poder para tentar alem de nossas forças de quem é a culpa quando caímos? Nossa? ou de D’us que controla o mal?
Mas como falei essa é uma pequena escritura, ninguém dá a devida atenção a ela… E seguimos culpando o opositor por nossas escolhas…
Indo direto a seu questionamento, sua religião o aproxima de D’us? (grifo meu) toda a religião ou sistema religioso que gerar idolatria afasta de D’us… Pois o primeiro grande mandamento é o de não ter outros deuses diante do verdadeiro D’us…
Observe então que sua pergunta é muito mais abrangente do que o que você pretendia fazê-la ser. Recentemente eu me tornei monoteísta Noahide, sua questão terá impactos diferentes em cada pessoa que ler seu artigo… (O que é por si só algo maravilhoso)… Para finalizar penso que há demasiada idolatria a Joseph Smith, aos templos, aos garments, ao livro de mórmon e à figura do profeta na igreja, isso dá pouca sustentação a uma resposta positiva a sua questão primaria. (A que gerou o título do artigo,digo)…
Artigo muito bom, mazal tov!