Como voltar à igreja?

Voltar a frequentar a Igreja, após um período de “férias” pode ser algo bastante difícil para muitos indivíduos, basicamente pelos motivos motivos que levam as pessoas a deixarem o convívio da Igreja. O olhar dos outros, a avalanche de responsabilidades e outras formas de pressão social pouco ajudam nesse processo de reintegração. Mas como superá-las?

Caso o indivíduo sinta vontade de voltar a frequentar a Igreja, como ele pode se prevenir dessas pressões? Ou passar por elas sem se machucar? Como fazer desse retorno uma experiência prazerosa e de fato espiritual?

145 comentários sobre “Como voltar à igreja?

  1. isso vai depender da pessoa, e a casca que ela mesma cria. Pessoas julgam. se ficamos afastados por um tempo, e decidimos voltar, tem que ter conciencia que podemos ser meio que ignorados (mais comun em alas grandes), podemos ser sufocados com amor (alas pequenas) ou ter uma recepção morna, que tb nao e tao ruim, especialmente se queremos manter um pouco de anonimidade ate decidirmos como nos sentimos.

    Sempre que vejo uma irma, ela me fala que sente minha falta. eu acredito que seja genuíno, mas isso nao me faz sentir mais vontade de ir, ja que nunca eu tive uma amizade profunda com ela.

    uma coisa que me incomoda e que parece ser difícil ter amizade “de verdade”. uma vez que vc se afasta, parece que o povo tem medo de vc. eu continuo convidando as pessoas que eu tinha maior consideração para festas de aniver e tal, mas convites para almoçar, passear juntos (principalmente quem tem filhos da mesma idade que os meus, que se dao bem) vao sumindo.

    parece que so tem obrigacao, e nao sentimentos genuinos. nao sei se consegui me expressar bem. Dai, as pessoas que vao atras, parece que vc e o projeto deles, o projeto “traga a familia X devolta para a Igreja”

    sim, nao e sempre o caso, eu sei disso, mas muitas vezes e, e sinto isso em muitos lugares, tanto nos EUA quanto no Brasil. que enquanto vc esta la, td beleza, convites para almoco, passeios, etc, mas dai vc se afasta, e parece que as amizades que vc achava que tinha somem. ja aconteceu muitas vezes comigo. ou nem precisa se afastar, e so mudar de ala, ou cidade, ou estado, que fica dificil manter contato com as pessoas. nao precisa nem ser longe, basta nao se ver mais todos os domingos. Cansie de ficar triste por amizades perdidas.

    • Infelizmente, isso parece ser bem comum: a quase dependência da relação pessoal com a frequência à Igreja. Não são todos que agem assim, obviamente, mas é um número suficiente para causar desconforto e nos fazer questionar de onde vem isso. (Como alguém que crê no Livro de Mórmon, penso que sua leitura atenta – ao invés da recitação de leituras alheias sobre ele – poderia ajudar e muito a evitar tais expressões do orgulho e sentimento de superioridade.)

      Como já expressei em outras oportunidades, chega-se ao extremo de relativizar o próprio status de membros da pessoa que não frequenta mais as reuniões ou não frequenta mais, independente de como ela se sinta em relação à igreja. Essa abordagem “ou tudo ou nada” só ajuda no afastamento.

      Como você age nesses momentos de mudança de ala, etc.? Você tenta permanecer mais anônima ou tenta interagir e ser mais amigável?

      • sempre fui extrovertida, sorridente, ja vou dando minha mão para as pessoas, meu e-mail, telefone, me apresento, eu QUERO fazer amizades. eu PRECISO fazer amizades! eu não trabalho fora. eu fico em casa com 3 crianças pequenas o dia todo, e moro em lugar meio afastado. eu preciso de contato humano, senão fico doidinha! as pessoas são sorridentes de volta, trocam suas informações, mas poucas vezes passa disso. Dai eu tento com pessoas com filhos de idades parecidas com os meus, para marcar “playdates”, para as crianças fazerem amizade, se sentirem melhor na primaria, e eu fazer amizade com a familia inteira.
        mas mesmo assim, parece que e tudo só fogo de palha, sabe? fico triste.
        meu outlet para o mundo e o facebook. eu faco minha parte, não fico num canto choramingando, mas tenho pouco retorno. Isso tanto nos EUA quanto no Brasil.

  2. Se a fé de todos os membros se baseassem única e exclusivamente em Jesus Cristo, ninguém se afastaria por causa de atitudes erradas de membros e líderes, afinal devemos ir à Igreja por causa do Salvador e perdoar o nosso próximo sempre.

    • Concordo, Marcos, com o poder do perdão e da fé. Que verdade. Mas também lembraria que o próprio termo “igreja” aponta para um sentido coletivo. Ou seja, a igreja é feita por pessoas. E conviver com pessoas não é fácil! 🙂

    • Se fosse assim, caro Marcos, frequentar uma igreja seria totalmente desnecessário. Bastaria ficar em casa e exercer o sacerdócio no lar. Entretanto, em Hebreus 10:25, somos instados a não deixar de nos congregar. Pois, assim como o apóstolo Paulo intuiu em sua carta, parte do processo de individuação e amadurecimento espiritual se dá pelo encontro com o outro – e, pelas oportunidades de serviço que isso ocasiona. Portanto, nossa experiência espiritual acaba sendo mediada por nossa experiência comunitária. Não há como dissociar uma coisa da outra!

      Não é questão de esperar que as pessoas na congregação sejam isentas de falhas, mas, penso, não é injusto esperar que sejam melhores que a média (principalmente os “líderes”). Assim, quando vemos as pessoas na ala agindo com sordidez ou falta de amor, ou somos feridos por ações e atitudes de terceiros, é claro que isso afeta nossa espiritualidade e pode, até mesmo, arranhar nossa percepção do mormonismo.

      É muito fácil imputar culpa àqueles que se afastam, dizendo que não foram valentes ou não tinham um sólido testemunho – questionando, por vezes, sua integridade e dedicação.

Deixar mensagem para Leonel Lopes Alves Cancelar resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.