Celebramos hoje a Páscoa Cristã.
Páscoa vem da palavra grega pascho, que significa “sentir” ou “viver a experiência”. Nos Evangelhos canônicos, especialmente nos relatos da Páscoa Cristã, ela foi invariadamente usada com o significado de “sofrer” ou “sentir dor” ou “viver uma experiência dolorosa ou pesarosa”. Para os autores dos Evangelhos, pascho (páscoa) significava o sofrimento e a dor que Jesus de Nazaré vivenciou no seu martírio em Jerusalém. Daí o nosso uso do têrmo Páscoa para nos referir ao martírio (sofrimento e morte) de Jesus.
Celebraremo-na considerando os quatro relatos mais antigos, e coincidentemente canonizados, da Páscoa.
Ao contrário do que a maioria dos Cristãos imagina, os quatro relatos canonizados (i.e., os Evangelhos atribuídos a Marcos, Mateus, Lucas e João) não narram o mesmo evento, não se complementam, e não são mutualmente inclusivos. Todas as quatro narrativas são individuais e independentes, narrando relatos como o seu autor acreditava ou imaginava ou ouvira ter ocorrido (nenhum desses autores fora testemunha ocular — na realidade, todos os evangelhos são anônimos, e atribuições autorais surgiram décadas após suas composições).
Portanto, honramos os autores que nos legaram esses quatro relatos distintos respeitando suas independências editoriais, estudando-os como eles haviam desejado: Individual e independentemente.
Dito isso, como ocorreu a Páscoa de acordo com o autor do Evangelho de Marcos?
Para o autor de Marcos, a narrativa da Paixão (do latim passionem, significando “sofrimento”) é tão importante que ocupa um terço de todo o Evangelho.
Narrativa
Jesus se aproxima a Jerusalém vindo do Leste e assentando em Betânia, envia dois discípulos para tomarem um jumento emprestado, e Ele adentra a cidade montado no jumento. Muitas pessoas estenderam suas roupas pelo caminho e outras espalharam ramos para saudá-Lo com homenagens messiânicas. Jesus visita o Templo, mas decide pernoitar em Betânia.
Na manhã seguinte, Jesus retorna a Jerusalém. No caminho, com fome, Jesus amaldiçoa uma figueira simplesmente por não ter frutos, mesmo sabendo que não era a época de frutos. Chegando em Jerusalém, Jesus vai ao Templo onde imediatamente põe-se a causar comoção, atacando com violência aqueles que ali trabalhavam, não permitindo que ninguém conduzisse seus trabalhos ali. Imediatamente, os “chefes dos sacerdotes e os mestres da lei” começaram a planejar Seu assassinato.
No dia seguinte, novamente a caminho para Jerusalém de Betânia, os discípulos notam que a figueira amaldiçoada no dia anterior havia morrido. Ao chegar ao Templo, Jesus foi abordado pelos “chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos” sobre Sua “autoridade”, e Jesus usa a popularidade João, o Imersor, para evadir a pergunta. Aproveitando a oportunidade, Jesus reconta uma parábola que obviamente prevê mortes violentas para esses “chefes dos sacerdotes e os mestres da lei e anciões”, e eles novamente discutem táticas para prendê-Lo, mas medo da “multidão” os previne.
No mesmo dia, “fariseus e herodianos” tentam confundi-Lo com uma pergunta sobre o pagamento de impostos ao Império Romano, e Jesus se desvencilha da armadilha pregando não confrontação com Roma e a dessecularização de Seus ensinamentos. ”
“Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Saduceus tentam confundi-Lo com uma pergunta sobre casamento na vida pós-mortal. Jesus estabelece que “após a ressurreição” não haverá casamentos.
“Vocês estão enganados! Pois não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus! Quando os mortos ressuscitam, não se casam nem são dados em casamento, mas são como os anjos nos céus.”
Um “dos mestres da lei” tenta, novamente, confundi-Lo com uma pergunta sobre qual mandamento de Deus seria o mais importante, e Jesus retruca com tamanha eficácia (“Ame o … seu Deus, de todo o seu coração… O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”) que ninguém mais ousou tentar confundí-lo.
Ainda no Templo, no dia seguinte a toda confusão e violência do dia anterior, Jesus segue ensinando em paz e sem maiores retaliações a uma “grande multidão” que “o ouvia com prazer”. Jesus sugere que o esperado Messias (têrmo hebreu para Cristo, ou “ungido” e “coroado”) não deveria ser “filho de Davi”, repudia os “mestres da lei” que são sustentados pelo povo, e glorifica os pobres dedicados a fé.
Ao sair do Templo, e no caminho de volta à Betânia, Jesus oferece o que acadêmicos denominam de “pequeno apocalipse“, quando Ele prevê a destruição do Templo de Jerusalém, perfeitamente descrevendo os eventos da Primeira Guerra Judaico-Romana (66-70 EC):
“guerras e rumores de guerras… Nação se levantará contra nação… terremotos em vários lugares e também fomes… irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão… ‘o sacrilégio terrível’ no lugar onde não deve estar… os que estiverem na Judéia fujam para os montes. Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma... Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Vejam, ali está ele!’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos.”
Jesus então promete a redenção vindo dos céus logo após os desastrosos eventos da destruição de Jerusalém:
“Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu… Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo. É como um homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!”
No dia seguinte, Jesus estava “reclinado à mesa” do leproso Simão em Betânia quando uma mulher desconhecida o ungiu com óleo “muito caro”, e quando os presentes protestaram o desperdício, Jesus a defende, explicando a unção como preparatória à Sua morte e velório. Enquanto isso, os “chefes dos sacerdotes e os mestres da lei” procuravam uma desculpa para “flagrar Jesus em algum erro e matá-lo” mas não durante a Páscoa que se aproximava “para que não haja tumulto entre o povo”. Subitamente, sem quaisquer motivações específicas ou claras, Judas Iscariotes decide dirigir-se “aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus”.
No “primeiro dia da Páscoa”, então 14 de Nisan [1], “quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal”, Jesus acerta com Seus discípulos para a tradicional ceia pascal chamada seder. Ele envia dois discípulos para Jerusalém para conseguir uma sala por acaso, e “reclinados à mesa” naquela noite para um jantar de seder, Jesus anuncia que um deles presentes O trairá. Então, Jesus toma do pão sem fermento, típico (e obrigatório) para seders e anuncia “Tomem; isto é o meu corpo”. Logo após, Jesus toma do vinho típico para seders e anuncia “Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”.
Jesus novamente anuncia que todos O abandonarão, e quando Pedro se recusa a crer que ele poderia abandoná-Lo, Jesus afirma que antes que “duas vezes cante o galo, três vezes você me negará”.
Terminado o jantar, Jesus decide ir a Getsêmani, no pé do Monte das Oliveiras, e se separa dos discípulos para “orar”. Contudo, porque Ele se sentia “aflito e angustiado” e “profundamente triste, numa tristeza mortal”, pede para Pedro, Tiago, e João acompanharem-No sem os demais. Separando-se destes, Jesus se joga no chão e reza:
“Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.
Jesus retorna para checar com Seus três discípulos, porém os encontra dormindo. Após lhes dar uma bronca por dormirem ao invés de estarem rezando por Ele como lhes havia pedido, Jesus retorna ao lugar de reclusão para oferecer a mesma prece. Retornando para checar com os três, os flagra dormindo novamente, e tudo se repete ainda mais duas vezes, até que Jesus se resigna e anuncia a chegada iminente de Seu “traidor”.
Logo Judas se aproxima do grupo, acompanhado de uma “multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos”. Judas se aproxima de Jesus, saudando-o carinhosamente como “Rabino!” seguido de um beijo, como havia combinado previamente de sinal, e imediatamente Jesus é capturado. Um dos amigos de Jesus saca uma espada e decepa a orelha do “escravo do sumo sacerdote”, enquanto Jesus oferece palavras de repúdio à Sua prisão na surdina da noite. Rapidamente, todos os amigos e seguidores de Jesus fogem, inclusive um rapaz que larga sua túnica e foge pelado para evitar captura.
Preso, Jesus é levado “ao sumo sacerdote” onde estavam “todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei” e “todo o Sinédrio”. Enquanto as testemunhas convocadas ofereciam nada coerente ou condenável, Jesus responde diretamente à pergunta do Sumo Sacerdote:
– Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?
– Sou. E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.
Considerando essa declaração como blasfêmia, condenam Jesus à morte. Vendado, Jesus sofre cuspes, tapas, e murros.
Enquanto isso, Pedro tentava acompanhar o julgamento de longe, no pátio palacial, e reconhecido, foi questionado quanto à sua associação com o prisioneiro. Pedro nega tal associação em três ocasiões distintas, e ao negar pela terceira vez, ouve um galo cantando pela segunda vez, e põe-se a chorar.
Ao raiar do dia seguinte, Jesus é arrastado a Pilatos, [3] que o questiona imediatamente:
– Você é o rei dos judeus?
– Tu o dizes.
Pilatos se impressiona com a calma e o silêncio de Jesus durante o resto do processo, e porque “era costume soltar um prisioneiro que o povo pedisse” devido ao festival religioso. Uma “multidão” pressiona Pilatos para soltar Barrabás, um assassino preso por participar em uma rebelião contra os Romanos. Pilatos tenta interceder a favor de Jesus, “sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus”, mas “os chefes dos sacerdotes” incita a multidão a exigir que soltem Barrabás, e a exigir que crucifiquem Jesus. Pilatos tenta novamente, mas eles insistem na pena de morte, e ele aquiesce para “agradar” a multidão. [4]
Soldados romanos levam Jesus para açoitá-lo e aproveitam para zombar d’Ele com uma coroa de espinhos e um manto de púrpura como escárnio ao título de “rei dos judeus”. [5]
Após ser açoitado e zombado, os soldados romanos arrastam Jesus (agora em Suas próprias roupas) até Gólgota, obrigando um transeunte chamado Simão, de Cirene, a carregar a cruz destinada a Jesus. Ofereceram-No “vinho misturado com mirra”, mas Ele o recusou. Removeram Suas roupas e jogaram sortes para dividir os espólios entre eles. E, às nove horas da manhã, no dia do calendário hebraico 15 de Nisan, uma sexta-feira, crucificaram a Jesus.
A acusação afixada na cruz para a pena capital foi “Rei dos Judeus”, e o autor de Marcos cita uma passagem de Isaías para explicar a presença de dois ladrões crucificados juntos com Jesus, ladeando-O. [6] Insultos e zombarias de transeuntes e dos opositores religiosos preenchiam o ar, inclusive vindo dos dois ladrões crucificados.
Subitamente, toda a Palestina foi encoberta em “trevas” por três horas, do meio-dia às três da tarde, quando Jesus “bradou em alta voz: … Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” [7] Alguns se confudem, achando que ‘Eloi’ seria “Elias” e que Jesus estaria chamando “Elias” para resgatá-Lo. [8] Uma pessoa presente oferece vinagre para Jesus beber, enquanto outros insistem em zombá-lo sobre Elias, mas Jesus solta “um alto brado” e morre. A cena tão comove o centurião presente que ele exclama: “Realmente este homem era o Filho de Deus!”
O “véu do santuário” rasga-se em dois, de ponta à ponta.
Presentes, dos amigos e seguidores de Jesus, estão à distância, apenas Maria Madalena, Salomé, Maria mãe de Tiago e José, e outras mulheres não mencionadas por nome.
José de Arimatéia, “membro de destaque do Sinédrio” pediu a Pilatos posse do corpo de Jesus, que prontamente solicita confirmação do óbito de Jesus. Obtida autorização para sepultá-Lo, José velou o corpo com um “lençol de linho… e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro.” [9]
Presentes ao sepultamento estavam apenas Maria Madalena e Maria mãe de José.
Após um dia e meio, na manhã do Domingo, Maria Madalena, Salomé, e Maria mãe de Tiago “compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus”. Chegando no sepulcro, após discutir entre si como elas poderiam abri-lo para ungir o corpo, descobriram-no aberto e, para seu choque e terror, avistaram um “jovem vestido de roupas brancas assentado à direita” dele. O jovem imediatamente tentou acalmá-las:
“Não tenham medo. Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. Vão e digam aos discípulos d’Ele e a Pedro: Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como Ele lhes disse.”
Assustadas, as três mulheres correram dali e nunca contaram nada a ninguém, “porque estavam amedrontadas”. [10]
Notas
[1] O autor de Marcos erra grosseiramente no cálculo das datas da Festa Pascal. O dia Judaico inicia-se ao pôr-do-sol, ao contrário do costume ocidental observado por Romanos e Gregos de iniciar o dia ao nascer-do-sol. Assim, o “primeiro dia da Páscoa” Judaica começa após o pôr-do-sol de 14 de Nisan, quando começa 15 de Nisan. Ou seja, o primeiro dia é 15 de Nisan, e inicia-se na noite do 14 de Nisan. O cordeiro pascal é sacrificado durante o dia 14 de Nisan, antes do “primeiro dia da Páscoa”.
[2]
[3] Curiosamente, o autor de Marcos nunca introduz Pilatos ou explica quem deveria ser.
[4] Estranhamente, nunca houve tal tradição e não há nenhum sinal ou evidência de que tal tradição existisse. O registro histórico é claro sobre Pôncio Pilatos como um governador violento e inclemente, que jamais permitiria um insurgente como Barrabás permanecer preso, que dirá comutado. Rebeldes eram executados sem quaisquer hesitações, sendo a manutenção da paz e da ordem o seu mandato principal. Ademais, Pilatos odiava os Judeus e não cedia a suas demandas, preferindo confrontações violentas com o uso excessivo das legiões. Não há registros dele haver “cedido” a “demandas” de “multidões”, ou de tentar “agradar” ninguém. Inclusive, Pilatos foi removido pelo Imperador justamente por causa de sua intransigência e violência contra os Judeus.
[5] O título oficial do Messias, ou Cristo, é exatamente “Rei dos Judeus”.
[6] O autor de Marcos não estava ciente que essa passagem havia sido escrita por deutero-Isaías e se referia a nação de Israel, e não ao Messias, descrito na terceira pessoa do ponto de vista dos Gentios.
[7] Não há nenhum registro judeu, romano, grego, egípcio, ou em qualquer outra cultura ou civilização, que cite ou justifique 3 horas de trevas na Palestina.
[8] O retorno de Elias é uma tradição judaica comum para a Páscoa. Ceias de seder costumeiramente incluem um assento vazio para Elias. A frase é literalmente, palavra por palavra, apropriada pelo autor de Marcos de uma passagem em Salmos. Aqui o autor de Marcos teria Jesus gritando em hebraico (citando escrituras na agonia da morte e do desespero), quando ele havia determinado no Gêtsemani que Jesus falava aramaico (citando-O em aramaico chamando Deus de Abba!).
[9] Nunca, nunca, nunca condenados mortos em crucificações eram permitidos sepultamentos. Os corpos deveriam apodrecer nas cruzes ao ar livre. Inculcar terror e medo nos habitantes locais era justamente o propósito de crucificações, especialmente de rebeldes ou potenciais usurpadores do poder e autoridade de Roma.
[10] Nos manuscritos mais antigos, e de acordo com os escritos mais antigos que citam o Evangelho de Marcos, o texto termina aqui. Em manuscritos mais recentes, há a inclusão do versículo reproduzido abaixo, e nos manuscritos ainda mais recentes há a inclusão dos versículos 9 a 20 que gracejam a maioria das Bíblias publicadas hoje em dia.
“Em seguida, elas rapidamente relataram todas estas instruções para aqueles em torno de Pedro. Após isso, o próprio Jesus também enviou através deles de leste a oeste a sagrada e imperecível proclamação da salvação eterna. Amén.”
Referências Bibliográficas
Coogan, Michael (ed.), ‘The New Oxford Annotated Bible with Apocrypha: New Revised Standard Version‘, 4a ed.
Ehrman, Bart, ‘The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings‘, 5a ed.
Levine, Amy-Jill (ed.), ‘The Jewish Annotated New Testament‘, 1a ed.
Metzger, Bruce, ‘The Oxford Companion to the Bible‘, 1993
Na versão do “final curto” do evangelho marcano é utilizado o recurso do suspense seguido de medo. “A narrativa de Marcos na forma que chegou até nós termina de forma tão abrupta quanto começa. Não há introdução e nem contexto para a chegada de Jesus, assim como não há nada na sua partida. Ninguém sabe de onde ele veio, ninguém sabe para onde ele foi e foram poucos os que o compreenderam enquanto ele esteve aqui ”. Richard A. Burridge, Four Gospels, One Jesus? A Symbolic Reading .
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