Dallin Oaks em Lista de Top 10 em 2018

O profeta mórmon Dallin Oaks figura na lista de Top 10 de 2018 da histórica revista The Advocate na categoria “homofóbicos e transfóbicos do ano”. Oaks, inclusive, aparece em posição de destaque no segundo lugar da lista.

Dallin Oaks figura entre na lista dos 10 mais homofóbicos do ano de 2018 da revista The Advocate, visto acima na retrospectiva do The Advocate com Mary Fallin e Roger Severino

A revista, fundada em 1967, é a maior e mais antiga publicação periódica dedicada a “notícias, política, opinião, e artes e entretenimento de interesse para pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT)”, e mantém longa tradição de votar em retrospectivas anuais nos nomes que mais impactaram negativamente os direitos civis de pessoas LGBT.

Em sua explicação sobre a inclusão do profeta mórmon, escrevem:

“Não é novidade que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida informalmente como a Igreja Mórmon, não aceita as pessoas LGBTQ, mas um de seus principais líderes, Dallin H. Oaks, levou a homofobia e a transfobia a novos patamares este ano. “Nosso conhecimento do plano de salvação revelado de Deus exige que nos oponhamos a muitas das atuais pressões sociais e legais de se distanciar do casamento tradicional ou de fazer mudanças que confundam ou alteram o gênero ou homogeneizam as diferenças entre homens e mulheres”, disse Oaks em um discurso para a Conferência Geral da igreja em outubro. Essas pressões, disse ele, vêm de ninguém menos que Satanás, que “procura confundir gênero, distorcer o casamento, e desencorajar a gravidez, especialmente por pais que criarão filhos na verdade”. Poderíamos rir de Dana Carvey invocando Satanás quando ele interpretou seu personagem Mulher Religiosa no [show de comédia] Saturday Night Live anos atrás, mas as palavras de Oaks não são motivo de riso. Há uma epidemia de suicídio entre os jovens LGBTQ no estado natal da igreja em Utah, e grande parte da culpa pode ser atribuída ao ódio da denominação.”

Seguindo Oaks na lista estão, de baixo para o topo da lista: o Partido Republicano do Texas, a governadora Mary Fallin de Oklahoma, o governador Jeff Colyer do Kansas, o diretor do Ministério da Saúde e Serviços Humanos Roger Severino, Católicos de extrema-direita, o governo da Malásia, o governador estadual Paul Makonda da Tanzania, e o presidente-eleito do Brasil Jair Bolsonaro.

Acima de Oaks, no topo da lista em primeiro lugar, encontra-se o grupo ativista jurídico multimilionário porém sem fins lucrativos Alliance Defending Freedom (ADF) [Aliança Defensora da Liberdade], especializado em propor e defender leis e pareceres jurídicos que restrinjam ou removam direitos civis básicos de pessoas LGBT.

O Southern Poverty Law Center, uma ONG norte-americana fundada em 1971 com a missão de oferecer apoio legal contra discriminação racial, inclui o ADF no rol de “grupos de ódio” dedicados à discriminação e repressão preconceituosa de minorias e a criminalização da homossexualidade.

O Human Rights Campaign, uma ONG norte-americana fundada em 1980 com a missão de promover diretos civis básicos para, e combater discriminação contra, pessoas LGBT, também denuncia o ADF como um dos principais incitadores mundiais de ódio, preconceito, intolerância contra homossexuais e LGBT em geral.

Fechando o Top 3 dos mais notáveis homofóbicos e transfóbicos de 2018, abaixo do ADF e de Dallin Oaks, está o presidente-eleito e candidato de preferência dos mórmons brasileiros:

“O Brasil elegeu um novo presidente este ano, e ele pode ser ainda pior do que o homem que ocupa o cargo nos Estados Unidos. Jair Bolsonaro, que é membro do Congresso do Brasil, disse que prefere ver seu filho morto do que gay e que socaria homens se ele os visse se beijando na rua. Uma vez ele disse à atriz Ellen Page que ela estava “fugindo da normalidade” porque é lésbica. Ele também fez muitos comentários misóginos e racistas e despertou a ira dos ambientalistas com seus planos de abrir a floresta tropical brasileira ao desenvolvimento industrial. Esta figura toma posse no dia 1º de janeiro.”

 

13 comentários sobre “Dallin Oaks em Lista de Top 10 em 2018

  1. Parabéns Élder Oaks, seu chamado não é agradar a nenhuma revista, mas sim pregar as verdades do evangelho ao mundo, gostem ou não.

      • Me mostre uma escritura que aprovando o casamento homossexual que passo a apoiá-lo. Tem ou não tem?

      • Sabia que não ia responder o que eu perguntei, a falta de argumentos dá nisso mesmo, desviar o foco do assunto por um mais fácil de atacar.

      • É possível que raciocínio lógico não lhe venha com facilidade por falta de treinamento. Por isso não julgaremos esse seu comentário e, ao invés, lhe explicaremos com mais simplicidade e claridade.

        Não, as “escrituras” não “apoiam casamento homossexual” pelo mesmo motivo que elas apoiam violência sexual contra mulheres. Elas representam os valores éticos e morais de uma cultura pré-científica e, comparada com a nossa civilização contemporânea, moral e eticamente retrógrada.

        As “escrituras” apoiam estupro e violência sexual contra mulheres. Você usa essas passagens para justificar estuprar mulheres hoje em dia? Não, pelos motivos citados acima.

        As “escrituras” apoiam escravidão humana e escravidão sexual de mulheres. Você usa essas passagens para justificar escravizar pessoas hoje em dia? Não, pelos motivos citados acima.

        As “escrituras” apoiam silenciar mulheres no espaço público. Você usa essas passagens para silenciar mulheres hoje em dia? Não, pelos motivos citados acima.

        As “escrituras” apoiam racismo contra negros e ameríndios. Você usa essas passagens para justificar racismo contra negros e ameríndios hoje em dia? Não, pelos motivos citados acima.

        Se você exercesse raciocínio lógico ao fato de que não usa as “escrituras” para defender escravidão, estupro, racismo, ou silenciar mulheres em espaço público, chegaria à lógica conclusão que tampouco procuraria nessas mesmas “escrituras” uma defesa para a homofobia. Afinal, hoje em dia não se espera de textos que defendem racismo, escravidão, e estupros uma supremacia sobre valores morais e éticos.

        Nós havíamos respondido à sua pergunta. Infelizmente, não havíamos imaginado que seria necessária uma explicação tão primária e elementar de um raciocínio lógico simples. Esperamos que dessa vez a resposta lhe tenha sido mais clara e inequívoca.

      • Por falta de estudo teológico adequado, é possível que você tire conclusões incorretas de algumas passagens bíblicas ao lê-las. Por isso não julgarei esse seu comentário e, ao invés, lhe sugiro alguns livros para melhorar seu entendimento das escrituras.

        1. O Antigo Testamento Explicado aos que Conhecem Pouco ou Nada a Respeito Dele – Jean Louis Ska – Paulos Editora.
        2. Curso bíblico para leigos: a riqueza da palavra de Deus: Antigo e Novo Testamento – Antonio Rivero –
        3. Introdução à Teologia Bíblica. O Desenvolvimento do Evangelho em Toda a Escritura- Graeme Goldsworthy – Editora Vida Nova

        Se quiser aprofundar mais, sugiro: Comentário Histórico-Cultural da Bíblia. Antigo Testamento – Maior John H. Walton e outros. A Espiral Hermeneutica. Uma Nova Abordagem A Interpretação Bíblica – Grant R. Osborne e Os Perigos da Interpretação Bíblica – D. Carson, todos da Editora Vida Nova.

        Estudando os livros acima você vai perceber que essa correlação entre escravidão, estupro, racismo e homossexualidade tem fundamentos totalmente diferentes e são independentes entre si. Achar que todas derivam de um mesmo motivo é apenas desconhecimento mesmo.

        Então, em vez de tirar conclusões equivocadas com base no raciocínio simplista de que se alguns comportamentos não foram perpetuados como pecados o homossexualismo também não deveria ser (e partindo do pressuposto que você admite que as escrituras encaram o comportamento homossexual como pecado) a pergunta que você deveria fazer é: Por quê atualmente não se consideram pecados alguns comportamentos que no antigo testamento eram considerados.

        Espero que minha resposta seja publicada e que tenha ajudado a ampliar sua perspectiva sobre o assunto.

      • Não mesclamos filosofias dos homens com as escrituras aqui, Lindomar. Estudamos história e literatura sob os primas racionais, lógicos, e científicos.

        Note que em nada adicionou em termos de argumento lógico, racional, ou factual! Regurgitar citações bibliográficas não constituem argumentos.

        Repetiremos para seu esclarecimento e ponderação: A exigência de que “escrituras” não “apoiam casamento homossexual” para se julgar seus méritos éticos ou morais é uma profunda debilidade racional e lógica pelo mesmo motivo que você não defende violência sexual contra mulheres, escravidão humana, escravidão sexual, racismo sistemático, etc., quando essas mesmas “escrituras” preconizam tais posturas.

        Quando você aprender a exercer raciocínio lógico ao fato de que não usa as “escrituras” para defender escravidão, estupro, racismo, ou silenciar mulheres em espaço público, chegará à lógica conclusão que tampouco procuraria nessas mesmas “escrituras” uma defesa para a homofobia. Afinal, hoje em dia não se espera de textos que defendem racismo, escravidão, e estupros uma supremacia sobre valores morais e éticos.

        Filosofias dos homens mescladas com as escrituras para passar a ilusão de que elas ensinavam algo diferente do que claramente se lê nos textos é uma prática milenar. Contudo, ela não se chama “teologia”, mas sim “apologia”, e é inerentemente uma aventura intelectualmente desonesta. Nós preconizamos respeito pelos textos históricos, e isso significa ler e estudar o que eles dizem, ou o que seus autores provavelmente queriam dizer, e não o que algum autor moderno gostaria que ele tivesse dito.

  2. Triste…

    E pensar que quando eu frequentava lá afirmava que a igreja não era homofóbica.

    Se parte do topo da pirâmide da liderança, o que esperar?

    Depois ainda existe o site gayandmormon… pra que? O que eles realmente pensam tá bem explícito aí…..

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