O Apóstolo M. Russell Ballard ofendeu Católicos em discurso proferido em Buenos Aires.

Os comentários de Ballard foram proferidos no ano passado, mas vídeo do discurso viralizou apenas esta semana.

O trecho em questão surge no marco de 58m50s:

A crítica de Ballard ao Catolicismo foi clara e inequívoca:

A maioria das pessoas não sabe de onde vieram. Eles não sabem por que estão aqui, e eles não sabem aonde estão indo.

E se eles têm uma criação Católica, eles não sabem nem quem é Deus. Eles não sabem quem é o Salvador; eles nem sabem quem o Espírito Santo é.

E nós sabemos quem eles são, porque Joseph ajoelhou-se na presença do Pai e do Filho, e o nosso Pai introduziu-o ao Salvador com estas palavras: “Joseph, este é o meu filho amado. Ouve-O.” Um menino, que, em seguida, foi nutrido e treinado pelo Salvador do mundo para restaurar a plenitude do evangelho eterno.

Tais críticas ao Catolicismo entre Apóstolos e Profetas Mórmons não são novidades.

O Profeta Joseph Smith classificou todas igrejas Cristãs de “abominação” e demais “religiosos” como sendo “todos corruptos”.

O Apóstolo Bruce McConkie chamou a Igreja Católica de “Igreja do Diabo” e “a grande a abominável igreja”.

O Apóstolo James Talmage escreveu um livro para a Igreja SUD, publicado como manual oficial e vendido até hoje, explicitamente para delinear argumentos contra a Igreja Católica.

Em outra época, críticas de líderes Mórmons à Igreja Católica ou ao Catolicismo eram comuns e aceitáveis. Num mundo mais interconectado e com preocupações de relações públicas, essas críticas se tornaram cada vez menos comuns. A Primeira Presidência exigiu que McConkie amenizasse o tom em futuras edições do seu livro e tirou o livro de Talmage da lista de leitura obrigatória de missionários.

Seriam as críticas de Ballard um sinal de nova mudança de volta às críticas explícitas? Ou apenas o equívoco de quem pressupões um discurso para consumo exclusivamente interno?

Outro comentário de Ballard que possa causar controvérsia foi a sua injunção (18m47s-23m) para rapazes jovens se casarem e terem muitos e muitos filhos imediatamente, mesmo que não tenham como sustentá-los, irresponsavelmente comparando a situação sócio-econômica atual na Argentina com a dele quando se casou durante o maior boom econômico (nos Estados Unidos do pós-guerra) na história da humanidade.