Mórmons acreditam que o Profeta é literalmente a Voz de Deus na Terra. Obediência cega e absoluta aos ditames dele é esperado de todo membro da Igreja.

Heber J. Grant, Profeta Mórmon e Presidente da Igreja SUD (1918-1945)
O Apóstolo Marion Romney relatou algo que o Presidente Heber J. Grant lhe havia ensinado sobre obediência ao Profeta:
“Meu filho, você sempre mantenha seus olhos fitos no Presidente da Igreja, e se ele lhe pedir para fazer algo errado, e você o fizer, o Senhor lhe abençoará por isso.”
Mórmons são ensinados que obediência é a “primeira lei do céu” e, portanto, o princípio mais importante de sua religião. Devem os membros da Igreja ignorar suas próprias consciências, seus instintos e seu julgamento pessoal e apenas obedecer o Presidente da Igreja sem hesitação ou questionamento?
Tive um bispo que falava algo parecido com isso, logo que entrei para a igreja, ainda adolescente. Como sempre fui muito curioso e sempre lia muita coisa relacionada a nova fé, mais dentro dela do que fora, achava interessante e curioso tudo d enovo que me era ensinado.
Ele afirmava algo como: “se um líder levar você até a porta do inferno, siga-o. Você não precisa entrar depois dele, mas apoie-o até ali”. Alguns anos atrás, já perto da idade de hoje, eu novamente pensava sobre esse assunto e na época cheguei à simples conclusão (relacionada à ideia passada por esse meu bispo): os líderes são pessoas, falhos e imperfeitos, e precisam de nosso apoio mesmo quando erram, pois precisam de amigos por perto caso abram o coração para ouvir e assim corrigir algum mal feito. Mas mesmo essa lógica não tem muito sentido, pois muitos erros podem lesar outros membros, ou até ser pecaminosos em essência, o que de fato faz essa ideia de apoio ter um campo de aplicação muito pequeno, mais com relação a atitudes (como um gênio forte ou teimosia) mesmo do que ações (como fraude ou outras).
No caso do ensinamento de J. Grant, vejo sim como danoso, ainda mais em se tratando de pessoas sem muito senso de lógica ou mesmo bom senso (algo comum entre prosélitos e maioria dos devotos). Com ideias como essa é que se perpetuou, na igreja em tempos passados (com certos resquícios), várias atitudes de líderes intrometendo-se na vida pessoal dos membros a bel prazer. E aqui infiro que podemos incluir os ‘bispos casamenteiros’, que por serem líderes arranjavam casamentos com certa facilidade mesmos os nubentes não estando muito confortáveis sobre o assunto… e por aí vai.
Acho loucura obedecer cegamente esse povo, o que eles falam são conselhos e devemos ponderar e ver o que melhor se aplica mas, a maioria são fanáticos e sem bom senso racional que é o mínimo que todo ser humano deveria ter, se eu seguisse eles tão cegamente como a maioria faz, já estaria casada com rapazes mais do que ignorantes, sem trabalho e 10 filhos para criar, ainda bem que saí em tempo.
Devemos sim ouvir conselhos mas NUNCA desistir da nossa PRÓPRIA opinião!