O Apóstolo Paulo de Tarso ensinou, sem margens para equívocos, que o bom cristão é inteiramente obediente e submisso às autoridades governamentais em todos os momentos.

Relevo do Arco de Tito na Via Sacra Romana, celebrando a destruição de Jerusalém e a subjulgação dos judeus rebeldes em 70 EC
Independentemente da qualidade do governo, o bom cristão será tão obediente ao governo e às autoridades constituidas quanto a Deus:
[ênfases nossas]
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por Ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Dêem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra.”
É importante lembrar que Paulo não está se referindo a um Estado democrático, constitucional, ou liberal, centrado no princípio da proteção das liberdades individuais inerentes. Paulo escreveu esta carta aos cristãos que viviam em Roma, e obviamente está se referindo ao Império Romano. O Estado que em menos de duas décadas destruiria Jerusalém, matando centenas de milhares apenas para afirmar sua dominância. O Estado onde um terço de seus habitantes eram escravos. O Estado onde tortura e execuções públicas eram ferramentas cívicas e pedagógicas.
Por que Paulo ensinaria que obediência e submissão a qualquer agente governamental é um princípio cristão? O que na teologia de Paulo explicaria ou contextualizaria esse ensinamento?
Por isso os mórmons não consideram a biblia correta.É claro que ele estava errado,o homem só deve obdecer a Deus,e de acordo com a regra de fé,de acordo com os ditames de sua conciência.O resto nãofaz diferença,pois quem julga é Deus,e Cristo o advogado.O resto é opiniões e isso nimguém pode julgar.Não julgueis para que não sejais julgados.
Paulo realmente não faz referência à maioria dos eventos da vida de Cristo. Alguns ensinamentos de Paulo parecem divergir do que os outros apóstolos ensinavam. Mais do que isso, Paulo parece divergir dele mesmo: Ele diz que homens e mulheres são um em Cristo, mas também ensina que as mulheres devem ficar caladas; Paulo diz que é melhor não ter contato com mulheres, mas também ensina que o líder deve ser casado e com os filhos sujeitos a ele.
Essa questão que o Gerson levantou, de que pessoas se fizeram passar por Paulo e escreveram em nome dele explicaria essas discrepâncias. Se for este o caso, para sabermos qual é a Teologia de Paulo, primeiro temos de ter certeza sobre quais cartas Paulo realmente escreveu e quais (eventualmente) são falsificações.
De qualquer forma me parece que Paulo não estava fazendo um tratado Teológico, parece-me que ele estava escrevendo conselhos sobre assuntos restritos à sua própria época, sobre situações específicas para determinadas pessoas.