Depositando Fé na História

Nesta semana seguida à Conferência Geral, publicaremos artigos explorando alguns seletos discursos proferidos no fim de semana que se passou. Em consideração hoje o discurso do Setenta brasileiro Jairo Mazzagardi.

∼¤∼

É uma característica comum entre mórmons basear suas crenças e convicções religiosas, que no jargão mormonês chama-se de “testemunho”, em eventos históricos. Enquanto outras religiões creem em conceitos filosóficos e esotéricos abstratos, mórmons constrõe sua fé em torno de narrativas históricas.

Vista do Canal Erie em 1829

Infelizmente, esse modelo teológico expõe o fiel a um problema básico e inevitável,  e o discurso de Mazzagardi é um perfeito exemplo dessa deficiência.

O discurso do Mazzagardi gira em torno de uma experiência esotérica que ele afirma ter sido confirmatória para o seu “testemunho”, ou crença religiosa, a respeito da historicidade de Joseph Smith e da fundação da Igreja Mórmon. Contudo, sua experiência “confirmatória” é inteiramente dependente de uma completa ignorância histórica e de vários equívocos historiográficos, e não seria coerente sob outro prisma mais bem informado.

Vivendo legalmente¹ na Costa Leste dos Estados Unidos por alguns anos, eu estava familiarizado com as cidades e eles eram em sua maioria de pequeno porte. Quando eu lia ou ouvia sobre os eventos que antecederam a Primeira Visão, uma multidão de pessoas era mencionada e isso não fazia sentido para mim.

O único motivo porque a “multidão de pessoas” não “fa[r]ia sentido” para alguém seria por completa ignorância histórica.

Os Estados Unidos experimentaram uma enorme mudança cultural no fervor religioso entre os anos 1790-1850 que historiadores chamaram de Segundo Grande Despertar.  Uma resposta ao Deísmo e secularismo predominantes durante o período Iluminista que marcou o século XVIII (e lhes legou a Revolução Americana e sua renomada e revolucionária Constituição), o Segundo Grande Despertar foi uma onda de reuniões de reavivamento religioso que tomou os povoamentos nascentes da fronteira norte-americana.

Esse reavivamento ocorria, tipicamente, através das chamadas camp revivals ou tent revivals, ou “reuniões em acampamentos com tendas”, onde crentes e interessados acampavam, usualmente em tendas, após viajar de várias cidades e centenas ou milhares de quilômetros para algum ponto geográfico pré-determinado, para ouvir esse ou aquele pastor ou evangelista pregar. Em 1820, esses acampamentos eram muito comuns por todo país, e frequentemente fiéis viajavam de acampamento em acampamento, seguindo como se fora uma procissão de tais eventos, tipicamente durando dias ou semanas, enquanto fiéis acampavam em tendas e ouviam pregadores em palanques improvisados.²

Descrições desses acampamentos, e das longas viagens que peregrinos faziam para frequentá-los, são abundantes em livros de história para alunos do ensino fundamental nos EUA, tanto hoje, como o eram na década de 1980. Entre historiadores, eles são tão famosos e conhecidos há mais de um século que a leitura da autobiografia de Charles Grandison Finney (1876) tornou-se obrigatória, no qual ele cunhou o termo “distrito de terra arrasada” para descrever o Oeste do Estado de Nova Iorque (justamente a região onde Joseph Smith vivia). Para Finney, houvera tantos acampamentos e reavivamentos na região  do oeste nova-iorquino (onde Smith morava) nas primeiras décadas do século XIX, que simplesmente não havia mais ninguém para se converter por lá nos meados do século.

Mais de 3 décadas de acampamentos e reavivamentos passaram pela região até o reavivamento que motivaria Smith em sua carreira profética. Viajar por dezenas ou centenas de quilômetros para participar destes acampamentos era comum e a norma havia muito tempo antes do reavivamento metodista bater na porta dos Smith.

Perguntas começaram a surgir em minha mente. Por que a Igreja tinha que ser restaurada nos Estados Unidos e não no Brasil ou na Itália, a terra dos meus antepassados? Onde estavam as multidões de pessoas mencionadas, que estavam envolvidas nos avivamentos e, na confusão das religiões, os quais estavam acontecendo em um lugar tranquilo e calmo?

O Segundo Grande Despertar motivou não apenas enormes conversões para metodistas e batistas (lembrando, sempre, que os EUA não eram um país muito religioso ou mesmo particularmente cristão durante a segunda metade do século XVIII), mas também inspirou diversos movimentos religiosos pós-milenares e restauracionistas. Campbellitas (e.g., Sidney Rigdon), milleritas (e.g., Adventistas), shakers, oneida, testemunhas de Jeová, e mórmons, todos tiveram suas raízes fundacionais no fervor dos acampamentos, dos reavivamentos, e desses pregadores itinerantes.

Uma pergunta historiograficamente bem informada não seria “por que não Brasil ou por que não Itália” (onde o catolicismo não só plenamente enraizado, como era explicitamente dominado pelo, e dominante no, estado) mas sim quais fatores sócio-culturais norte-americanos fomentaram, em um curto período de tempo (1790-1840), a fundação de tantas religiões similares entre si.

Eu perguntei a um monte de pessoas sobre isso, mas nunca obtive uma resposta. Eu li tudo em Português e, em seguida, em Inglês, mas não encontrando nada que pudesse acalmar meu coração, eu continuei a pesquisar.

Descontando-se a hipérbole narrativa, isso simplesmente não pode ser verídico. Como notei acima, qualquer livro texto de história em ensino médio, ou mesmo fundamental II, da época em questão mencionaria o Segundo Grande Despertar e acampamentos de reavivamento. Ademais, a enciclopédia norte-americana World Book Encyclopedia, a mais popular nos EUA durante a década de 1980, traz desde sua edição de 1971 artigos sob os verbetes “Segundo Grande Despertar”, “Acampamentos de Reavivamento”, e “Distrito de Terra Arrasada”, entre outros.

Ainda mais, na primeira metade de 1984, o historiador SUD Richard Bushman publicou o seu livro (vencedor do Prêmio Evans para Biografias e enorme sucesso de crítica e vendas) Joseph Smith e o começo do Mormonismo, onde ele hábil e competentemente explora o papel desses movimentos religiosos americanos na formação de Smith e do mormonismo primitivo.

Em outubro de 1984, eu assisti a uma Conferência Geral como um conselheiro na presidência da estaca. Depois, fui para Palmyra ansioso para encontrar a resposta. Chegando lá eu tentei entender: Por que a restauração tinha que ser aqui, e por que tal alvoroço espiritual? De onde é que vieram todas as pessoas mencionadas no relato de Joseph? Por que lá?

Palmyra em 1984 e Palmyra em 1824 eram cidades enormemente diferentes, em contextos sociais e econômicos tão díspares que inteiramente incomparáveis. 

O Oeste de Nova Iorque no começo do século XIX vivia a bolha de crescimento impulsionada pela imigração de pobres e aventureiros vindo do Leste, do crescimento abrupto destes assentando em terras previamente desocupadas (i.e., ocupadas pelos agora expulsos ameríndios) e arando fazendas novas. O Oeste de Nova Iorque no início da década de 1980 sofria da retração econômica e inflação desordenada dos anos 1970 e a severa recessão dos anos 1980, oprimindo uma região que havia crescido muito pouco nas últimas décadas. Tentar concluir movimentos sociais e parâmetros econômicos de uma sociedade há 160 anos atrás pelos dados contemporâneos exclusivamente baseando-se apenas na coincidência geográfica dos assentamentos é simplesmente um erro metodológico e racional grave.

Naquela época, a resposta mais razoável para mim foi porque a Constituição dos Estados Unidos garantia liberdade.

Curiosamente, a constituição brasileira de 1824 garantia liberdade de culto e religião, apesar de determinar uma religião oficial e limitar os locais públicos para manifestação das fés não-oficiais. Ademais, a “liberdade” supostamente “garanti[da]” pela “Constituição dos Estados Unidos” não fizeram nada para limitar os muitos e muitos problemas legais e extra-legais que os mórmons enfrentaram entre 1832 e 1891.

Naquela manhã eu visitei o Edifício Grandin, onde o primeiro Livro de Mórmon foi impresso. Eu fui para o Bosque Sagrado, onde eu rezei muito. Não havia quase ninguém nas ruas nessa pequena cidade de Palmyra. Onde estavam as multidões de pessoas que Joseph tinha mencionado?

O “Bosque Sagrado” encontra-se em Manchester, não Palmyra. E, novamente, a pergunta absurda do ponto de vista lógico e histórico: Aonde foram as multidões que Smith havia descrito 160 anos antes?

Mapa dos municípios de Palmyra e Manchester em 1817 (Fonte: Bushman, Richard. Joseph Smith: Rough Stone Rolling.)

Naquela tarde, eu decidi ir para a fazenda de Peter Whitmer e quando cheguei lá, encontrei um homem na janela de uma cabana. Ele tinha um brilho intenso em seus olhos. Cumprimentei-o e, em seguida, comecei a fazer todas essas mesmas perguntas… Ele explicou que os Lagos Erie e Ontário, e mais abaixo, o rio Hudson estavam localizados naquela região.
No início de 1800, eles decidiram construir um canal para a navegação, que iria passar por essa região, que se estende mais de 500 quilômetros para chegar ao Rio Hudson. Foi um grande empreendimento para a época, e eles só podiam contar com o trabalho humano e poder animal. Palmyra era um centro para parte da construção. Eles precisavam de pessoas qualificadas, técnicos, famílias e seus amigos. Muitas pessoas começaram a migrar para as cidades vizinhas, e lugares mais distantes para trabalhar no canal. Aquele foi um momento tão sagrado e espiritual, porque eu tinha finalmente encontrado a multidão. Eles trouxeram seus costumes e crenças. Quando ele mencionou suas crenças, minha mente foi iluminada e meus olhos espirituais foram abertos por Deus. Naquele momento, eu entendi como a mão de Deus, nosso Pai, em Sua imensa sabedoria, tinha preparado em Seu plano, um lugar para trazer o jovem Joseph Smith, colocá-lo no meio daquela confusão religiosa, porque lá, em Cumora, as placas preciosas do Livro de Mórmon estavam escondidos.

A explosão populacional em Palmyra devido ao Canal Erie, cuja construção iniciou-se em 1817, ocorreu mesmo entre 1820 e 1830. Certamente, a construção do canal ajudou no crescimento populacional da região como um todo, mas como vimos acima, o fator determinante para o sucesso e popularidade dos reavivamentos era mais o fervor dos fiéis itinerantes que viajavam longas distâncias pelos acampamentos. Ademais, os reavivamentos ocorriam com enormes multidões muito antes da construção do canal, e ocorriam por todo estado e por todo o país, onde não haviam construções de canais.³

Tal qual Palmyra, havia muitos outros “centros” de construção do canal, inclusive a não-distante Lyons, que eventualmente desbancaria Palmyra como sede de condado em 1823, contribuindo para sustar o crescimento econômico e populacional desta. Outras cidades experimentariam ainda maiores crescimentos após a conclusão e abertura do canal. ¹¹

Ainda mais importantemente, Palmyra recebeu dois reavivamentos nesse período: Em 1816, antes do início da construção do canal, e em 1824, após o término da construção do canal, sendo o de 1816 maior e mais impactante que o de 1824. O que demonstra que o canal em si não fora um fator determinante para a “multidão”.

Ao deixar a fazenda Whitmer, eu não me lembro de dizer adeus. Eu só me lembro das lágrimas correndo livremente pelo meu rosto. O sol estava se pondo em um céu bonito. Em meu coração uma imensa alegria e paz acalmou minha alma. Eu estava cheio de gratidão. Agora eu entendia claramente o porquê. Mais uma vez o Senhor tinha me dado o conhecimento e luz.¹²

O discurso de Mazzagardi gira completamente em torno de uma narrativa onde ele se apresenta como um cético com dúvidas por causa de uma questão de fundo racional e histórico que recebe, através da graça de Deus, novos conhecimentos históricos que demonstram que suas dúvidas racionais não são válidas, e assim cresce em sua fé ou “testemunho”.

Contudo, de acordo com sua própria narrativa, suas dúvidas não tem nenhum fundamento racional ou histórico, seus novos conhecimentos não são novos e contém graves equívocos factuais, seu raciocínio é equivocado e o leva às conclusões erradas, e absolutamente todas as informações corretas e relevantes lhe estavam perfeitamente disponíveis em 1984, e muito facilmente disponíveis em 2016.

Por que isso é um problema?

Porque para uma pessoa com um mínimo de educação acadêmica e interesse em leitura, esse tipo de “testemunho” sugere que a crença religiosa depende inteiramente de ignorância para que seja aceitável e compreensível. Crê nessa estória do Mazzagardi apenas quem é ignorante da história dos Estados Unidos, da história da Igreja, e do trabalho de historiadores SUD como Richard Bushman. O que faz esse tipo de crente quando se depara com o fato histórico que Joseph Smith alterou significantemente os relatos de sua Primeira Visão com o passar dos anos? Ou que esse reavivamento que lhe motivou sua busca religiosa ocorreu apenas em 1824, e não em 1820, como lemos hoje nas escrituras mórmons?

Crentes que depositam sua fé em princípios esotéricos (e.g., espiritualidade), conceitos filosóficos (e.g., amar o próximo), ou crenças sobrenaturais ou paranormais (e.g., ressurreição) mantêm-se distantes de discussões racionais ou factuais e gozam do privilégio de discorrer sobre suas crenças mais ou menos divorciado de escrutínio lógico. Crentes que depositam sua fé em eventos históricos e discussões racionais correm o risco de, como este Setenta brasileiro, ver sua crença contestada por causa de grosseiras falhas lógicas, factuais, de raciocínio, e historiográficas.

Considerando que, cada vez mais, informações históricas encontram-se facilmente disponíveis ao público, não é difícil ver que essa postura proposta por Mazzagardi seja mais negativa para o crescimento da Igreja e para o seu branding entre as gerações mais jovens e mais educadas.


NOTAS

[1] Mazzagardi faz questão de deixar claro que, enquanto morava nos EUA, o fazia “legalmente”. Essa qualificação parece forçada por tratar-se de detalhe inteiramente desnecessário para a estória e pode ser uma velada crítica aos milhares de membros da Igreja latino-americanos que vivem nos EUA como imigrantes ilegais (ou sem documentação). A colocação é ainda mais curiosa, considerando que a Igreja não condena imigrantes ilegais, inclusive apoiando-os em suas participações sociais e comunitárias dentro de suas respectivas alas.
[2] Joseph Smith inclui uma excelente descrição desses acampamentos com tendas, tão comuns e populares em sua época e região, no relato do acampamento de reavivamento descrito no Livro de Mórmon.
[3] O Lago Ontário é realmente muito próximo a Palmyra, e o Lago Erie é próximo ao Lago Ontário, mas o Rio Hudson fica no extremo leste do estado, inteiramente do lado oposto do estado de Nova Iorque. Justamente por isso construiu-se o canal, para unir esses corpos d’água distantes uns dos outros. Se Mazzagardi realmente teve essa conversa, ele poderia ao menos ter visto um mapa nos últimos 20 anos antes de recontar sua estória.
[11] O grande aumento no fluxo de imigrações ocorreu sabidamente mais como consequência das ofertas de mercado decorrentes das novas rotas de comércio entre os extremos leste e oeste do estado e a região sul, que acessava o canal através de Palmyra, ao invés de por causa da construção do canal em si. Bushman, por exemplo, relata que a própria família Smith se aproveitou da construção do canal para ganhar dinheiro vendendo artesanato e refrescos para os operários.
[12] A fazenda Whitmer não ficava em Palmyra, mas sim na distante Fayette. Apesar da tradição SUD de que a Igreja de Cristo tivesse sido organizada nessa fazenda no dia 6 de abril de 1830, evidências históricas demonstram que ela foi organizada em Manchester, vizinha de Palmyra.

7 comentários sobre “Depositando Fé na História

  1. Creio que tal problema não seja notado pela massa religiosa, pois em tese sua maioria não busca estudar ou questionar qualquer relato de um líder ou orador. Em meu meio raros são os que lêem textos diversos, alguns sequer lêem o cânone.

    Tais problemas, me parece, só são notados pelos OUVINTES mais atentos, e no caso, ao que parece, são os que mais a igreja deseja longe de suas congregações.

    Infelizmente é isso que ocorre mesmo, parece haver uma pseudo-erudição em muitos discursos mórmons. Mas poucos querem ou irão notar, porque não lhes interessa questionar.

    • Concordo com voce Gerson, me parece tambem que se olharmos bem podemos ver que desde os anos 80 a igreja vem dando enfase em gerar sentimentos de emocao nos membros, todas as campanhas publicitarias da igreja, todos discursos e praticamente todos videos feito pela igreja tem como objetivo em gerar emocoes, com isso os membros (menos intelectuais) ficam anestesiados sem buscar entender a historia ou mesmo a doutrina correta, tudo ja e mastigado e dado na boca dos membros com intencao de fazer los sentirem emocoes e com isso a maioria dos membros acham que estao sentido o Espirito. Nas escrituras quando Profetas ou pessoas receberam revelacoes de Deus tiveram sentimentos de desconforto, tristeza e ate depressao ao ouvirem ou receberem a verdade, Lehi ao ter uma visao ficou assombrado, Joseph Smith perdeu a forca fisica antes e depois de suas visoes; Nefi ficou profundamente triste apos receber revelacoes; Moises teve um encontro com o proprio Lucifer e tremeu de terror logo apos ter falado com Deus; e muitos outros exemplos que poderiamos citar aqui. Talvez a verdadeira menssagem que precisamos ouvir nao tem nada haver com sentimentos de paz e calorzinho no peito. Moroni nos avisa que devemos acordar para nosso “estado terrivel “nos ultimos dias por causa de combinacoes secretas no nosso meio.

  2. Nas conferências gerais sempre tem autoridade geral falando completas bobagens sobre ciência, história da Igreja, doutrina e até erros grassos de hermenêutica da Bíblia, coisas simples que se aprende até no seminário. Aí me pergunto, os discursos não são verificados e autorizados pelos 12? Não é feito nenhuma correção quanto apresenta erros tão consistentes? Nesse caso é ainda pior, pois o erro não é uma divergência do ponto de vista doutrinário, mas há erros geográficos grandes e o que mais assusta é saber que um conselheiro de área tem o testemunho dele embasado em ignorância e informações incorretas. O que nao ficou claro é se era uma questão de mero conhecimento ou se essa experiência espiritual é o alicerce do testemunho dele. E eu fiquei na dúvida se ele assistiu a conferência geral como conselheiro da Estaca ou com um conselheiro da Estaca. Não sei o que é mais bizarro, um conselheiro da estaca sem testemunho julgando as pessoas em conselhos disciplinares ou ele achar que alguém acreditaria que um pesquisador iria até Palmyra para pesquisar a Igreja e saber se a história era real. Qualquer que seja o que ele quis dizer, eu acho bizarro caso essa experiência seja o alicerce do testemunho dele da Igreja, a menos que este não seja o fundamento do testemunho da Igreja dele, apenas um acréscimo de um testemunho que ele já possuía, aí até entendo, embora demonstre que os sentimentos que ele teve foram baseados em informações falsas, incorretas, o que seria estranho e ficaria ainda assim evidente que essa parte do testemunho dele foi embasado em algo puramente psicológico e não espiritual.
    Quando vejo qualquer membro prestar testemunho usando uma informação falsa para embasar seu testemunho, eu fico com pena e por óbvio o testemunho que a pessoa presta não tem valor algum já que é alicerçado na areia da mentira. Mas quando uma autoridade da presidência da área presta um testemunho alicerçado na areia de uma informação falsa, aí eu fico extremamente preocupado, já que a pessoa é um líder que preside sobre mim. Um pesquisador bem informado, que normalmente daria mais atenção aos testemunhos de “ex céticos” acabam sendo espantados da Igreja não dando crédito algum para isso. A única coisa que pensam é que a fundamentação, o alicerce da fé da pessoa é a ignorância, que se talvez ela fosse bem informada nem ela teria a fé a qual ela quer que me converta.

Deixe um comentário abaixo:

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.