O Presidente Brigham Young fez os seguintes comentários sobre casamento interracial e direitos civis de minorias raciais no famoso Tabernáculo, em março de 1863:
“Os abolicionistas rançosos e raivosos, a quem eu chamo de republicanos de coração negro, tocaram todo o tecido nacional em chamas. Sabem disso, democratas? Eles acenderam o fogo que está consumindo agora a partir do norte para o sul, e desde o sul até o norte. Eu não sou nenhum abolicionista, e eu não sou um escravagista; Eu odeio alguns dos seus princípios e especialmente algumas de suas condutas, como eu odeio as portas do inferno. Os sulistas fazem os negros, e os nortistas adoram [os negros]; essa é toda a diferença entre os senhores de escravos e os abolicionistas. Gostaria que o Presidente dos Estados Unidos e todo o mundo ouvisse isso.
Devo contar-lhes a lei de Deus no que diz respeito à raça Africana? Se o homem branco, que pertence à semente escolhida, misturar o seu sangue com a semente de Caim, a pena, nos têrmos da lei de Deus, é a morte imediata. Isso vai ser sempre assim. As nações da Terra têm transgredido cada lei que Deus deu, eles mudaram as ordenanças e quebraram todos os convênios feitos com os pais, e elas são como um homem faminto que sonha que come, e quando acorda e eis que ele está vazio.
O seguinte provérbio do profeta foi cumprido: “Agora também se congregaram muitas nações contra ti, que dizem: Seja ela profanada, e vejam os nossos olhos a Sião. Mas não sabem os pensamentos do Senhor, nem entendem o seu conselho: Pois os ajuntará como os feixes na eira. Levanta-te e trilha, ó filha de Sião, etc.”. Deus governa nos exércitos do Céu e faz a sua vontade sobre a terra, e nenhum homem pode evitá-lo. Quem pode parar a mão do Senhor, ou desviar as providências do Todo-Poderoso? Eu digo a todos os homens e todas as mulheres, submetam-se a Deus, às suas ordenanças e Seu governo; sirvam-nO, e cessem suas brigas, e parem o derramamento do sangue uns dos outros.
Se o Governo dos Estados Unidos, no Congresso reunido, tinha o direito de passar um projeto de lei anti-poligamia, eles também tinham o direito de aprovar uma lei que os escravos não fossem abusados como eles têm sido; eles também tinham o direito de fazer uma lei com que negros fossem usados como seres humanos, e não pior do que os brutos mudos. Por o seu abuso daquela raça, os brancos serão amaldiçoados, se não se arrependerem.
Eu não sou nem um abolicionista nem pró-escravidão. Se eu pudesse ter sido influenciado por lesão privada para escolher um lado em detrimento do outro, eu certamente deveria ser contra o lado pró-escravidão da questão, pois foram homens pró-escravidão que apontaram a baioneta para mim e meus irmãos em Missouri, e disseram: “Malditos sejam, vamos matá-los.” Eu não tenho muito amor por eles, apenas no Evangelho. Gostaria de forçá-los a se arrepender, se eu pudesse, e torná-los bons homens e uma boa comunidade. Eu não tenho nenhuma comunhão por sua avareza, cegueira e ações ímpias. Ser grande é ser bom ante os Céus e diante de todos os homens bons. Eu não quero a comunhão dos ímpios em seus pecados, que Deus me ajude.” — Brigham Young (Journal of Discourses 10:110 ou leia facsímile no site da Igreja SUD, ênfase nossa)
Duas observações contextuais:
- Brigham Young autorizou a legalização de escravidão negra no Estado de Deseret e, depois, no Território de Utah.
- Brigham Young proferiu esse discurso no meio da Guerra Civil Americana (1861-1865), lutada por causa da secessão de Estados sulistas em defesa da manutenção da escravidão negra.
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Não devemos nos esquecer de que o mal exerce grande poder sobre a terra, e de que Satanás se vale de todos os recursos possíveis para obscurecer a mente dos homens, e lhe oferece falsidade e mistificações como sendo a verdade. O demônio é um hábil imitador, e à medida que o mundo recebe genuínos princípios do evangelho, cada vez em maior abundância, de igual maneira ele propaga a moeda falsa das doutrinas enganosas. Acautelai-vos dessa moeda corrente, pois com ela, nada podeis comprar, exceto o desapontamento, a miséria e morte espiritual.
Eu gostaria de saber a referência da escritura que prevê a morte no caso do casamento interracial, pois não li nada ainda sobre isso no estudo do Antigo Testamento que estou realizando.
Na verdade, eu tenho o testemunho nem por causa da escritura que vou citar e a historia do profeta Noé e sua família em geral, onde sabemos que um dos principais motivos da terra ser lavada pelo dilúvio foi o casamento fora do convênio. (Gênesis 6:1–4; Moisés 8:13–15. A iniqüidade da época de Noé incluía o casamento fora do convênio.) como profeta não teria deixado seu filho cão casar fora do convênio.
“A Igreja hoje, rejeita as teorias desenvolvidas no passado de que a pele negra é resultado de desfavor divino, maldição ou que reflete ações da vida pré-mortal. Também rejeita qualquer ideia de que uniões interraciais sejam pecado ou que negros ou pessoas de qualquer raça são inferiores em qualquer aspecto. Líderes da Igreja hoje, condenam qualquer racismo, passado ou presente, em qualquer forma.”(Race and the Priesthood,” Gospel Topics, lds.org.2013)
Bruce R. McConkie era um dos líderes da Igreja que antes da revelação que deu fim à restrição do Sacerdócio, apoiava a linha teológica que a raça negra é descendente de Caim. Com a revelação de 1978, o entendimento sobre o assunto aumentou e o Apóstolo declarou:
“Esqueçam tudo o que eu falei, ou o que(…) Brighan Young falou, ou quem quer que seja (…) que seja contrário à presente revelação. Nós falamos com um conhecimento limitado e sem a luz e conhecimento que agora foi dado ao mundo. Nós recebemos nossa verdade e luz linha sobre linha e preceito sobre preceito. Nós temos agora recebido um novo dilúvio de inteligência sobre este assunto em particular, e isto apaga toda a escuridão, ponto de vista e pensamentos do passado. Eles não importam mais. Não fazem uma partícula de diferença o que qualquer pessoa tenha dito sobre os negros antes do primeiro dia de Junho deste ano. Este é um novo dia e um novo arranjo, e o Senhor deu agora a revelação que faz brilhar a luz no mundo com relação a esse assunto. “(Bruce R. McConkie, “All Are Alike unto God,” address in the Second Annual CES Symposium, Salt Lake City, August 1978). Pouco me importa as pessoas que falam: Nossa agora, depois de tantas declarações mudaram de opinião, mudaram pois foi revelado. Vivendo hoje em dia não temos nem uma partícula de sentimentos o que o mundo criou contra uma raça, como os negros à tantos anos.