Há dias eu recebi uma pergunta de um amigo sobre compositores SUDs no mundo. Ele queria saber se existem compositores SUDs na América Latina? Devem existir, eu pensei, pois a música é muitíssimo importante no Brasil. Mas na verdade eu nunca ouvi nada sobre compositores SUDs no Brasil. Quem são?
A pergunta vem de Glenn Gordon, o diretor da organização não-governamental LDS Composers Trust (consórcio de compositores SUDs). Sua organização está construindo um banco de dados de todos os compositores SUDs, o qual já contem mais de 600 compositores, 80 dos quais participam regularmente em um rede na Internet. Mas quase ninguém da América Latina encontra-se no banco de dados.
Essa organização quer saber de compositores treinados ou com experiência em compor música e tem mais interesse em compositores de hinos. Ela publica um jornal chamado Hymns Today (hinos de hoje) no qual promove novos hinos e hinos de compositores SUDs. A organização também realiza concertos de música de câmara em que realizam novas obras de compositores SUDs. Enquanto essa organização se interessa por compositores de hinos, música religiosa e música clássica (e não música rock, mpb, etc.), acho que nós aqui nos interessaríamos em todos os compositores brasileiros SUDs.
Já dei uma olhada breve nas partituras disponíveis em sites como o Deseret Brasil, e parece (na minha breve olhada – não dá para saber facilmente) que a maior parte delas são de compositores de Utah com a letra traduzida para o português.
No meu ver, essa pergunta é algo importante. Com pelo menos 250.000 membros ativos que falam português, parece-me que compositores SUDs devem existir. Duvido que seja necessário a importação e tradução de obras de Utah, pois os Brasileiros também são capazes de criar obras que dão louvor a Deus.
Que acham? É você compositor? Conhece compositor SUD? Por favor anotam abaixo nos comentários os nomes dos compositores que você conhece, junto como o tipo de música que ele compõe, seu treinamento ou experiência e como podemos contatá-lo (ou indica que devo contatá-lo se não quer publicar o contato aqui). Vou passar a informação a essa organização de compositores SUDs.
O irmão Anderson respondeu bem à pergunta da irmã Suzana e foi até mais além, e realmente esta é a realidade do nosso louvor SUD no Brasil, falta incentivo e alguém que lidere música com fortes conhecimentos de músico para nos mostrar as deficiências e limitação do nosso canto, não porque não tenhamos hinos maravilhosos, temos sim, mas infelizmente muitos cantam sem sentimento, sem expressão de louvor, e outros nem sequer cantam, isto é muito triste.
Desde que me batizei senti esta carência de verdadeiros louvores dentro da igreja, como súplica, como entrega ao Senhor, nunca encontrei este investimento em músicas nas Alas, tanto que faço apresentações musicais, mas tenho que ter o meu próprio equipamento de som, porque não há equipamentos de som ideal para quem pretenda fazer um bom trabalho musical nas Alas. De onde vem todo este desinteresse em musicalidade nas Alas eu não sei, por isto mesmo que comecei a compor e cantar músicas espirituais, já que nas atividades tudo o que eu mais vejo são músicas populares, sei que representa o nosso lado social, mas precisamos mais de espiritualidade em louvor. É muito comum nas atividades vermos pessoas empolgadas cantando músicas populares, não vejo esta mesma empolgação destas mesmas pessoas cantando os hinos nas sacramentais ou nas organizações. Muito comum também é a falta de sensibilidade e de conhecimento musical dos lideres com os coralistas nas conferências e grandes reuniões das Estacas, todos querem ouvir um belo coral, mas raramente alguém se preocupa com o ar condicionado destruindo as cordas vocais dos cantores do coral, já comentei a este respeito com os responsáveis pela organização das capelas e com os próprios regentes, os regentes tem medo de falar com os lideres, os lideres tem receio das autoridades presentes e preferem jogar ar gelado naqueles que gastaram horas aquecendo as cordas vocais, esta é uma da apatia e indiferença mencionada pelo irmão Anderson dos nossos líderes. Um destes líderes já me justificou dizendo assim: “até o Coro do Tabernáculo canta com o ar condicionado ligado”, numa outra Estaca que fomos convidados a cantar, reclamando do frio excessivo gerado pelo ar condicionado, também me responderam: “acho melhor você não falar nada, o Presidente desta Estaca não aceita que ninguém mexa no ar que ele regulou”, e tivemos que cantar quase que encolhidos de tanto frio, até porque estava um calor imenso e ninguém havia levado blusa ou paletó. Isto são insensibilidades e indiferenças com quem serve com o seu próprio instrumento que é a voz.
Entretanto, ouço até mesmo os grupos gospel que o irmão Anderson mencionou, são belíssimos louvores e são músicas que nos trazem muita inspiração e bons sentimentos, e como diz as Regras de Fé, “tudo o que for amável ou louvável nós procuraremos”, então, esta é a melhor resposta que precisamos para buscarmos inspiração seja onde for.
Então, lembre-se irmã Suzana, o que faz os hinos ficarem sem vida e muitas vezes até sem sentido e sem expressão, não é a musicalidade dos hinos, mas quem os cantam, tanto que regendo na sacramental, já precisei parar o hino para incentivar os irmãos a cantarem, mas cantarem para o Senhor, então, precisamos realmente melhorar.
Obrigada! Vejo que não sou a única a perceber que precisamos melhorar e também quebrar paradigmas. Neste caso, como membros da Igreja compartilhando de pensamentos em comum, precisamos pensar o que podemos fazer para fomentar estas,discussões em nossas unidades, e melhorar nossa realidade. Têm ideias? Sugiro que criemos um grupo de discussão e compartilhamento, ou algo assim, para conversarmos e compartilharmos nossas experiências musicais. O que acham? Podemos convidar mais pessoas para se juntarem. Deixo aqui minha primeira contribuição: RARIDADE – Anderson Freire e Ressuscita-me, da Aline Barros. Vale a pena ouvir. Quem sabe compartilhar essas experiências não nos inspire a levar um louvor e uma musicalidade mais profundos às nossas unidades, até com criações próprias? Mas é observando aquilo que já existe que nos possibilita entender o quanto precisamos e podemos melhorar.
Querida irmã Suzana, há muitos anos que sou tão preocupado com o nosso louvor tanto quanto percebo que você é e está preocupada. A princípio fomentar estes questionamentos ou mudanças em nossas unidades não resolve, pois a responsabilidade musical está em poder das Estacas e não das Alas, que por sua vez as Estacas respondem aos presidentes de áreas de cada região do Brasil, e isto vira uma política dentro da igreja, que é o que a igreja não aceita, e também não é salutar para o crescimento da igreja reivindicações políticas, pois há um setor responsável pela música da igreja no Brasil, mas posso lhe dizer que a igreja é muito conservadora em muitos pontos, e se este nosso assunto for a nível de sacramental, este é um ponto que a igreja não muda.
O que precisamos é motivar a irmandade a cantar com fervor, com verdadeiro louvor, os hinos nos dão esta possibilidade, eu já ouvi os nossos hinos serem cantados em outras igrejas e de uma forma muito mais apreciável, com muito mais ânimo, pois existe neles devoção no canto. Por outro lado, se observarmos as conferências de Estacas já nos dão uma abertura maior além dos hinos cantados pelo coral, já nos permitem cantar canções evangélicas e não somente hinos, só precisamos ter o cuidado e a sensibilidade de não transformarmos a nossa sacramental em sua reverência e respeito.
Eu, particularmente canto as minhas composições em muitas Alas e sempre me deram este espaço, já percebi alguns entraves de pessoas que não entendem de música, mas nunca nos impediram de fazer o nosso trabalho musical, mas veja bem, eu canto nas atividades espirituais das Alas até mesmo para fortalecer as próprias capelas, pois era isto que eu não via nas nossas atividades quando me batizei, eram só músicas popular, portanto eu tenho como princípio não cantar em atividades que não sejam espirituais, se for haver músicas populares, evito fazer apresentação para não ter este choque, ou de repente virar uma “salada” dentro do evangelho.
Sou consciente de que precisamos ter mais, acredito que louvor não chega a ser o que fazemos nas sacramentais, como já disse, não por causa dos hinos, mas por erro nosso mesmo, quando cantamos sem vida. Fico profundamente entristecido quando vejo a sacramental das crianças e dos jovens cantadas de qualquer jeito, até mesmo sem musicalidade nenhuma, por não terem quem lhes mostre verdadeiramente o que é cantar, o que é louvar, isto me deixa decepcionado com o canto dos justos, poderia ser muito melhor e eles crescem acostumados a cantar de qualquer jeito.
Eu ouvir Anderson Freire que você sugestionou e amei, um louvor que nos toca e nos envolve fazendo-nos pensar ainda mais nos caminhos do Senhor. Aline Barros já é referência no mundo Gospel. Eu indico Rafael Pinho – O Seu Amor e Fernanda Brum – Quebrantado coração.
Agora, criar um grupo de discussão e compartilhamento é uma boa idéia sim, e o facebook têm esta porta para que possamos fazer isto tranquilamente, desde que tenhamos postura e um propósito justo eu concordo.
Legal, irmão! Meu objetivo nunca foi levantar questões políticas mesmo, mas levar as pessoas a pensar, sobretudo os jovens. Obrigada por suas ideias!
Eu conheço um irmão que era da minha ala, ele se casou de novo e mudou- se pra outra ala, mas gostaria de falar com ele pra entrar em contato, ele compõe muito bem.
Neste caso irmã Rosangela, o ideal é identificar tanto ele como a Ala dele, e você também, de repente alguém o conheça e fica mais fácil o contato.