Em uma de suas últimas ações como presidente dos Estados Unidos, no dia 17 de janeiro, Barack Obama reduziu a pena de Chelsea Manning, ex-soldado responsável pelo vazamento de informações secretas do Exército americano. Os vazamentos de Manning ao site WikiLeaks consistiam principalmente de provas dos abusos cometidos por forças militares americanas no Oriente Médio e em Guantânamo. Conhecida por Bradley Manning antes de sua transição transexual, Manning foi presa em Bagdá em 2010, permanecendo em confinamento solitário durante um ano, e sentenciada em 2013 a 35 anos de prisão.
Manifestantes pedem a liberdade de Chelsea Manning, em junho de 2015. © Elijah Nouvelage | Reuters
Com a decisão federal, Chelsea Manning será solta em maio próximo. Segundo análise na revista Wired,
A decisão de Manning, entretanto, representa uma reviravolta das políticas draconianas que o Departamento de Justiça de Obama aplicou àqueles que foram apanhados vazando documentos confidenciais do governo à mídia durante sua administração. Nos últimos oito anos, o governo Obama processou oito indivíduos sob a Lei de Espionagem por vazamento de segredos para a imprensa, cobrindo essencialmente fontes jornalísticas como espiões. Isso é mais do que todos os outros presidentes da história, combinados.
Vazamentos também fizeram parte do noticiário mórmon de 2016. Uma série de 15 reuniões filmadas entre 2007 e 2011 vieram a público no final do ano passado. Nesses vídeos, veem-se os Apóstolos recebendo briefings ou instruções sobre atualidades (e.g., política, economia, tendências sociais, noticiário, etc.), tecendo comentários ou fazendo perguntas em um ambiente mais íntimo e informal.
Em uma reunião apostólica de 2011, a Autoridade Geral Gerrit W. Gong, atualmente servindo como Presidente dos Setenta, explica aos membros do Quórum dos Doze acerca do site WikiLeaks e os possíveis riscos para a Igreja. As motivações de Manning para o vazamento de documentos do Exército são explicadas basicamente em termos emocionais. Na explicação de Gong, o fim de um relacionamento amoroso desencadeou a ação de Manning, sem menção a uma provável motivação moral ou ideológica.
Durante as perguntas e comentários, nada é dito sobre a segurança de documentos e informações da Igreja e toda a discussão é centrada na orientação sexual de Manning (na época, antes de transicionar, homossexual) e de Julian Assange (não homossexual). Os Apóstolos não discutem o valor ético dos vazamentos, nem comentam acerca dos crimes de guerra e atrocidades contra civis expostos por Assange e Manning.
Assista o vídeo e leia abaixo a transcrição em português. Continuar lendo →