Uma empresa de propriedade da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) pretende transformar parte de sua fazenda em uma cidade de meio milhão de habitantes no estado americano da Flórida. Trata-se do maior projeto de urbanização já visto naquele estado.
A Deseret Ranches possui uma área aproximada de 730 mil hectares na região central da Flórida, entre os condados de Brevard, Orange e Osceola. O projeto é usar metade dessa extensão, em Osceola, para construir uma metrópole de 500 mil habitantes. De acordo com o gerente geral da empresa, Erik Jacobsen, a Deseret Ranches continuará operando na área restante.
Deseret Ranches é administrada pela Deseret Cattle and Citrus, uma das empresas com fins lucrativos de propriedade da Igreja SUD. A primeira fazenda na Flórida foi iniciada em 1950 por Henry Moyle. Seu foco principal é a pecuária de corte. Segundo o site da empresa, a fazenda possui mais de 42 mil vacas, que produzem 36 mil novilhos por ano. A produção anual de carne passa de 8 mil toneladas, o que lhe dá a reputação de maior fazenda de corte do mundo. Na agricultura, há destaque para citros, com 200 mil pés de laranjeiras. A fazenda ainda tem outras culturas, com destaque para a batata.
Na avaliação da agência de proteção ambiental da Flórida, o projeto não apresenta “impactos adversos”. Porém, segundo a reportagem do jornal Orlando Sentinel, outras agências governamentais expressaram preocupações acerca do abastecimento de água, rotas de transporte e a densidade populacional prevista.
O interesse da Deseret Ranches em um projeto de urbanização foi noticiado pela primeira vez em 1991, em reportagem do jornal The Arizona Republic e reproduzida em parte no Deseret News, de propriedade da Igreja.
Agronegócio
A Igreja SUD é considerada uma das maiores proprietárias de terras para agropecuária nos Estados Unidos. De acordo com reportagem da revista Bloomberg Businessweek, outras empresas de agronegócio da Igreja SUD incluem a Sooner Cattle Co., em Oklahoma, com vendas anuais estimadas em US$ 760 mil; a Agrinorthwest, com vendas estimadas em US$ 68 milhões anuais, sediada no estado de Washington; a Deseret Land and Livestock, que atua em Utah e Wyoming, possuindo cerca de 8500 cabeças de gado, além de uma reserva de caça e pesca; e a AgReserves, com fazendas no Canadá, Austrália, Grã-Bretanha e América Latina – incluindo Argentina, Chile e Brasil.
Brasil
A AgReserves atua no país como AgroReservas do Brasil Ltda. O escritório da empresa está localizado na cidade de Formosa, em Goiás. Em 2005, sua fazenda em Unaí, noroeste de Minas Gerais, foi invadida por integrantes do MST, depois condenados a indenizar a empresa. Estima-se que a empresa “possui cerca de 4,3 mil hectares de pastagem para 7,6 mil cabeças de gado e que ainda produz nos outros 100 mil hectares, cerca de 170 mil toneladas de laranja a cada ano”. Perfis de funcionários no site LinkedIn também mencionam plantações de soja, feijão, sorgo, milho e batata.
Atualizado em 13/07/2015.

Quanta distância em relação à Lei da Consagração e Mordomia! Por ela os membros que podiam doavam seus bens para a Igreja e esta proporcionava sustento aos que necessitavam. Com essa fazenda e outros empreendimentos decididamente capitalistas, como shopping centers e hotéis de luxo, a IJCSUD dá um decidido passo no sentido de se transformar em mais uma peça da azeitada máquina de fazer dinheiro da babilônia contemporânea. Para meu desgosto e decepção, melhor seria chamá-la doravante de Igreja Mórmon S.A. Ou, melhor ainda, Igreja Mórmon Ltda. Dá vontade vomitar.
Credo! Parece mais uma empresa! Constrói isso, investe naquilo, negócios, negócios, negócios e mais negócios… Aff!
-_-
Friederick, se a Igreja fosse depender exclusivamente dos dízimos para se sustentar ela teria fechado as portas há muito tempo em vários lugares do mundo.
No Brasil, por exemplo, a igreja não é autossuficiente, ou seja, o que os membros brasileiros pagam de dízimo não é suficiente para pagar as despesas operacionais das unidades no Brasil.
A liderança da área Brasil é frequentemente questionada pela primeira presidência sobre até quando vamos continuar nessa situação.
Então, não há nada de imoral e anti ético no fato da igreja recorrer à atividades empresariais para complementar sua renda.
Caro irmão Moroni, essa é a sua opinião e como tal deve ser respeitada. Mas, me reservo o direito de discordar dela. Dízimos não devem funcionar como “faturamento” e nem as igrejas precisam ser “superavitárias”. Isso cai bem para transnacionais, que se não dão lucro num país cobram dos seus administradores mais eficiência na obtenção de resultados.e até fecham as portas caso estes não sejam o que se espera. No nosso caso, trata-se (pretensamente!) da Igreja de Jesus Cristo, que incorpora (ou deveria incorporar!) objetivos muito diferentes dos de uma empresa privada capitalista. Talvez você não conheça os seguintes fatos: a) a IJCSUD é uma das organizações mais ricas de todo o mundo, movimentando não milhares, nem milhões, mas bilhões de dólares em suas múltiplas atividades de sentido puramente econômico e financeiro; b) todo esse dinheiro é concentrado na Corporação do Presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o que quer dizer, sob as leis vigentes nos Estados Unidos, uma empresa privada que possui apenas um dono: o presidente da Igreja; c) os dízimos, que segundo os ensinamentos que nos foram trazidos pelo profeta Malaquias deveriam prover fundos para a sustentação dos pobres, têm sido conduzidos para atividades que não guardam nenhuma relação com isso, como shopping centers, hotéis de luxo e fazendas, entre várias outras; d) os dízimos coletados em um país são convertidos em dólar e enviados para os Estados Unidos, ao invés de ficarem nos respectivos países de onde são provenientes, num regime de exploração claramente neocolonial; e) a Igreja possui um sistema de acompanhamento eletrônico quanto ao pagamento de dízimos pelos membros que ofende o sentido voluntário que este deveria possuir, transformando-a em um “big brother”, onipotente, onisciente e onipresente. Quando percebi essas coisas, deixei de pagar meu dízimo à Igreja, fazendo-o da maneira que meu coração manda, ou seja, ajudando diretamente aos pobres e necessitados. Não vou contribuir para uma organização que dá mostras crescentes, neste e em outros aspectos, de aderir à apostasia anticristã da mesma forma como já aconteceu com a Igreja Católica e com a Igreja Protestante no passado. Me interessa a religião pura, isto é, a caridade. Se estou errado, que Deus me puna — mas, sinceramente, até agora Ele não fez isso…
Acho pouco provável que em um país onde a Igreja já construiu seis templos, ela não seja autossuficiente em termos de dízimo e ofertas. Mas tudo bem… O maior problema aqui é justamente não podermos verificar a veracidade dessas informações.
As finanças da Igreja não são claras aos seus membros. Até a década de 1950, havia uma prestação de contas nas Conferências gerais, onde valores concretos eram mencionados. Por que isso foi descontinuado?
Não vejo nada errado em a Igreja possuir fazendas ou comprar terras. O errado é agir às escuras.
Interessante que em D&C 119, o Senhor define o pagamento de dizimo sendo calculado com base na renda anual, porem em Ingles a palavra usada e “interest” que significa acrescimo ou lucro. Me parece que a lei do dizimo foi modificada pela igeja no decorrer dos anos, na epoca da restauracao da igreja os membros pagavam dizimo do seu acrescimo anual ou seja, depois de tirarem de sua renda aquilo que era necessario para seu sustento, eles pagavam 10% do restante. Nos ultimos anos os lideres adulteram essa lei e comecaram a exigir 10% de toda a renda bruta dos membros alem de ofertas de jejum e muitas outras ofertas. Nao e atoa que a Igreja enriqueceu rapidamente e conta com investimentos billionarios como o irmao Brum mencionou. Creio que nos membros devemos estudar, ponderar e orar para entender a lei do dizimo.
Fábio, me desculpe, mas a pessoa que te disse isso está equivocada. Os 10% é em cima do seu lucro. Ex: Sou um vendedor e fiz uma copra de R$ 1000,00, vendi tudo e fiquei com R$ 2500,00. Quando for pagar meu dízimo eu pago equivalente a R$ 1500,00.
Marcel, o que eu entendo pela lei do dizimo como ensinado em D&C e pelo Profeta Joseph Smith e que os membros da Igreja devem pagar o dizimo do seu “Interest” seu acrescimo anual, ou seja se uma pessoa ganhou 50 mil reais em um ano e usou 30 mil para as suas necessidades entao ela deve pagar 10% dos 20 mil. O dizimo nunca foi intencionado para ajudar os pobres e sim para a manutencao da Igreja, se pagarmos o dizimo da forma que o Senhor institui quando restaurou a Igreja, os membros teriam fundos disponiveis para obedecer a lei maior que e cuidar dos pobres e necessitados mas quando uma pessoa paga o dizimo da forma que a Igreja ensina hoje ela acaba pagando dizimo de forma excessiva para a corporacao da Igreja ( que por sua vez nao e o reino de Deus) e nao tendo o suficiente para ajudar as pessoas mais carentes. Muitas vezes as pessoas escrevem un cheque de 5 mil em dizimo e uma oferta de jejum de 50 reais. Todos os membros deveriam estudar e orar para saber o que o Senhor espera deles com relacao ao dizimo. O Problema na Igreja e que os membros aceitam todas regras, modificacoes de doutrina, interpretacoes de escrituras e muitas outras coisas sem questionar nada. Uma vez que uma mudanca e feita na doutrina nos devemos perguntar se isso foi dado como revelacao e depois orarmos para recebermos uma confirmacao.