Ou como Joseph e Hyrum Smith iniciaram sua fuga para as Montanhas Rochosas e voltaram atrás 
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Por que houve uma crise de sucessão entre os santos dos últimos dias com a morte de Joseph Smith? Por que houve uma divisão da Igreja com diferentes indivíduos dizendo ser os legítimos sucessores do profeta assassinado – e encontrando apoiadores? A resposta mais simples, ainda que menos conhecida entre o público sud: não apenas a situação era inédita para aquela jovem organização, como não havia sido sequer esboçado um procedimento claro para a eventual morte de Joseph Smith. (Que possibilidades existiam e como foi consolidada a sucessão pela via apostólica será assunto para outra conversa.)
Apesar de sofrer hostilidade interna e externa, Joseph Smith aparentemente não esperava morrer aos 39 anos. Por isso, nunca apresentou à Igreja um processo de sucessão claro. Ele não só recebeu pelo menos uma revelação que sugeria a possibilidade de uma vida bem mais longa como sua ida à cadeia de Carthage foi contrária à última revelação por ele recebida. Em uma reunião no dia 22 de junho, Joseph Smith teve o seguinte diálogo com Hyrum Smith, após ler a carta do governador Ford:
Joseph afirmou “Não há misericórdia aqui – nenhuma misericórdia aqui”. Hyrum disse “Não; é certo que quando cairmos nas mãos desses, seremos homens mortos”. Joseph Respondeu: “Sim; o que devemos fazer, Irmão Hyrum?” Ele respondeu: “Não sei”. De repente, o semblante de Joseph se iluminou e ele disse: “O caminho está aberto. Está claro para minha mente o que fazer. Tudo o que eles querem é Hyrum e eu (…). Não há dúvida de que virão aqui e buscarão por nós. Deixem que busquem; eles não irão machucá-los (…). Cruzaremos o rio nesta noite e fugiremos para o Oeste”. “Disse a Stephen Markham que se eu e Hyrum fôssemos presos de novo, seríamos massacrados ou eu não era um profeta de Deus”.
Mais tarde, Hyrum Smith reafirma a revalação ordenando que fosse para o oeste:
Sábado, 22 de junho de 1844, cerca de nove da noite. Hyrum saiu da Mansão e deu suas mãos a Reinolds Cahoon, ao mesmo tempo dizendo: “um grupo de homens está tentando matar meu irmão Joseph, e o Senhor o advertiu a fugir para as Montanhas Rochosas para salvar sua vida. Adeus, Irmão Cahoon, nós nos veremos novamente”. Poucos minutos depois, Joseph veio da sua família. Suas lágrimas escorriam. Ele segurava um lenço junto à face e seguiu o Irmão Hyrum sem dizer uma palavra. [1]
Joseph e Hyrum de fato cruzaram o rio naquela noite, levados por Orrin Porter Rockwell. Eles estavam decididos a iniciar sua jornada rumo às Montanhas Rochosas. Enquanto isso, em Nauvoo, a manhã de domingo recebeu um grupo de homens para prender Joseph Smith. No início da tarde, uma carta de Emma Smith foi entregue a seu marido, pedindo que voltasse. E os dois irmãos Smith voltaram.
A revelação ordenando que o Profeta e o Patriarca fugissem para o oeste foi desobedecida. O pedido de Emma e as acusações de covardia por deixar o seu povo e fugir foram mais fortes na mente de Joseph.
Teria ele desacreditado sua própria profecia anterior e tido esperanças de sair vivo da prisão? Como todo episódio complexo da história mórmon, os últimos dias de vida de Joseph Smith são objeto de conjecturas. E mesmo fantasias. Há quem acredite, por exemplo, que Joseph Smith foi a Carthage sem vestir seus garments apenas para tornar possível sua própria morte! Afinal, firmou-se no imaginário mórmon a ideia de que o martírio era necessário.
Quatorze anos depois do martírio, Brigham Young comentava a respeito da desobediência de Joseph Smith à sua última revelação:
Se Joseph Smith Jr, o Profeta, tivesse seguido o Espírito de revelação nele, ele nunca teria ido a Carthage. (…) Mas se Joseph tivesse seguido as revelações nele, ele teria seguido o pastor, ao invés do pastor seguir as ovelhas. [2]
Como teria sido a história do mormonismo caso Joseph houvesse obedecido à última revelação que lhe foi dada e escapado da morte em Carthage? Isso nunca saberemos. O que sabemos, no entanto, é que a versão devocional e simplificada, em que Joseph Smith sabia que iria morrer e aceita a morte sem resistir não é totalmente correta.
Joseph Smith estava desenvolvendo uma nova teologia com as cerimônias do templo, empregando esforços missionários em sua campanha para presidência dos Estados Unidos e enviando membros do secreto Conselho dos 50 para agirem como embaixadores e buscarem um novo lar para o povo mórmon. Joseph desejava viver.
Referências
1. Teachings of the prophet Joseph Smith. Deseret. Salt Lake, 1976, p. 376-377
2. A series of Instructions and Remarks by President Young at a Special Council, Tabernacle, March 21, 1858, p. 3-4. Citado por Quinn, D. Michael. The Mormon hierarchy: origins of power. Signature. Salt Lake, 1994.


A crise de sucessão de 1844 é um assunto muito interessante de ser discutido, talvez um dos grandes “nós” a serem resolvidos na história do mormonismo. Sempre me faço a seguinte pergunta: Como seria se Joseph pudesse viajar no tempo e visse o desenvolvimento e a atual desfecho de pelo menos duas (talvez as duas mais importantes) ramificações de seu movimento restauracionista? Ele se maravilharia com a mega potencia mundial que os seguidores de Brigham Young conseguiram transformar a igreja( no caso da Igreja de Jesus Cristo dos santos dos últimos dias) ?. Ou se comoveria com o fato de que seus filhos e esposa tentaram manter seu legado vivo a duras penas?( no caso da Comunidade de Cristo). Ou quem sabe nenhuma das opções o agradasse e ele diria: Não era bem isso que era para ser feito!. Bem, de qualquer forma é um tema maravilhoso a ser discutido, embora como amante da história eu saiba que não exista possibilidade de uma resposta satisfatória,unica e definitiva, e sim um belo debate.
Josefp Smith, ele deu sua vida pelo Evangelho, ninguém podia fazer mais do ele fez, o de ser um isntrumento nas mãos de DEUS;e restaurar o Evangelho…E por se tratar de uma Luz que nos levara de volta a presença de Deus, ele foi martirizado assim como foi o próprio Salvador Jesus Cristo.Uma questão que deve ser entendida somente pelo poder da oração e muita obediência ao Pai Celestial.Que eu acredito que devia ser tratado com muita reverencia. Grande Profeta ao céu elevado seus inimigos jamais resistiram!!! Amo a Igreja ,e como sou feliz por ser parte de uma grande familia espiritual!Um abraço a quem lêr e receber minha mensagem.\(*v*)/