Nas duas semanas depois do anúncio na conferência Geral que diminuiu a idade mínima para o trabalho missionário o número de solicitações recebidas pela igreja aumentou em 471%, de 700 a 4.000 solicitações semanais. E, enquanto mulheres faziam 14% dos missionários de tempo integral, mais de 50% das solicitações recebidas são de jovens mulheres.
Já um análise independente vê um aumento no número de missionários de 15.000 a 20.000 dentro de um ano, e, com isso, um aumento no número de missões de até 80! Em total, o número de missionários poderá chegar a 75.000 a 80.000 nos próximos dois anos, dos 58.000 servindo no momento. A análise também prevê um aumento no número de conversos durante cada ano até mais de 400.000 (com 80.000 missionários servindo).
Não sei se esse aumento vai acontecer mesmo assim, mas creio que vamos ter um aumento muito grande. E o aumento vai causar muitas mudanças, até mesmo no Brasil. Como os missionários homens já sirvam aos 18 anos no Brasil, o aumento principal entre os jovens será entre as mulheres que agora vão servir. Mas ainda maior será o aumento no número de missionários estrangeiros no Brasil — com tantos missionários dos EUA entrando na missão, as missões no Brasil terão mais missionários. [A missão média no momento tem por volta de 165 missionários.] E porque os brasileiros já sirvam aos 18 anos, o aumento vai ser composta de estrangeiros–em geral dos EUA.
Por causa desse aumento em missionários, terão que abrir mais áreas e mais cidades. Alas e ramos que costumam ter dois missionários possam ter quatro ou mais. E o número de missões no Brasil, que já tem mais missões que qualquer outro país (fora dos EUA), poderá aumentar também.
Muita parte desse aumento não vai ser permanente. O aumento vai ser composta em parte de pessoas que decidiram servir mais cedo — iam servir no futuro, portanto é somente uma mudança do futuro para agora. Mas a outra parte seria pessoas que não teriam prestado serviço — porque casariam antes da missão, ou porque emprego, serviço militar ou outros cuidados da vida iam interferir. Esse aumento, em geral, será feito por mulheres.
O problema que a Igreja vai enfrentar no futuro é depois da mudança, quando quem vai servir mais cedo já entrou no serviço e os jovens já se acostumaram à nova idade. As missões não vão ter tantos missionários, e não sabemos quantos missionários será o normal. Poderá haver até uma queda no número de missionários daqui dois ou três anos.
Eu acho que a Igreja e os líderes locais devem planejar muito bom como desfrutar desse aumento no número de missionários, pois, enquanto parte do aumento vai ser permanente, outra parte vai desaparecer em dois anos.
Que pensam? Há outros efeitos dessa mudança de política? Como é que a vida mórmon no Brasil vai mudar por causa desse anúncio?

O maior número de moças servindo missão tem o potencial de dar maior qualidade à obra missionária sud, uma vez que elas não estão sujeitas às pressões sociais que os rapazes sofrem na cultura sud. Por outro lado, seus líderes serão os mesmos homens, de forma que não sei se no final das contas haverá uma mudança substancial.
Antevejo ainda mais mudanças nas cerimônias do templo, à medida em que pessoas cada vez mais jovens recebem a investidura antes da missão.
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