Quem não tem um parente próximo, querido, amado, que nos mata de vergonha quando em companhia de nossos amigos ou colegas? Pode ser um tio racista, ou um irmão cara-de-pau; pode ser um pai preconceituoso, ou uma mãe que gosta de opinar da vida alheia sem filtros sociais. Nós amamos e adoramos tais parentes, mas acabamos morrendo de vergonha de apresentá-los a nossos amigos e colegas.
O mesmo pode ocorrer na Igreja. Quem, dentre os ex-missionários, nunca quis morrer (ou matar alguém) ao levar aquele investigador especial à sua primeira reunião dominical, apenas para ouvir um irmão ou uma irmã subir ao púlpito para prestar aquele testemunho mais cabeludo, de dar arrepios no missionário mais calejado?
Em absolutamente todas circurnstâncias sociais, há sempre a possibilidade de se cometar uma gafe ou causar um certo desconforto com a palavra errada, ou a ideia mal colocada. Todos nós passamos por isso, seja cometendo a gafe, seja testemunhando o desastre social inevitável.
Contudo, há gafes sociais que são recorrentes dentro de determinadas culturas ou contextos sociais. Um exemplo clássico é daquela pessoa sem noção que se aproxima de uma moça mais gordinha e lhe pergunta o tempo da gestação!

“As pessoas exigem liberdade de expressão para compensar pela liberdade de pensamento que elas raramente usam.” ― Søren Kierkegaard
(Nota: aos desavisados, nunca, nunca, nunca pergunte tempo de gestação ao menos que você tenha absoluta certeza se a moça esta grávida. Em caso de dúvidas, pergunte-lhe as novidades em sua vida, e permita-lhe a oportunidade de anunciar — ou não — sua gravidez. Eu já testemunhei essa gafe algumas vezes, e posso dizer que a dor no peito é real!)
Eu compilei, então, as gafes — ou clichês — mais comuns entre mórmons no Brasil, ao menos na minha experiência pessoal. Montei uma lista das 10 gafes que eu mais encontrei na vida, e as que mais me causaram desconforto cultural, social, e intelectual. Quando proferidas na frente de um convidado não-mórmon, me causaram vergonha, e quando proferidas na frente de apenas mórmons velhos de causa, me causaram apenas constrangimento.
Compartilho a minha lista para incentivar os demais mórmons a evitá-las como quem evita a gripe suína, e também na esperança de que compartilhem comigo as gafes que mais lhes incomodam, e o por quê.