Mudança é “terrível”, afirma professor da BYU
O Departamento de Educação Religiosa da Universidade Brigham Young (BYU) está preparando um novo currículo para o Sistema Educacional da Igreja (SEI), incluindo Seminários (para membros entre 14 e 18 anos) e Institutos de Religião (para membros de 18 a 30). O novo currículo substituirá os cursos anuais sobre as escrituras do mormonismo por quatro cursos temáticos:
– Jesus Cristo e o Evangelho Eterno;
– Ensinamentos e Doutrina do Livro de Mórmon;
– Fundamentos da Restauração;
– A Família Eterna.
Conforme a proposta, os cursos existentes hoje no SEI serão oferecidos como eletivos e não como parte do currículo principal. A mudança tem gerado críticas entre intelectuais mórmons. William Hamblin, professor de história na BYU, disse que considera o novo currículo “terrível”. Hamblin, 60 anos, leciona na universidade mórmon desde 1989 e é considerado conservador, conhecido também pelo seu trabalho apologético sobre o Livro de Mórmon.
Hamblin afirma que o novo currículo trará consequências sérias para os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias: “resultará em uma decadência ainda maior no letramento escriturístico – um problema já significativo entre os santos”. Para ele, “o estudo das Escrituras na igreja agora se tornou nada mais que uma revisão completamente descontextualizada”. [1]
Na opinião de Hamblin, “tais aulas temáticas deveriam suplementar e complementar, ao invés de substituir” os cursos hoje oferecidos sobre as obras-padrão (Antigo e Novo Testamentos, Livro de Mórmon, Pérola de Grande Valor, e Doutrina & Convênios). Há espaço para muitos tipos de cursos na educação religiosa, mas o foco central deveria ser ensinar os alunos a como entenderem as escrituras”. [2]
Os quatro novos cursos seriam baseados no uso de múltiplas escrituras, ensinamentos de líderes contemporâneos e documentos como a Proclamação ao Mundo. O novo currículo do SEI está ainda em elaboração e deverá ser aprovado em abril de 2015. [3]

No minímo preocupante. Fato !!! os santos dos ultimos dias de maneira geral (pelo menos no Brasil) sabem muito pouco das escrituras, em parte porque o povo brasileiro já não possui o hábito da leitura, é culturalmente pobre e dentro da igreja a cultura beira a miséria. Ao longo dos anos tenho notado o quanto os líderes locais, tem deixado de enfatizar o uso e leitura das escrituras e já tem causado grandes problemas. Hoje, se você tem certo dominío das escrituras não deve demonstrar muito nas aulas da escola dominical, porque se você for professor os alunos não te acompanham, agora se você é aluno pode constranger o professor, literalmente uma tremenda “saia justa”
Richard Primocena, Vc tem toda a razão. O pior que não temos espaço para expor o conhecimento que as escrituras oferecem. Se um professor ou aluno comentar um pouco mais do evangelho que venha a sair do tema da aula, a liderança local fica preocupada e com medo de assustar os outros irmãos, principalmente os recém conversos. Agora se vc ser uma aula citando discurso de autoridades da igreja, todos vão lhe elogiar, mesmo que vc passe a aula toda sem abrir a bíblia. Sei o quanto é pobre o conhecimento das escrituras pelos membros SUD. Apesar de todas essas deficiências, ainda é bem melhor está dentro do Evangelho do que está no mundo, pois podemos ter certeza que nossos filhos estarão sendo guiados para o caminho do bem.
Engraçado vc usar o termo: saia justa… Qdo eu participava do seminário e colocaram um professor que nunca havia lido o livro de mórmon e o que estava sendo ensinado era O Livro de Mórmon… Foi mais fácil eu como “estudante” fazer as ponderações, já q havia lido o livro de mórmon e não pegava o manual do seminário apenas no momento da aula. Já tive tbm um manual muito muito muito bom, do Velho e do Novo Testamento… Que foi utilizado na igreja anos atrás. Não tenho mais o manual. 😦
Amigo. É por isso que temos que fazer o nosso melhor dentro de nossos lares, onde formaremos melhores ouvintes e praticantes do evangelho. Lembre-se que, quem ensina é o Espírito e que as aulas da Escola Dominical são para o conhecimento de princípios do evangelho. E precisamos ter paciência e amor por nossos abnegados professores que, humildemente servem em seus chamados, a despeito de suas limitações.
Convido você a frequentar o Instituto nesse ano e ver, pessoalmente, que essas mudanças vem para nosso bem e melhor proveito.
Mas a resposta a tudo isso vai ser o que?
O testemunho, lógico… Quando um mórmon não sabe algo ele dá testemunho e acha que está tudo bem. Outro detalhe … Quanto mais uma pessoa chora mais espiritual ela parece ser… Se fosse assim os nenéns quando choram por causa de leite materno seriam transladados…
A média de leitura do brasileiro é de 1 livro por ano…
Escrituras não é o forte da comunidade SUD, então daqui para frente como dizem os jovens será sinistro…
Shalom!
Abraço
A preocupação sempre em foco é o acesso ao conhecimento escriturístico. Não vejo como apropriado sempre esse tom de que há alguma intenção negativa em segundo plano. Sempre houve mudanças curriculares e os cursos são numerados e numerosos. Esses cursos que estão chegando serão um avanço ou retrocesso? O tempo vai mostrar. O objetivo do estudo não é formar “doutores da lei”, nem fariseus. O objetivo tampouco é manter os membros sud num estado de ignorância como leigos passivos. Que mudanças são necessárias isso é evidente!!!! Não se pode negar!!! Sou formado no seminário e no Instituto e jamais me mantive numa postura passiva de esperar que a escola dominical me ensine tudo que eu deva saber. Busco nos melhores livros “palavras de conhecimento” e assim vou crescendo em luz e verdade. Não espero que homens com conhecimento secular unicamente entendam princípios tais como ordenação sacerdotal e ratificação da deidade para ações humanas. Afinal para esses basta ser “consagrado” e ter curso teológico para ministrar.
Legal, Gleuton! Eu tb tenho um sentimento de que sempre que a Igreja toma alguma decisão, vamos pender para o raciocínio negativo daquilo. Acho sim que as escrituras devem ser o foco principal dos cursos de Seminário e Instituto e que esses cursos devem fortalecer e solidificar o nosso testemunho de Jesus Cristo. Talvez seja a hora de usar palavras mais acessíveis para que todos entendam e aqueles que tem mais sede e fome vão saber onde procurar.