Um grupo de mórmons está protestando contra um outdoor na cidade de Ogden, Utah, por ser “ofensivo a suas roupas íntimas religiosas”.
Comercial da loja de lingerie Sexy Blue Boutique. Não, esse não é o outdoor causando controvérsia entre mórmons.
O outdoor em questão faz propaganda de calcinhas da loja Sexy Blue Boutique, e os protestos mórmons levaram a loja às mídias sociais para se defender:
“Nosso outdoor na [rodovia] I-15 na região da cidade de Ogden está à mostra há menos de uma semana e um certo grupo de pessoas já está revoltado. Eles acham que ele é ofensivo a suas roupas íntimas religiosas. Ele pode ser banido por causa disso. Nunca foi a nossa intenção ofender a qualquer grupo religioso ou qualquer pessoa. Apenas queremos vender mais calcinhas na Sexy Blue.”
A loja vende lingerie em Utah desde 1987, iniciando com uma loja em um dos bairros mais antigos de Salt Lake City, e eventualmente expandido para mais três outras lojas: uma no centro de Salt Lake City, uma em Ogden, e uma em West Valley. Portanto, imagina-se que eles tenham ampla experiência tanto com clientes mórmons como com uma audiência local mórmon.
Eis abaixo o outdoor em questão. O que vocês acham? Ele é realmente ofensivo para mórmons?
O outdoor causando furor entre mórmons em Ogden, Utah, mostra três calcinhas. Da esquerda para a direita, uma rotulada “elas”, outra rotulada “você”, e a última “nós”, com a chamada “mudar faz bem!”.
E o outdoor visto do chão:
O outdoor que ainda está à mostra cita o nome da loja e o seu endereço em Ogden
Estamos cientes que alguns leitores queixar-se-ão do título, afirmando (corretamente) que mórmons não se opõem a calcinhas e que o artigo não descreve uma contestação mórmon ao uso de calcinhas. A esse tipo de leitor precisaríamos explicar o que é humor, e quem sabe lhes estimular a um senso de. Estudos sugerem que senso de humor está diretamente relacionado à inteligência, então aos que se queixam do título, sugerimos a leitura desses estudos [aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui].
Vozes Mórmons 
Eu não me ofenderia (hoje), mas acharia no mínimo audacioso para uma marca tradicional num local tão ‘conservador’. Mas claro, eles também devem conhecer bem seu portfólio de clientes, ou não ousariam tanto (do contrário seriam bem amadores mesmo).
Sejamos honestos, mulheres e homens mais jovens (e homens mais velhos também…) logicamente preferem a opção da loja (eu não digo que é sempre, mas pelo menos em alguns momentos de intimidade).
Até porque, regular ‘explicitamente’ o sexo dos casais a Igreja não faz (ou descontinuou).
Eu creio que a roupa íntima (tanto do homem como da mulher) seria como as penas coloridas das aves, ou jóias de adorno de algo sagrado e digno, e não faz sentido para mim ser (e nem está escrito em algum lugar) obrigado a usar o ‘amuleto do templo’ até mesmo nesses momentos.
Ainda bem que senso de humor não me falta!