O Apóstolo D. Todd Christofferson, em Serão do SEI para Jovens Adultos da Universidade de Brigham Young, defendeu o conceito de ostracismo familiar como ferramenta de proselitismo.

Ostracismo é a prática de rejeição social ou distanciamento emocional que serve como mecanismo de punição social ou manipulação psicológica. Consiste em cessar interações interpessoais com um indivíduo ou um grupo, usualmente seguindo uma formulação específica de regras quando se trata de prática religiosa.
No vernáculo médico-acadêmico, o têrmo mais comum é shunning, e é consistentemente considerado como uma técnica de agressão psicológica e bullying emocional. Essa rejeição social pode ocorrer de forma espontânea e orgânica, quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deliberadamente evita interações com algum indivíduo ou grupo específico. A rejeição pode, também, ocorrer em decorrência de uma decisão formal e premeditada de um grupo, como uma instituição social ou religiosa.
A prática de ostracismo, especialmente determinadas por instituições religiosas que formam comunidades coesas, estabelece isolamento psicológico similar aos que prisioneiros sofrem em solitária, e estudos classificam a prática como tortura psicológica, punição moral, e até lavagem cerebral, além de grandes prejuízos econômicos e familiares.
Entre as religiões conhecidas por praticar o ostracismo oficialmente estão as Testemunhas de Jeová, os Cientologistas, os Baha’i, alguns grupos Judeus Ortodoxos, e, mais notoriamente, as comunidades Amish:
“Se os membros da igreja Amish quebram seus votos de batismo ao desobedecer líderes religiosos ou regulamentos da igreja e se recusam a confessar seu erro, eles terão de enfrentar excomunhão. Com base em várias escrituras bíblicas, a igreja evita ex-membros para lembrá-los de sua desobediência na esperança de ganha-los de volta. Shunning é praticada de maneiras diferentes por diferentes grupos Amish, mas normalmente envolve rituais de vergonha como não comer na mesma mesa com ex-membros em casamentos ou outras reuniões públicas. As pessoas evitadas raramente vivem em casa, mas alguns retornam para funerais, casamentos ou reuniões que envolvem membros da família. O rigor do ostracismo e da comunicação entre pais e filhos adultos que saem varia de um grupo de Amish a outro.
Membros rebeldes são restituidos se confessarem a sua transgressão. Algumas congregações encerram o ostracismo se um ex-membro se junta a uma igreja pacifista com vestuários simples como os menonitas conservadores. As pessoas não batizadas que saem não são evitadas, porque nunca fizeram promessas batismais e se juntaram à igreja.”
Não obstante as considerações morais e éticas, e não obstante inicialmente explicar e ilustrar a dor e o sofrimento causados pelo ostracismo em membros de comunidades Amish, Todd Christofferson signaliza que ostracismo é uma prática louvável e válida para Mórmons que tem familiares com dúvidas ou questionamentos sobre ortodoxia da Igreja SUD:
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