Muitos são os sentimentos de quem perde um ente querido. Alguns sentem remorso por não terem feito o que estava ao seu alcance. No meu caso, o maior desafio é saber que teremos que esperar mais do que gostaríamos para revê-la novamente. Se por um lado o sentimento de perda nos faz sentir vontade de trocar absolutamente TUDO pela vida de quem tanto amamos, por outro a esperança bem fundamentada e o apoio dos amigos nos dão força para atravessar nosso deserto pessoal.
Olá, amigos. Há algum tempo, vi uma publicação aqui no site dizendo que o Vozes Mórmons gostaria de contar com mais vozes, de diferentes pontos de vista, incentivando pessoas de todos os lugares a publicarem suas reflexões sobre temas ligados ao mormonismo. Simplesmente Poliana – uma história de fé, amor e esperança é um livro escrito por um membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sobre suas experiências e de sua família, por ocasião da morte de sua filha, então com nove anos de idade.
À medida que nossos quatro filhos cresciam – dois meninos e duas meninas – tivemos muitas experiências semelhantes à maioria das famílias: trocamos fraldas, contamos historinhas, fizemos as festinhas de aniversário, atrasamos algumas vacinas e guardamos muitos dentinhos caídos embaixo do travesseiro. No ano em que nossa caçula completou nove anos, reunimos forças e enfrentamos nosso maior desafio: descobrir e lutar contra uma doença que nos parecia invisível e implacável.
Esta é a história de minha família. Tive o privilégio de revisar e prefaciar o livro, bem como presenciar cada fase de sua construção, e também da história narrada nele.
O material encontra-se totalmente disponível na internet, o intuito não foi a obtenção de lucro, mas o registro e divulgação das experiências vividas, do que aprendemos, da relação com nossa religião, assim como, obviamente, preservar as memórias de minha sobrinha.
Quando se enfrenta um grande desafio, é fácil perder a perspectiva e reclamar da vida. Mas reconhecer as bênçãos nas coisas mais simples pode devolver o ânimo a qualquer pessoa, por mais exausta que esteja.
Este livro simples porém extremamente sincero e apaixonado, tem beneficiado muitas pessoas, e já percorreu lugares distantes, ajudando a confortar a outros que passam ou passaram por situação semelhante.
No futuro, teremos respostas para todas as perguntas difíceis. Até mesmo para aquelas que teimam em nos machucar o coração. Por agora, acreditamos que devemos viver à altura de quem nos inspirou a amar, perdoar, e servir de uma maneira melhor. E que depois de todas as lágrimas, acreditem… podemos novamente estar juntos um dia.
Espero que gostem. É de coração, para vocês.

Uma linda iniciativa, Suzana, a do teu irmão de transformar a dor da família de vocês em um livro cheio de ensinamentos singelos e ao mesmo tempo tão preciosos, bem como a tua iniciativa de compartilhar aqui no blog. Agradeço sinceramente.
Com certeza, essa foi uma forma de manter a Poli mais viva dentro de vocês e agora dentro de cada um que passa a conhecê-la através do livro. Ela foi mesmo uma menina bem especial.
Assisti um filme tão tocante quanto a história da Poliana. A personagem enfrentou as mesmas dificuldades e também era um menino diferenciado e cheio de fé que transmite várias lições. O filme é Johnny- Todos tem uma missão especial.
Voltando ao livro, pude construir a imagem das cenas dos bons momentos aos mais tristes. Gostei de ver as fotinhos, achei a Poli parecidinha contigo, Suzana. Guardei a imagem dela entregando o porta retrato com sua foto para o pai, dizendo que ele podia chegar de mãos vazias porque não fazia diferença e que ele era o mais importante, como se ele mesmo fosse o presente. Que amada! Ela perguntando sobre o picolé que na propaganda prometia transformar quem o comesse. A atitude sensível do teu irmão em sair para procurá-lo para que ela chegasse às próprias conclusões. Deu para perceber que o teu irmão é um pai super presente e amoroso com a família. Poliana se deliciando com o churros no hospital e a tentativa da mãe de amenizar o sofrimento da menina, como no filme A Vida é Bela. Essa é uma das partes mais emocionantes do filme, daquelas que nos deixam com o nó na garganta. Muitos fragmentos me tocaram de alguma forma.
“Não existe morte prematura para quem está preparado para encontrar-se com o Criador”.
Acredito que seja mesmo assim, e saber disso é confortante. Já perdi familiares próximos e amigos, há bem pouco tempo meu pai se foi, mas tive a sorte de ter uma linda despedida o que me deixou bem feliz, sim, feliz nem todos tem essa oportunidade. O meu pai foi a pessoa mais importante na minha formação e na minha vida e todos vamos nos reencontrar novamente. Eu consegui dizer isso a ele, entre outras coisas legais no nosso último encontro. Eu sabia que era o último. Uma semana antes, quando ele saiu de casa para o hospital, eu previ o dia que aconteceria.
“O que pode ser mais precioso do que aprender a ver a vida pelos olhos de uma criança?”
Valiosíssimo refletir a respeito. Porque vamos perdendo a ingenuidade, pureza e inocência característica das crianças. Acho saudável não deixar desaparecer essa criança dentro de nós.
O livro é um exemplo de superação, fé e acima de tudo uma prova de amor.
Um grande abraço, Suzana.
Suzana, li o livro esse final de semana e realmente é lindo, sensível e emocionante. A melhor homenagem, sem dúvida, e a maneira mais delicada de eternizar a história da Poliana.
Confesso que não consegui conter as lágrimas, o que significa que o livro está muito tocante de fato. Adorei, lindo lindo…