O Esfinge Joseph Smith

Ontem eu visitei o jardim Gilgal, um sítio Mórmon em Salt Lake City de que eu gosto muito. Gilgal é um jardim de esculturas, criado por um bispo SUD, Thomas Battersby Child, Jr. (1888-1963) durante os últimos 17 anos da sua vida. Este é a melhor conhecida escultura no jardim:

O Esfinge Joseph Smith, no Jardim Gilgal, Salt Lake City

Não sei como os membros da Igreja no Brasil reagirão para tal coisa. Sei que muitos dos membros nos EUA ficam confusos com tal expressão artística; acham estranho mesmo. Mas ainda assim, é uma expressão como poucos que temos — um homem que empregou o pouco que tinha em fazer uma homenagem a sua fé, mesmo sem treinamento artístico.

Tal expressão mostra tanto esforço e fé que penso:

Será que a minha oferta ao Senhor mostrará tanta devoção?

25 comentários sobre “O Esfinge Joseph Smith

  1. Acredito que a interdição contra a representação artística de animais e seres humanos no Velho Testamento se dê pela tendência humana de confundir a a representação com a coisa representado. Isso é claramente perceptível na religiosidade popular. Vide, por exemplo, a forma como muitos católicos se relacionam (e o laço emocional que desenvolvem) com as imagens de seus santos de devoção – dialogando, colocando apelidos ou “punindo” (a imagem Santo Antônio de cabeça para baixo dentro de um copo d’água). Penso que as imagens cumprem uma função pedagógica de retratar realidades transcedentes. Seu objetivo é inspirar, elevar e promover uma reflexão. A teologia mórmon abunda em símbolos, principalmente nos Templos – onde realidades que nos escapam qualquer definição são “mediadas” pelos símbolos, imagens e cerimônias. Também não consigo ver a diferença entre uma fotografia e uma escultura (numa interpretação literal do texto bíblico teríamos de condenar a ambos, como fazem alguns grupos islamitas, por exemplo).

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