Celebração das Culturas Latinas na Igreja Mórmon Destaca Diversidade Ignorada

Brittany Romanello

Todo mês de novembro, desde 2002, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias realiza uma apresentaçāo anual chamada “Luz de las Naciones” ou “Luz das Nações”. Com um elenco de mais de 500 pessoas, a maioria das quais são membros latinos da igreja, o programa incorpora música, dança e mensagens espirituais em uma celebração da identidade latina em todas as culturas.

Apresentação de dança durante o programa Luz de las Naciones no Centro de Conferências de Salt Lake City, Utah, em 2 de novembro de 2019. | Imagem: cortesia de Intellectual Reserve Inc.

O tema para 2022 foi “Juntos es Mejor”, que significa “Melhor Juntos”. O programa gratuito é realizado no Centro de Conferências SUD Conference Center, ao norte da famosa Praça do Templo em Salt Lake City, Utah: sede da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida historicamente como Igreja Mórmon ou SUD. Luz de las Naciones é a única celebração anual multilíngue e multicultural televisionada patrocinada pela sede da igreja.

Como pesquisadora de imigração, raça e religião, particularmente na igreja SUD, muitas vezes encontro um estereótipo de que é predominantemente conservador, branco e americano. No entanto, esse não é cada vez mais o caso. O que antes era um pequeno movimento religioso tornou-se uma fé global com quase 17 milhões de membros, pela contagem da Igreja, e mais de 60% dos membros vivem fora dos Estados Unidos. Usando as estatísticas da Igreja SUD e os relatórios da Pew Research, estimo que cerca de 40% dos membros em todo o mundo são da América Latina ou descendem de pessoas que são.

Continuar lendo

Kate Holbrook (1972-2022)

Com pesar, noticiamos o falecimento da historiadora Kate Holbrook, ocorrido no sábado passado (20/8), em Salt Lake City. Ela foi autora e/ou editora de diversos artigos, livros e apresentações relacionados à história das mulheres mórmons e à relação entre comida e comunidades religiosas.

Em 2011, Holbrook tornou-se a primeira historiadora gerente da História da Mulher no Departamento de História d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A posição inovadora conquistada por Holbrook gerou publicações que buscaram integrar a história das mulheres mórmons à narrativa oficial da maior denominação oriunda do movimento mórmon.

A historiadora Kate Holbrook, falecida em 20 de agosto de 2022. | Imagem: cortesia de kateholbrook.com

Em 2016, a Editora do Historiador da Igreja – uma das editoras oficiais da Igreja, até então dedicada exclusivamente ao Projeto Joseph Smith Papers – publicou o livro e o site coeditados por Kate Holbrook The First Fifty Years of Relief Society: Key Documents in Latter-Day Saint Women’s History (Os Primeiros Cinquenta Anos da Sociedade de Socorro: Documentos-chave na História das Mulheres Santos dos Últimos Dias), o qual permanece infelizmente sem tradução ao português.

Continuar lendo

Por Que Religião é Mais do Que Crença — Uma Defesa do Mormonismo Cultural

Matthew Bowman

Há muitos termos para se referir a pessoas que frequentam as reuniões d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mas dizem nāo acreditar em todos seus ensinamentos. “Mórmon cultural” é um deles. “Hipócrita” é outro. Em ambos os casos, porém, a suposição é que participar sem crer requer adendos. Ou, em outras palavras, supõe-se que crer seja a verdadeira essência do que significa ser religioso.

De certa forma, os membros da Igreja foram ensinados essa lição pela Suprema Corte dos EUA. Em 1879, o tribunal proferiu uma decisão no caso George Reynolds. Ele era secretário de Brigham Young e o homem que os líderes da Igreja escolheram para ser o caso teste para ver se o tribunal concordaria que a Primeira Emenda protegia a prática da poligamia.

Continuar lendo

O Que é Um Templo Santo dos Últimos Dias?

Taylor Petrey

Os templos d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, muitas vezes chamada de Igreja Mórmon, têm sido locais de curiosidade, suspeita e admiração. Grandes, às vezes estruturas imponentes, os templos estão entre os símbolos mais distintos da igreja.

Templo do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, dedicado em maio de 2022. | Imagem: Cortesia de aigrejadejesuscristo.org

Os templos são onde os ritos ou “ordenanças” mais sagradas da fé são realizadas, de forma que membros da igreja eram tradicionalmente ensinados a não discutir alguns deles publicamente. Mas os líderes santos dos últimos dias têm trabalhado para dissipar a confusão sobre os templos postando fotos do interior, descrevendo os ritos com mais detalhes e promovendo passeios públicos. Muitos locais incluem “centros de visitantes” adjacentes, que oferecem uma breve introdução ao templo e aos ensinamentos da igreja, e templos novos ou reformados são abertos ao público antes de serem dedicados ao culto.

O templo SUD em Washington, D.C., por exemplo – o mais alto da fé e um ponto de referência comum a viajantes na capital dos EUA – estará aberto para visitação de 28 de abril a 11 de junho de 2022, após quatro anos de reformas.

Continuar lendo

Pela Bandeira do Paraíso, de Jon Krakauer, Ganha Adaptação na Tela, Renova Polêmicas

Um dos livros mais populares e incômodos sobre mormonismo das últimas décadas, Pela Bandeira do Paraíso: Uma História de Fé e Violência acaba de ganhar uma versão ficcional para a TV.

A partir do assassinato de Brenda Wright Lafferty e sua filha Erika, de 15 meses, na pequena American Fork, em Utah, em 1984, o jornalista Jon Krakauer escreve sobre o processo de radicalizaçāo espiritual e política dos autores do duplo assassinato: os irmāos Dan e Ron Lafferty. De fieis membros multigeracionais d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias a participantes de um minúsculo grupo mórmon chamado Escola dos Profetas (que eventualmente os rejeita), à apoteose das revelações recebidas pelos Lafferty ordenando matar sua cunhada e seu bebê, o caso serve para Krakauer traçar um retrato do mormonismo em todas as suas vertentes.

Continuar lendo

Políticos ‘Lavam as Mãos’ e Culpam Outros Desde a Crucificação de Jesus

Tony Keddie

O ato de lavar as mãos recebeu uma cobertura substancial no ano passado durante a pandemia do COVID-19, e não apenas em relação à higiene. Você pode ter visto algumas das muitas acusações nos EUA e no Canadá de que um político “lavou as mãos” de suas responsabilidades pandêmicas.

Novo Testamento Evangelhos Pilatos
“Pilatos lavando suas mãos”, de Hendrick ter Brugghen, século 17. | Imagem: Cortesia de Shipley Art Gallery, The Public Catalog Foundation/Wikimedia Commons.

Às vezes, a referência inclui um aceno à figura histórica associada a tal frase. Recentemente, nos EUA, um comentarista conservador criticou o presidente Joe Biden, dizendo que ele é “como Pôncio Pilatos: apenas lava as mãos e fica quieto”.

Essas imagens de lavar as mãos derivam de escrituras bíblicas icônicas que se referem a eventos anteriores à crucificação de Jesus.

Continuar lendo

Em Comunidades Polígamas, Raízes Profundas de Desconfiança Definem Hesitação Para Com Vacinas

Cristina Rosetti

Desde o início da pandemia do COVID-19, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, comumente conhecida como Igreja Mórmon ou Igreja SUD, seguiu as diretrizes do governo para proteger os membros de sua comunidade religiosa. Em 25 de março de 2020, a igreja fechou seus templos e incentivou membros a usarem máscaras. Líderes elogiaram a vacinação, a qual o presidente da Igreja Russel M. Nelson, cirurgião aposentado, chamou de “enviada literalmente de Deus“. Ele e outros membros seniores foram vacinados, convocando os membros da igreja a seguirem seu exemplo.

Mórmons fundamentalistas
Jovens da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, originalmente sediada na fronteira entre os estados de Utah e Arizona. A Igreja FSUD constitui apenas um dos diversos grupos que praticam o casamento plural no oeste dos Estados Unidos. | Imagem: Cortesia de Stephanie Sinclair, New York Times

Ramos fundamentalistas do mormonismo, entretanto – grupos que começaram a se separar da igreja SUD depois que ela encerrou a prática institucionalmente sancionada da poligamia em 1904 – tomaram um caminho diferente. Muitos fundamentalistas se recusaram a tomar a vacina e buscaram terapias alternativas, incluindo o controverso uso de ivermectina, medicamento comumente prescrito para o tratamento de parasitas intestinais.

Cerca de 30% dos norte-americanos não receberam nenhuma dose da vacina contra COVID-19. Muitos expressam ceticismo sobre a intervenção do governo na saúde de suas famílias, opiniões às vezes enraizadas em desinformação ou teorias de conspiração.

A cautela em relação ao governo e às autoridades médicas pode ocorrer de modo especialmente profundo em comunidades isoladas ou marginalizadas. Como estudiosa do fundamentalismo mórmon, vi como tais medos, para fundamentalistas, estão enraizados na desconfiança. Desde a fundação da igreja SUD em 1830, seus membros muitas vezes enfrentaram discriminação e perseguição, mas o conflito diminuiu significativamente após o fim dos casamentos polígamos sancionados institucionalmente. Grupos fundamentalistas, por outro lado, ainda veem o governo com suspeita. Muitos continuam a poligamia, e o medo de serem denunciados às autoridades policiais os impede de acessar recursos, como assistência médica.

Continuar lendo

Spencer McBride: a Candidatura Presidencial de Joseph Smith

Em 1844, Joseph Smith lançou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos. A decisão do profeta, prefeito e líder militar – quixotesca, risível ou perigosa, dependendo de quem a observava – seguiu anos de relações tumultuadas e, com frequência, violentas entre mórmons e seus vizinhos, acompanhadas de pouca ou nenhuma intervenção do estado em defesa do seu crescente movimento religioso.

Concorrendo à Casa Branca, Smith prometia não somente intervir em favor de seus cerca de 25 mil seguidores, mas apresentar soluções para os problemas sociais e econômicos da jovem república. Para o historiador Spencer McBride, “o tema do envolvimento político de Joseph foi a compaixão por aqueles que haviam sido marginalizados”. A violência, no entanto, traria fim às suas pretensões eleitorais, fazendo de Joseph Smith o primeiro candidato presidencial a ser assassinado nos EUA.

Lançado em maio deste ano, o livro Joseph Smith for President: The Prophet, the Assassins, and the Fight for American Religious Freedom (Joseph Smith para Presidente: o Profeta, os Assassinos e a Luta pela Liberdade Religiosa Americana), de Spencer McBride, apresenta o mais detalhado estudo do envolvimento de Joseph Smith na campanha presidencial de 1844.

Nesta entrevista exclusiva ao Vozes Mórmons, o autor fala sobre sua pesquisa acerca da candidatura de Joseph Smith, suas propostas e as possíveis lições a serem herdadas por santos dos últimos dias contemporâneos.

Continuar lendo

O Fascínio de Empresas como LuLaRoe Para Mulheres Santos dos Últimos Dias

O elo oculto entre a história das mulheres mórmons e leggings coloridas

Janiece Johnson

A imagem da capa da nova série de documentários “As Faces da Marca” [no original em inglês, “LuLaRich”] da Amazon Prime, mostra uma mulher com as mãos erguidas, como se estivesse orando ou louvando. O assunto da série não é abertamente religioso, no entanto. É sobre leggings.

DeAnne Brady Stidham, co-fundadora da empresa LuLaRoe, na capa do documentário “As Faces da Marca” | Imagem: cortesia da Amazon Prime Video, 2021

Ou, mais especificamente, sobre a venda de leggings. “As Faces da Marca” documenta a concepção e ascensão meteórica da LuLaRoe, uma empresa de vendas diretas ou marketing multinível (MMN) que gerou enormes lucros a seus proprietários e trouxe muitos milhares de pessoas, na maioria mulheres, a bordo para vender leggings e outras roupas coloridas para mulheres em suas próprias redes sociais.

No centro da história, estão atitudes sobre trabalho, gênero e o sonho americano. Mas outra parte, menos comentada sobre a saga da LuLaRoe e outros MMNs, é o seu lugar na história religiosa americana recente e, em particular, a maneira como essa empresa serviu-se da cultura d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) para construir seu próprio poder.

Continuar lendo

Podcast Aborda História do Templo de Nauvoo

O Projeto Joseph Smith Papers lança série de podcast em português.

Joseph Smith nunca construiu uma capela ou outro local para as reuniōes cotidianas de seu movimento religioso. Ele foi, no entanto, um construtor de templos, locais sagrados para a execuçāo dos rituais mais sublimes do mormonismo.

Desenho do arquiteto William Weeks (1813-1900) para a planta orginal do Templo de Nauvoo.| Imagem: cortesia da Biblioteca de História da Igreja.
Mesmo após o assassinato de seu Profeta em 1844 e de terem decidido deixar sua cidade-estado em Illinois, mórmons prosseguiram com a construçāo do Templo de Nauvoo, dedicaram-no sem que estivesse totalmente finalizado e, em cerca de 60 dias, ministraram dia e noite todas as cerimônias templárias possíveis antes de deixar os Estados Unidos.
Continuar lendo

Igreja Mórmon Desfaz-se de Arte em Templos

As encenações ao vivo da cerimônia da investidura serão descontinuadas nos templos de Salt Lake City e de Manti, conforme anúncio da Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Os dois templos construídos no século 19 contarão com a exibição de filmes, tal como feito nos demais templos da denominação ao redor do mundo.

Mural na Sala do Mundo, pintado por Minerva Teichert no interior do templo de Manti, Utah.

Os projetos de renovação desses dois templos do estado de Utah ainda previam originalmente a destruição de murais artísticos, incluindo as obras de dois dos mais celebrados artistas mórmons, C. C. A. Christensen (1831-1912) e Minerva Teicheirt (1888-1976). O projeto foi classificado por alguns como violência cultural, em óbvia contradição aos diversos projetos de preservação histórica e arquitetônica da Igreja, incluindo sua reconstrução do templo de Nauvoo.

Continuar lendo

O Falsificador Mórmon, na Netflix, Destaca Questões de Fé, Ceticismo e Autenticidade

Benjamin Park

Aviso sobre spoilers: este ensaio cobre as linhas gerais do caso de falsificação e assassinato de Mark Hofmann, que será destacado no novo documentário da Netflix, embora não detalhe nenhuma das novas descobertas do documentário.

Em 15 de outubro de 1985, Salt Lake City, Utah, foi abalada profundamente. Naquela manhã, uma bomba fatal explodiu no escritório do empresário Steven Christensen; à tarde, outra bomba tirou a vida de Kathy Sheets, esposa de um dos colegas de Christensen, em sua casa. Muitos presumiram que as mortes estivessem relacionadas a um acordo de investimento que dera errado.

Porém, havia outra ligação que parecia mais provocativa e que imediatamente chamou a atenção nacional: as vítimas também estavam envolvidas na compra de uma carta histórica controversa, vários anos antes, a qual ameaçava minar as origens históricas d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

As coisas pioraram no dia seguinte, 16 de outubro, quando uma terceira bomba explodiu no carro de Mark Hofmann, o negociante de documentos que havia encontrado e facilitado a venda da carta, confirmando que os assassinatos tinham mais a ver com mormonismo do que com dinheiro. Hofmann sobreviveu a explosão com ferimentos graves, apenas para mais tarde se tornar o principal suspeito por trás de todos os três dispositivos. Continuar lendo

Bastidores dos Ensaios de Tópicos do Evangelho

Raça e sacerdócio, casamento plural, mulheres e as ordenanças do templo – esses são alguns dos temas explorados em ensaios publicados pel’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em seu site oficial, e cujas informações ainda parecem não ter alcançado a imensa maioria de seus membros ao redor do mundo. Mais de sete anos depois do início de sua publicação, os treze ensaios histórico- apologéticos permanecem pouco difundidos. E isso tem sido, em grande parte, intencional.

Ensaios Evangelho Igreja SUD

Assuntos “espinhosos” da história e teologia mórmons à distância de um clique, mas apenas para quem achar. | Imagem: Cortesia de cottonbro via Pexels.

As Autoridade Gerais da Igreja SUD nunca anunciaram ou promoveram nas revistas oficiais da denominação os treze ensaios sobre Tópicos do Evangelho. Seu temor era que isso “poderia causar uma crise de fé para alguns santos dos últimos dias que não estavam familiarizados com o conteúdo dos Ensaios”, afirma o historiador Matthew L. Harris. Continuar lendo

O Retrato de Jane Manning?

Nascida livre em Connecticut no início de 1820, Jane Elizabeth Manning James estava entre os migrantes que deixaram os Estados Unidos em 1847 e se estabeleceram no que hoje é o Estado de Utah. Não foi a primeira vez que Jane deixava sua casa para se juntar a um experimento utópico.

Como negra e mãe solteira, Jane ingressou no mormonismo em seu estado natal e mudou-se para Nauvoo, Illinois, onde trabalhou para Emma e Joseph Smith. Lá, recebeu a confiança suficiente do Profeta Mórmon e seu círculo interno para lavar suas “vestes do sacerdócio” e aprender com suas esposas sobre as inovações matrimoniais da nova religião. Se a cor de sua pele era uma barreira em seu mundo e em sua igreja, seu trabalho com os Smiths fez dela uma testemunha em primeira mão de conhecimentos secretos.

A vida de Jane ainda nos pressiona a romper os compartimentos entre o que consideramos história mórmon, história afro-americana, história das mulheres. Como a historiadora Quincy D. Newell escreve em sua biografia de Jane Manning,

“Embora o Oeste tenha sido um lugar de refúgio para inúmeros grupos religiosos ao longo da história americana, raramente incluímos afro-americanos entre aqueles que foram para o Oeste por motivos religiosos. Reconhecer as motivações religiosas de Jane ao se mudar para o Vale do Lago Salgado nos ajuda a começar a contar essa parte da história.” [1]

A foto abaixo de 2 3/16 por 3 3/8 polegadas foi tirada no estúdio de Edward Martin, um converso inglês, em Salt Lake City, nos anos 1860. Tradicionalmente, a fotografia tem sido identificada como um retrato de Jane Manning, mas a evidência é apenas circunstancial – aponta Quincy D. Newell, autora da primeira biografia acadêmica de Jane Manning, lançada em 2019. [2]

Retrato que se acredita ser de Jane Elizabeth Manning James. | Imagem: Cortesia da Biblioteca de História da Igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

A autora ainda questiona qual haveria sido o popósito ou uso da fotografia. Continuar lendo

Mórmons e Dinheiro: A História Pouco Ortodoxa e Confusa das Finanças da Igreja

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias supostamente acumulou US $ 100 bilhões em ativos supostamente para fins de caridade desde 1997, sem nunca doar nenhum dinheiro – uma possível violação das leis fiscais federais.

Essa estimativa do tamanho de seu veículo de investimento, conhecido como Ensign Peak Advisors, tornou-se de conhecimento público quando David A Nielsen, um ex-funcionário e membro da igreja, fez uma denúncia pública.

Facsimile de Nota de $3 do Banco Mórmon Kirtland Safety Society (1837)

Junto com seu irmão gêmeo Lars, um ex-membro da igreja, Nielsen deu à Receita Federal [dos Estados Unidos] evidências que ele afirma provar que a igreja abusou dos fundos. Continuar lendo