Conheça Sam Shepard, um jovem Mórmon que em sua noite de núpcias recebe a visita de um anjo como uma missão divina, e super-poderes, para ele.

O Jovem Guerreiro, criado e escrito por Brian Andersen e ilustrado por James Neish
O criador da comic ‘Stripling Warrior’, uma jogada com a expressão “jovens guerreiros” usada no Livro de Mórmon para se referir à legião de 2,000 adolescentes que lutam com o Capitão Moroni, publicou as duas primeiras edições do seu HQ sobre um super-herói Mórmon, disponíveis online tanto em versões digitais como impressas.
Eis a descrição que o autor Brian Andersen oferece do seu projeto:

Sam Shepard recebe a visita de um anjo com uma missão divina para ele.
O comic ‘Jovem Guerreiro’ acompanha as aventuras de Sam Shepard, um homem gay todo feliz por estar recém-casado que recebe a visita de um anjo celestial em noite de núpcias. O anjo Abish – um dos raros nomes de personagens femininos do Livro de Mórmon – chama Sam para servir como a Mão de Deus, com a missão de punir os que necessitam de punição.
Por que ele foi escolhido? Como a sua homossexualidade impactará o seu papel como um servo de Deus? E como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reagirá quando souberem que um homem homossexual recebeu uma missão divina?
Brian Andersen explica que a sexualidade de seu personagem é apenas parentético, e que o foco será nos relacionamentos e desafios inter-pessoais, além da acão e dos confrontos com super-vilões.
(Leia um trecho da primeira estória aqui)
Os quadrinhos, ilustrados por James Neish, “explorarão a mitologia d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias através de uma ótica gay”:
“Basicamente, eu queria explorar a tradição religiosa e a mitologia da Igreja Mórmon para dar poderes a um herói homossexual – para mostrar que um personagem gay é tão digno aos olhos de Deus como qualquer heterossexual … Minha visão e conceito abrangentes para o Jovem Guerreiro é contar uma história divertida, sexy, e provocante talvez tomando tropos de super-heróis conhecidos e lançando-os em uma história em quadrinhos sobre um cara normal, que é um super-herói Mórmon e gay … Se eu posso contar uma história divertida que qualquer pessoa possa desfrutar, se você estiver familiarizado com o mormonismo ou não, se você é homossexual ou não, então eu fiz o meu trabalho. E se o meu pequeno quadrinho pode trazer alguma pequena medida de conforto e prazer para aqueles que já se sentem marginalizados pela sua própria fé por causa de sua sexualidade, então eu marquei um gol… Questões de representação são importantes, porque os membros da comunidade LGBT precisam contar nossas histórias. Precisamos possuir nossas narrativas. Por muito tempo temos sido definidos por outros – nossos líderes religiosos, nossas figuras políticas – que nós geralmente somos magrupados na categoria “pecador”. Que de alguma forma os nossos direitos não importa, porque nós somos pecadores e, portanto, não merecedores de igualdade. Eu refuto essa idéia … Eu não acredito que com quem e como eu tenho sexo me define como pessoa. Eu não sou um pecador porque eu sou casado com um homem … Quanto mais meus companheiros LGBTs levantam-se e falam, quanto mais vamos exigir o respeito que merecemos como seres humanos. Com quem eu durmo com não me faz menos dignos, nem menos merecedores da igualdade do que ninguém. Não importa o que alguém lhes diz líder eclesiástico. Todo mundo merece ser tratado com dignidade.”
Legal a inciativa de criar quadrinhos com temática SUD, mas não achei legal as claras cenas de relacionamento gay. E olha que eu sou conhecido por ser bem liberal, muito forte. Me indique outro se houver, abraços.