O Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Russell M Nelson, 95 anos de idade, não anunciou nenhum resultado de teste para o coronavírus.
Explicamos:
Nós, do Vozes Mórmons, mantemos uma tradição de 7 anos de sempre publicar, no dia 1° de abril, uma brincadeira educativa a título de Primeiro de Abril. Contudo, sitiados no meio de uma crise global severa causada por uma pandemia grave, não julgamos responsável elaborar um artigo inteiro à uma brincadeira. Especialmente num momento tão delicado quando autoridades máximas do governo federal espalham mentiras e falsidades que podem ceifar as vidas de centenas ou milhares de pessoas.
A crise da pandemia do CoViD-19 é perigosa e deve ser levada com muita seriedade. Incentivamos todos a manterem rigorosamente suas quarentenas e distanciamento social, e a ajudarem uns aos outros sempre que possível, e sempre com segurança. Estamos mantendo aberto um canal gratuito para todos nossos leitores poderem tirar dúvidas médicas ou fazer teleconsulta médica sobre o coronavírus, ou mesmo sobre problemas médicos em geral que possam ser tratados e resolvidos à distância.
Esse é um momento para todos nos unirmos e nos ajudarmos. Salvamos vidas ficando em casa em quarentenas. Salvamos vidas ligando ou escrevendo para amigos, colegas, e vizinhos fazendo isolamento social para evitarmos o isolamento emocional. Salvamos vidas nos informando melhor e evitando compartilhar falsas informações ou mentiras em nossos grupos sociais.
Mantemos nossa tradição com o título do artigo, mas queremos deixa amplamente claro que é uma brincadeira e que hoje devemos discutir apenas como salvar vidas.
Primeiro de Abril
Incentivar a busca por informações e evitar compartilhar falsas informações ou mentiras é o principal propósito de nossas brincadeiras de Primeiro de Abril.
Tudo começou quando publicamos uma brincadeira de Primeiro de Abril em 2014 que se espalhou rapidamente (viralizou, como se diz em internetês) enganando dezenas de milhares de Mórmons no Brasil e mundo afora. Mais de 95 000 pessoas acessaram o artigo, com quase 10 000 compartilhamentos na rede social Facebook e mais de 30 000 visualizações por lá, tornando-a a “pegadinha” mórmon mais bem-sucedida no Brasil e talvez no mundo.
Imediatamente após a explosão desta brincadeira, paramos para realizar uma análise dos motivos pelos quais ela teria sido tão disseminada. (Leia esta análise aqui) Embora muitos mórmons tenham percebido, e até achado graça, na brincadeira, é indiscutível que muitos mais ficaram mal-humorados e ranzinzas com ela, reagindo com tristeza, hostilidade, agressividade e até rudez. Inclusive, o próprio canal oficial da Igreja sofreu o vexame de ser pego mentindo duas vezes seguidas por causa de uma de nossas brincadeiras.
Além disso, a maioria absoluta dos mórmons simplesmente caiu na brincadeira acreditando na notícia falsa e passando-a adiante com efusividade não obstante a nota de rodapé claramente demonstrar que o artigo era falso!

O falso artigo de 01/04/2014 trazia um link para esta página como referência da notícia. Todos os artigos de Primeiro de Abril trouxeram o mesmo. Quantos leitores acessaram-na?
Repetimos para maior ênfase: não obstante a nota de rodapé claramente demonstrar que o artigo era falso!
Menos de 10% dos quase 100 000 acessos diretos ao artigo se deram o trabalho de checar a fonte da notícia para averiguar sua procedência. E isso sem contar nas dezenas de milhares de pessoas que leram o título e chamada da matéria no Facebook e passaram-na adiante sem sequer clicar no artigo em si para poder lê-lo!
Seria muito fácil dispensa-los como preguiçosos ou ignorantes, mas a verdade provavelmente é um pouco mais complexa do ponto de vista psicológico.
O descuido para checar a procedência e relevância da notícia espúria é inteiramente compreensível por causa do viés de confirmação. Como se tratava de uma notícia que confirma, ao invés de desconfirmar, uma crença pessoal importante e íntima —especialmente uma que gera grandes quantidades de dissonância cognitiva — não havia realmente necessidade, ou incentiva, de checá-la. Sabe-se, intimamente, que ela é válida. Esta é, no final das contas, a natureza irracional e ilógica destes mecanismos psicológicos para redução de dissonância, confirmação da identidade de grupo, e do indivíduo através do efeito de Forer (ler mais aqui).
E é por isso que, cada vez mais, torna-se fundamental ler os artigos, checar suas fontes, confirmar seus dados, antes de sair compartilhando artigos. Todas as nossas peças de Primeiro de Abril servem de lição de moral e alerta contra crer em tudo que se lê sem checar a veracidade das fontes e das informações publicadas. Sempre incluímos 2 ou 3 links de fontes que explicitam a brincadeira (veja nas publicações de 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, e 2019), além do tag (ver abaixo) que alerta: “Primeiro de Abril”.
Checar as fontes, clicar nos links, confirmar as informações com outras fontes diferentes, entre outras, são medidas que nos salvam de vexames públicos, e em tempos de crise sanitária, salvam vidas.
Close errado
Essa é uma expressão da comunidade LGBT. Tenho legimidade para desqualificar seu comentário. Não foi um close errado! Foi um equê boca-de-trá-lá-lá.
Entrei aqui só pra ver qual foi a da vez!
Alegra 💗
Há 7 anos vcs me pegam! Ai, que ódio kkkkkkk