Ao ler o excelente artigo do amigo Rolf Straubhaar no qual ele menciona ouvir Bob Marley desde o ventre, lembrei-me da adolescência, quando me questionava o porquê de várias canções de reggae usarem tantas expressões que eu só via nas escrituras. Babilônia era o termo mais recorrente; outras falavam sobre Sião, iniquidade, Leão da tribo de Judá. Aos poucos notava que existia algo religioso naquelas músicas.
Apesar de ser um apreciador do estilo musical, talvez não tenha sido pelo reggae que veio meu primeiro contato com algumas ideias dos Rastas; até porque, se for correta minha lembrança de que isso se deu entre 1995-96, o que eu provavelmente curtia naquela época, como toda criança aqui no Brasil, era Mamonas Assassinas -para tristeza da minha mãe e das professoras da primária. Foi vendo TV que soube de uma curiosa tradição.
Em um episódio do Chapolim Colorado, meu herói visitava o que supostamente era o estúdio onde havia sido gravado o clássico da década de 50, Salomão e Rainha de Sabá. Começava então uma paródia do filme, com Roberto Bolaños interpretando o filho de Davi; e Maria Antonieta de las Nieves, como a Rainha de Sabá.
Enquanto assistíamos, meu pai comentou sobre um imperador etíope morto uns 20 anos antes, que se dizia descendente daquele casal interpretado pelo Chaves e a Chiquinha. A crença de que Salomão e a Rainha de Sabá tiveram um filho me chamou atenção, embora ainda não soubesse que se tratava de algo que os Rastas acreditavam. Só recentemente, pude ler o Kebra Nagast: obra etíope que sustenta essa tradição, estimada pelos Rastafáris e historicamente ligado à Igreja Ortodoxa Etíope.
Neste primeiro post da série, falarei um pouco sobre história da Etiópia, a importância do Kebra Nagast na tradição desse país e sobre como, infelizmente, diversas passagens bíblicas foram usadas para justificar a discriminação racial. No segundo, o foco será no Movimento Rastafári, que surgiu na Jamaica no início da década de 1930 e teve a Etiópia como seu berço espiritual. Na última parte da série, comentarei sobre alguns eventos da história mórmon, procurando, sempre que possível, relacioná-la com desenvolvimento das crenças e práticas dos Rastafáris; com certa ênfase em questões raciais e no impacto que a política discriminatória mórmon causava no Brasil.
Etiópia
O fim do século XIX foi marcado pela partilha da África. A ânsia por mão de obra barata, mercado consumidor e matéria prima fizeram com que os países europeus repartissem aquele continente. Após vários conflitos, a Etiópia se destacou, mantendo-se independente. Mesmo com seus problemas, ela serviu de inspiração para outras regiões da África e, como veremos, uma espécie de terra prometida para os africanos em diáspora.
Esses afrodescendentes, em boa parte por entrarem em contato com a tradição judaica, principalmente através da Bíblia Cristã, sentiam certa identificação com a história dos judeus quanto à diáspora e quanto ao retorno a sua terra natal. Viam a Etiópia simbolicamente como sua pátria-mãe e, conforme comentamos, uma terra prometida, onde os anseios por justiça e igualdade, após séculos de opressão e discriminação, seriam finalmente consumados.[1]
A Etiópia tem como capital eclesiástica Axum, que foi a sede de um dos reinos mais importantes da costa do Mar Vermelho e um dos primeiros a adotar o Cristianismo como religião oficial, já no século IV.
Bem antes de Axum despontar como um império, houve uma gradual fusão com povos semitas vindos para a região; uma cultura pré-axumita foi desenvolvida na região norte da Etiópia. Entraram em contato com comerciantes de Sabá e criaram o reino de Da´amat. Mudanças nas rotas comerciais ocorridas entre os 300 e 100 a.c. causaram seu colapso.[2]
A decadência de Da´amat, o estímulo comercial do Egito ptolomaico e, posteriormente, a economia romana, favoreceram a ascensão e hegemonia do território de Axum, que, após conquistar as rotas antes dominadas por Meroe, região da lendária dinastia de Candace, citada no Novo Testamento[3], formou o grande império ancestral da atual Etiópia.
A helenizada elite Axumita tomou conhecimento da religião que crescia no Império Romano. Uma vez que este dominava comercialmente a região do Mar Vermelho, era quase inevitável que o Cristianismo chegasse em Axum.
Lentamente, o Cristianismo foi abraçado pelas cidades ao longo das rotas comerciais, sendo adotado oficialmente pelo império com a conversão do rei Eczana, no século IV.
O império cristão de Axum chegou a abranger, em seu auge, territórios tanto a oeste quanto a leste do Mar Vermelho. O comércio na região era dependente da segurança de suas rotas comerciais, e o império conseguiu por muito tempo intervir e restaurar a segurança quando houve necessidade. Porém, a disputa com persas e bizantinos aos poucos foi enfraquecendo o comércio de Axum, e a expansão árabe, sobretudo a ascensão da dinastia Omíada no século VII, foi um obstáculo pesado demais para que o império mantivesse sua potência: o estado sofreu uma redução de suas receitas e não pôde se dar ao luxo de manter o grande exército que outrora possuía.
Com o declínio do comércio externo e os problemas que vieram por causa disso, a população de Axum foi obrigada a deixar a cidade em direção a territórios mais ao sul, marcando o fim do império de Axum, na primeira metade do Século X. Uma nova dinastia, proveniente da região de Lasta, assumiu o poder e governou em algumas regiões do antigo império de Axum, era a Dinastia Zagwe. Estes absorveram o cristianismo e procuraram manter a mesma ordem social e política de Axum.[4]
A dinastia Zagwe se mostrou incapaz de manter a unidade de seus territórios e, por fim, foram destronados em 1270 pelo soberano da província de Shoa, Yekuno Amlak, que, apoiado em uma tradição de que os reis do antigo império Axum eram descendentes de Salomão, reivindicou seu direito ao trono por fazer parte daquela linhagem.
Acredita-se que, poucas décadas após Yekuno Amlak assumir o poder, uma compilação de tradições que envolviam o rei de Israel e a rainha de Sabá pôde finalmente ser produzida/traduzida para Ge´ez, a língua litúrgica etíope. A obra ficou conhecida como Kebra Nagast, Glória dos Reis.[5]
Kebra Nagast
O ponto principal da obra é o encontro do rei Salomão com a rainha de Sabá (chamada no texto de Makeda, rainha da Etiópia e rainha do Sul) e as consequências desse evento: o nascimento de Menelik, sua consagração como Rei da Etiópia e a transferência da Arca da Aliança de Jerusalém para Axum.
O encontro teria ocorrido no tempo em que o rei Salomão desejava construir a casa de Deus. Segundo o texto, Salomão enviou mensagens para todos os mercadores (…) para virem e pegarem ouro e prata de suas mãos, para que ele[Salomão] pudesse pegar deles tudo o que fosse necessário para a obra. [6]
Alguns homens falaram para o rei de Israel sobre um rico mercador de nome Tamrin. O rei israelita, então, mandou chama-lo para que o mercador lhe prestasse um serviço; Tamrin, o mercador da rainha da Etiópia, veio a Salomão, o rei; e Salomão pegou tudo o que desejava dele, e deu ao mercador tudo o que ele desejava, em grande abundância.[7]
O mercador ficou maravilhado com a sabedoria de Salomão e como este tratava aqueles a quem tinha que dar ordens, pois falava com humildade e graciosidade, e, quando eles cometiam uma falha, ele admoestava-os [gentilmente].[8]
Ao retornar à Etiópia, o mercador contou tudo à rainha, que, maravilhada, partiu para encontrar-se com o famoso rei. Ela levou muitos presentes preciosos que o rei queria tanto possuir[9]. Foi dado a ela uma morada no palácio real. Ele enviava a ela variadas comidas, cantores e todos os dias ele a vestia em onze vestimentas que encantavam os olhos[10]. A rainha abraçou a crença de Salomão: A partir deste momento, eu não mais adorarei o sol, mas adorarei o Criador do sol, o Deus de Israel.[11]
Para que Makeda pudesse melhor aprender de Salomão como administrar o reino, à bela monarca foi dado um lugar especial no palácio, próximo ao rei. Talvez, ao lembrar-se da fama de amante das mulheres [12] que tinha Salomão,a monarca lhe fez um pedido: Jura para mim, por teu Deus, o Deus de Israel, que tu não me tomarás a força. Pois, se eu, quem de acordo com a lei do homem sou uma donzela, for seduzida, viajaria em minha jornada de volta em tristeza, aflição e tribulação.[13]
Ao ouvir isso, Salomão afirmou que juraria, porém, ela deveria jurar que nada tomaria do que estava na casa do rei. A rainha riu, lembrou ao monarca que era muito rica e que o motivo que a trouxera até Judá foi somente a busca de sabedoria. Por fim, ambos fizeram seus juramentos.
O texto comenta sobre a poligamia de Salomão e declara ter ocorrido por vontade divina: como resultado do sábio designo que Deus (..).[14]
Porém, aos cristãos que quiserem se aventurar nessa prática, o texto alerta: àqueles [que vieram] depois de Cristo, foi dado para viverem com uma única mulher sob a lei do casamento.[15]
Entendendo que se deitar com a bela rainha era a vontade de Deus, Salomão arquitetou um plano de sedução: mandou preparar para rainha uma comida que lhe desse bastante sede, fez com que a cama da rainha ficasse próxima à dele e colocou uma vasilha de água perto dela. O rei não tinha adormecido, mas apenas fingia estar dormindo, e observava a rainha atentamente.[16]
A rainha acordou sedenta, olhou para o rei e pensou que ele estivesse a dormir. E ela levantou-se e, sem fazer nenhum som com os pés, foi até a água na vasilha e ergueu a jarra para beber a água.[17] Salomão foi ao encontro de Makeda, pegou sua mão antes que ela bebesse da água e perguntou: por que tu quebraste o juramento que juraste não tomar à força nada que está no meu reino(…) existe alguma coisa que tenhas visto sob os céus melhor do que a água?[18]. Ao notar que quebrara o juramento feito a Salomão, Makeda dispensou o rei do juramento, e ele realizou sua vontade com ela e eles dormiram juntos[19].
Naquela noite, o rei Salomão teve um sonho, no qual viu um sol descendo e enchendo de esplendor sobre Israel; o sol, porém, retirou-se de Israel e foi para Etiópia.
A rainha pediu a Salomão que a deixasse voltar para sua terra. O Rei tirou o anel que estava em seu dedo menor e deu a Makeda; se acontecer de eu obter uma semente de ti, este anel será para ela um sinal[20]. Salomão contou o sonho que tivera e concluiu que a Etiópia seria abençoada através da rainha.
Um menino nasceu, a ele foi dado o nome de Bayna-Lehken (Menelik). É dito que aos 12 anos o menino ouviu de seus amigos que Salomão era seu pai. Repetidas vezes, ele perguntava sobre seu genitor; Makeda, porém, apenas dizia que ele se encontrava muito longe e difícil [era] a estrada (…) até lá.[21]
O menino esperaria ainda uma década até poder conhecer seu pai e o fez com a ajuda do mesmo mercador que induzira sua mãe a ir a Jerusalém mais de vinte três anos antes. Ao aproximar-se de Jerusalém, muitas pessoas notaram a semelhança entre Melelik e Salomão. Quando viu Menelik, o rei discordou das pessoas e disse que seu filho se parecia mesmo era com Davi: Vós disseste a mim(…)ele parece contigo, mas esta não é minha estatura, mas a estatura de Davi(…) ele é mais bonito que eu. [22]
Nessa altura, Salomão não tinha dúvidas que aquele rapaz era seu filho e achou desnecessária a atitude de Menelik de mostrar o anel que o rei dera a sua mãe como sinal. Menelik recusou a oferta do Rei de permanecer em Jerusalém. A pedido da rainha Makeda, o rapaz foi coroado Rei da Etiópia.
Salomão ordenou que os primogênitos de seus nobres passassem a morar na corte da Etiópia com Menelik. Irritados por terem que deixar Israel e seguindo as palavras de um anjo, os filhos dos nobres tiraram a Arca da Aliança do seu local, colocando lá uma cópia. Menelik só soube do roubo durante a viagem, porém, ficou feliz ao saber que era por vontade divina que a Arca da Aliança estava sendo transferida para seu país.
A caravana de Menelik chegou à Etiópia com a ajuda do arcanjo Miguel. A Etiópia passou a ser governada pelo filho de Salomão; e um juramento foi feito: que ninguém exceto a semente masculina de Davi[nome dado a Menelik por Salomão] (…) reinará sobre a Etiópia.[23]

Igreja de Santa Maria de Sião, onde estaria localizada a Arca da Aliança.
Assim, segundo o texto, o povo da Etiópia abandonou seus ídolos, e adorou seu criador, o Deus que os fez.[24] É mencionado que Israel foi rejeitada por Deus, pois Sião [aqui como sinônimo de Arca da Aliança] foi retirada deles e veio para o país da Etiópia.[25]
Embora o cerne da obra seja a estória contada acima, o Kebra Nagast dedica várias páginas a diversos personagens bíblicos veterotestamentários – como Adão, Noé, Moisés – sempre fazendo uma leitura de suas estórias a partir de uma perspectiva cristã, inserindo no texto personagens desconhecidos dos autores hebraicos, como Jesus, Diabo, Nossa Senhora, etc. A composição da obra etíope, segundo estudiosos, envolveu um conjunto de tradições locais e regionais derivadas do Antigo e Novo testamentos, textos apócrifos, judeus, islâmicos e comentários patrísticos [ 26].
Ao afirmar que aquela terra deveria ser governada pelos descendentes do rei de Israel, o Kebra Nagast legitimava a derrubada da dinastia Zagwe e a ascensão de Yekuno Amlak, em 1270, que supostamente fazia parte da linhagem de Salomão; ao mesmo tempo que fazia a associação da Etiópia com a tradição judaico-cristã, fornecendo as bases necessárias para o renascimento da igreja e do estado.[27]
A chamada Dinastia Salomônica duraria no poder até 1974, quando um golpe de estado derrubou Haile Selassie I, o 225º rei daquela dinastia. Conforme veremos no próximo post, Selassie tem um status de divindade na crença dos Rastafáris.
Interpretações Bíblicas Sobre os Negros
Em algum momento, práticas como o tráfico negreiro e o uso da mão de obra escrava começaram a beneficiar uma parcela da população. Esta, para manter essa condição, buscou ideias que justificassem suas práticas; ideias essas que iam desde a noção aristotélica da servidão natural a questionáveis interpretações da Bíblia.
De acordo com o livro de Gênesis, o primeiro casal que habitou a terra foi Adão e Eva. Houve um assassinato naquela família: Caim, o filho mais velho, matou seu irmão Abel; Caim foi castigado de modo a ser um errante fugitivo sobre a terra.[28] Sabendo Deus que, caso encontrado, Caim seria morto, pôs nele uma marca. Segundo o texto bíblico, o estigma dado não necessariamente tinha um caráter infame, mas um meio de Caim ser reconhecido afim de que não fosse morto por quem o encontrasse.[29]
Enquanto Adão caía no ostracismo, Deus abençoava Adão com mais um filho homem, por quem os patriarcas pré-diluvianos viriam; seu nome era Sete. Adão teve mais filhos e filhas, que iam se casando entre si. O texto menciona uma descendência de Caim, deixando implícito que uma filha de Adão em algum momento contraiu núpcias com o primeiro assassino.
Mais adiante na narrativa, encontramos o relato de filhos de Deus se casando com filhas dos homens[30]; o que não agradou a Iahweh. O relato continua afirmando que a maldade havia crescido, e que um dilúvio dizimou toda população, restando apenas Noé e seus filhos (Cam, Jafé e Sem) com as respectivas esposas; o que totalizava oito pessoas.[31]
No capítulo 9, é contado que Noé, bebendo vinho, embriagou-se e ficou nu em sua tenda[32], sendo visto por Cam. Por algum motivo não mencionado no texto bíblico, Canaã, filho de Cam, foi amaldiçoado por Noé.
Maldito seja Canaã! Que seja, para seus irmãos o último dos escravos! E disse também: Bendito seja Iahweh, o Deus de Sem, e que Canaã seja seu escravo! Que Deus dilate Jafé, que ele habite nas tendas de Sem, e que Canaã seja seu escravo![33]
Ainda de acordo com o Velho Testamento, Cam, Jafé e Sem seriam os antepassados de todas as pessoas da terra. No capítulo 10 de Gênesis, encontramos a lista de seus descendentes, conhecida como Tábua das Nações. O texto bíblico, aliado à tradição hebraica, nos indica os locais habitados por eles e os povos deles originados: os filhos de Jafé teriam povoado a Ásia Menor e Ilhas do Mediterrâneo; os semitas seriam os Hebreus, Assírios, Elamitas dentre outros; os filhos Cam, por sua vez, ocupariam países do sul, como Egito, Etiópia, Líbia, além do atual estado de Israel e Líbano por meio de Canaã.
Deve-se ter em mente que para as pessoas até não muito tempo atrás, e muitas ainda hoje, isso não se trata de uma simples estória – são fatos reais que dão sentido a realidade por elas vivida. Apesar de o texto bíblico dizer apenas que Canaã foi amaldiçoado por Noé a ser escravo de seus irmãos, essa maldição, na mente de vários leitores, referia-se a toda a descendência não apenas de Canaã, mas de Cam, seu pai, que, como vimos na Tábua das Nações, seria o antepassado das pessoas da África. Para piorar ainda mais a situação, ao nome Cam, foi dado ERRONEAMENTE o significado de escuro[34]; e outras tradições, em especial um apócrifo armeno, Livro de Adão, apontavam a cor negra como a marca dada a Caim.[35]
Segundo David M. Goldenberg, uma ligação explícita entre negros, escravos e a maldição de Cam ocorreu após a expansão islâmica no seculo VII, quando, para os árabes, os negros tornaram-se fortemente identificados com a classe escrava.[36]A ideia da maldição de Cam, porém, só iria ganhar força entre os cristãos ocidentais na época do tráfico de escravos a partir do século XV, quando novamente houve uma associação entre África e escravidão.
A vinda de europeus para América trouxe na bagagem a ideia da maldição de Cam/Caim. Todo esse folclore ainda era vivo nos EUA do Séc XIX; e será, como veremos nos próximos posts, de grande influência no desenvolvimento da política mórmon em relação aos negros, principalmente após a morte de Joseph Smith. O mormonismo, desse modo, absorveu essas ideias racista, desenvolveu-as e, por fim, tornou-se refém delas.
Ainda hoje, diversas tradições religiosas, embora não promovam a segregação e façam bons trabalhos na África, ensinam que esse continente está sob a maldição dada por Noé. Um exemplo disso é uma pregação do deputado e pastor Marco Feliciano, que pode ser vista aqui.
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[1] Marques, Alexandre Kohlrausch: ETIÓPIA: UM SÍMBOLO DE AFRICANIDADE. HISTORIEN – REVISTA DE HISTÓRIA [4]; Petrolina, out./abr. 2011. Pag 277
[2] Marcus, Harold G. A History of Ethiopia.1994.Berkeley: University of California
Press, p. 4
[3]At 8:27
[4] Marcus, Harold G.A History of Ethiopia.1994. Berkeley: University of California
Press, p. 11-12
[5] Alguns pesquisadores defendem uma data mais recente.
[6-25] Kebra Nagast Glória dos Reis, Anônimo,tradução Luisa Andrade Sousa. Porto Alegre. 2012, pp. 40-149
[26] Hubbard, David Allan. The Literary Sources of the Kebra Nagast.1956.464f. PhD.thesis. University of Saint Andrews.
[27] Marcus, Harold G. A History of Ethiopia.1994. Berkeley: University of California
Press, p.18
[28]Gn 4:12
[29]Gn 4:15
[30]Gn 6:12
[31]Gn 7:13
[32]Gn 9:21
[33]Gn 9:25-27
[34] Goldenberg, David M .The Curse of Ham: Race and Slavery in Early Judaism, Christianity, and Islam. 2003. Princeton University Press, p. 167
[35]Idem, p. 181
[36]Idem, p. 170
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Ao som de Three Little Birds de Bob Marley, digo quão fascinante é essa estória contada pelo Kebra Nagast do Rei Salomão, Makeda (Rainha de Sabá) e Menelik. Quem sabe não seja uma história verídica (pelo menos em partes) que sofreu algumas alterações no tempo. Quem sabe!
A Etiópia é soberana, além de berço da religião Rasta, pode ser também o berço da humanidade!
Achei interessante a abordagem que você fez entre a maldição de Cam e mormonismo e como ele foi afetado por essa cultura na época (e que infelizmente perdurou por muitos anos e até mesmo hoje em dia). Estou ansioso para ver os desdobramentos deste e dos outros assuntos nas próximas séries.
Paz e que Jah te ilumine! rsrs
Em parte é muito curioso sim, mas, é muito claro que Salomão violou o convênio assumindo esposas fora de Israel. E esta foi uma das acusações que ele recebeu. Apenas ter a arca da aliança não te faz um abençoado pois isso depende também do convênio todo é muito claro que este convênio ficou restrito aos israelitas, pois cristo ensinava somente os judeus, ate que cristo abriu o convênio para os gentios, se fosse assim, como este texto diz, então cristo viria na etiopia etc… e enviariam seus apostolos para lá.