Profeta Mórmon a Africanos: Dízimo Eliminará Pobreza

O Profeta Russell Nelson, Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pregou a africanos, durante sua visita a Nairobi, capital do Quênia, que o pagamento do dízimo é o que eliminará a pobreza de suas vidas.

Presidente Russell Nelson, em visita com Apóstolo Jeffrey Holland, cobrou dízimo dos africanos no Quênia (Foto: Ravell Call, Deseret News)

Mórmons africanos fizeram enormes sacrifícios para ouvir o seu Profeta pessoalmente, de acordo com o jornal da Igreja SUD Deseret News.

“Para ouvir, nesta segunda-feira,  a voz do presidente da Igreja SUD pessoalmente pela primeira vez, os mórmons da África Oriental viajaram centenas de quilômetros em ônibus cobertos de poeira, pulando e balançando por estradas de terra, ruas quebradas e onipresentes lombadas que mantêm velocidades abaixo de 80 km/h.”

E mensagem de Nelson foi tão clara e inequívoca, quanto o seu apelo ao popular evangelho da prosperidade, do tipo “paguem seus dízimos e deixarão de ser pobres”:

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Apóstolo Mórmon Condena Mutilação Genital

Violência sexual contra mulheres é uma “parte grandemente invisível das guerras e conflitos”, disse o Apóstolo Jeffrey R. Holland. Em 11 de setembro passado, Holland falou como convidado do evento intitulado “Perseguição Religiosa: Impulsionadora da Migração Forçada“, uma pequena conferência reunindo acadêmicos, líderes civis e religiosos, no castelo de Windsor, Inglaterra.

Jeffrey R. Holland  ao lado da esposa Patricia T. Holland, durante o evento. | Imagem: lds.org

Jeffrey R. Holland ao lado da esposa Patricia T. Holland, durante o evento. | Imagem: lds.org

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Movimento Rastafari e os Mórmons 2-3

Jamaica e o Início do Movimento Rastafari

Descoberta pelos espanhóis na época de Cristovão Colombo, a Jamaica foi colônia espanhola até a segunda metade do século XVII, quando passou para mãos inglesas. Sob o domínio britânico, esse território caribenho se transformou num grande exportador de açúcar. Assim como no Brasil, houve um grande uso da mão de obra de escravos vindos da África no cultivo da cana de açucar. Essa importação de escravos foi tanta, que a população negra passou a predominar na ilha.

Ainda antes da chegada dos ingleses, escravos que conseguiam fugir formavam assentamentos independentes equivalentes aos nossos quilombos. Esses escravos refugiados eram os “Maroons”. Símbolos de resistência contra a dominação europeia, os maroons sempre estiveram presentes no imaginário dos jamaicanos, com significado especial para os descendentes dos escravos, uma vez que a abolição da escravatura, ocorrida na década de 1830, não resultou no fim do sofrimento do povo negro.

Em 1914, após viajar por diversas partes da América e passar dois anos em Londres, o jamaicano Marcus Mosiah Garvey formou a Associação Universal para o Desenvolvimento do Negro (UNIA) que, entre outras coisas, lutava pelo desenvolvimento da África e a união dos afrodescendentes espalhados pelo mundo – entendidos como africanos em diáspora – em uma nação livre naquele continente.

Reza a lenda que, inicialmente, a mãe de Garvey quis dar-lhe o nome do meio de Moses (Moisés), explicando profeticamente: eu espero que ele seja como Moisés e conduza este povo.[1]O pai de Marcus Garvey tinha seu mesmo nome; era descendente dos maroons e tinha muito orgulho desse fato.[2] Continuar lendo