O presidente do Quórum dos Doze Apóstolos e primeiro na linha de sucessão apostólica de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Boyd K. Packer, faleceu hoje aos 90 anos de idade.
Com mais de quatro décadas como apóstolo, Elder Packer tinha um dos rostos mais conhecidos entre as Autoridades Gerais. Ele era o único, entre os atuais membros dos 12, cuja antiguidade permitiu ter participado, como apóstolo, da modificação da prática SUD de excluir os negros do sacerdócio.
Procurando dar respostas a temas que a segunda metade do século 20 e a década e meia do 21 trouxeram de maneira mais forte, Packer foi o autor dos discursos mais polêmicos dos últimos anos, o que lhe trouxe fieis admiradores e ferrenhos críticos.
Seguindo a linha de importantes figuras do mormonismo do século passado como Fielding Smith e Bruce McConkie, Packer se destacou como um daqueles que tiveram dificuldade em interagir com as transformações ocorridas no mundo do pós-guerra – algo que respingava em seus discursos, muitos dos quais são ótimas fontes para entendermos o que se passava pela cabeça da liderança mórmon frente aos desafios da contemporaneidade.
Sobre o que ameaçava a Igreja, Packer enumerou gays, feministas e intelectuais, dando o embasamento teórico para a inquisição responsável pelas sucessivas excomunhões dos Anos 90, reaberta nos últimos dois anos. Com uma visão utilitarista da história da Igreja, alertou que “algumas verdades não são úteis”, implicitamente ensinando que se deve omitir alguns pontos por não promoverem a fé.
Muitos de seus sermões fizeram história, viraram famosos filmes mórmons, entraram para os manuais. O apóstolo popularizou a tática de se cantar um hino para afastar maus pensamentos e ensinou sobre a existência da “Ordem das coisas faladas, mas não escritas”.
Foi ele quem mais abertamente falou sobre temas relacionados à sexualidade. Condenou a masturbação (ainda que considerasse coisa somente de rapazes), e tacitamente aprovou a violência física contra homossexuais em um determinado caso.
Packer era natural de Brigham City, Utah. Após concluir o ensino médio, ingressou na Força Aérea americana, tendo pilotado aviões bombardeiros na região do Pacífico durante a II Guerra Mundial. Depois da carreira militar, Packer estudou no Weber College, onde conheceu sua esposa Donna Smith. Já casado, Packer continuou os estudos na Universidade Estadual de Utah, onde também obteve seu mestrado em 1953. Packer obteve doutorado em educação pela BYU em 1962.
Como educador, Packer trabalhou no Sistema Educacional da Igreja. Seu serviço como autoridade geral iniciou em 1961, quando foi chamado como Assistente dos Doze pelo presidente David O. McKay. Após o falecimento de McKay em 1970, Packer foi ordenado como apóstolo, aos 45 anos, sob a presidência de Joseph Fielding Smith.
Boyd K. Packer teve dez filhos. Um deles, Allan F. Packer, é membro do Primeiro Quórum dos Setenta.
Com o falecimento de Packer, o apóstolo Russel M. Nelson passa a ser o primeiro na linha sucessória para a Primeira Presidência. As posições deixadas por Boyd K. Packer e L. Tom Perry serão ocupadas por novos apóstolos a serem anunciados na próxima Conferência Geral em outubro.
L. Tom Perry e agora Boyd K. Packer, grandes homens que partiram desse mundo.
Ainda se repetir tudo o que foi dito da vida viva de Boyd K.Packer, direi pouco, mesmo abordando apenas a dimensão do líder religioso. Civilizações ainda não maduras como a nossa precisam imortalizar essas pessoas raras, essas figuras originais e únicas para delas tirar o exemplo de que tanto carecemos nestes tempos terríveis que vivemos, e, medíocres que somos, imitemos a grandeza das sandálias desse grande pastor.
A última vez que eu chequei nas escrituras era somente Deus e Jesus Cristo que deveríamos adorar.
Não estou adorando, apenas prestando uma justa homenagem àquele que fez mais pela Reino de Deus do que eu e você juntos Fábio.
E sim, temos muito a aprender com seu exemplo, que apesar de admirável, não chega ao pés do legado deixado por Jesus Cristo.
Pelas suas palavras me deu a entender que vc estava idolatrando um lider da Igreja, vc tambem afirma que nossa civilizacao nao e madura e que devemos imortalizar tal lider, vc tambem afirma sermos mediocres perante o exemplo de tal lider, vc tambem afirma que ele fez muito mais do eu e vc juntos e eu achava que o julgamento final seria depois do milenio mas aqui ja temos alguem decretando que fez mais ou menos pelo Senhor. Sr. Moroni, essa idolatria de lideres na igreja e justamente o que impede de aprendermos o verdadeiro evangelho que foi restaurado. Com todo respeito ao E. Packer que deve de fato ter feito muito pela Igreja, nao podemos presumirmos que um lider seja mais ou melhor que os humildes seguidores de Cristo por todo o mundo e em todas as religioes.
Fábio,
Pena que você entendeu meu texto como idolatria, mas penso que o problema não esteja nas palavras que usei, mas sim, em você não saber a diferença entre homenagear e idolatrar.
Homenagear, no contexto acima, é a expressão ou ato público como mostra de admiração e respeito por alguém.
Idolatrar no contexto usado por você é a prática de adoração a ídolos, valores e ideias em oposição à adoração a um Deus.
Assim, se você reler meu texto aplicando corretamente o conceito das palavras acima verá que se trata de uma homenagem e não de idolatria como você insiste em afirmar.
Em relação à minha afirmação de que Boyd K. Packer fez mais pelo Reino de Deus do que eu e você juntos, você mais uma vez distorce a idéia do texto e afirma que eu estou realizando o “julgamento final”.
Como você deve saber o julgamento final acontecerá após a ressurreição e Deus, por intermédio de Jesus Cristo, julgará a cada um, a fim de determinar a glória eterna que receberá.
Se você ler novamente, com um pouco mais de atenção, perceberá que não estou dizendo a que reino de glória você, eu ou o Boyd K. Packer iremos, mas sim, estou fazendo uma constatação de que se somarmos o que já fizemos (eu e vc) em prol do Reino de Deus não será maior do que ele fez. Não se trata de um julgamento, mas de uma afirmação plenamente verificável.
Não me entenda mal, mas fiz essa afirmação lhe incluindo apenas me baseando na grande probabilidade de ela ser verdadeira. Porém, como não lhe conheço, posso estar errado. Então, fique à vontade em provar que estou errado apresentando a sua quantidade de feitos para ver se somando aos meus (que já lhe adianto que são poucos) superam os dele.
Tenha um bom dia.
Obrigado por esclarecer seu ponto de vista, para isso estamos visitando o site, creio que somos todos, ou pelo menos a maioria membros da Igreja, creio que todos temos uma ligacao forte com a Igreja e o evangelho, creio que temos um testemunho mas divergimos em pontos da doutrina e da cultura Mormon. Um abraco.
OS DOIS MAIS RETROGADOS, INQUISODORES, SE FORAM…DEUS VAI RENOVANDO…