Como voltar à igreja?

Voltar a frequentar a Igreja, após um período de “férias” pode ser algo bastante difícil para muitos indivíduos, basicamente pelos motivos motivos que levam as pessoas a deixarem o convívio da Igreja. O olhar dos outros, a avalanche de responsabilidades e outras formas de pressão social pouco ajudam nesse processo de reintegração. Mas como superá-las?

Caso o indivíduo sinta vontade de voltar a frequentar a Igreja, como ele pode se prevenir dessas pressões? Ou passar por elas sem se machucar? Como fazer desse retorno uma experiência prazerosa e de fato espiritual?

145 comentários sobre “Como voltar à igreja?

  1. Ao longo deste ano eu havia assistido três reuniões dominicais da Igreja, longe de casa. Hoje, pela primeira vez em mais de 12 meses, assisti as reuniões na minha própria ala. Em parte, previsível, mas ainda assim, melhor do que havia antecipado.

    Sim, fui questionado sobre quando poderia participar da limpeza da capela! 🙂

    A Escola Dominical foi interessante. Assistindo a confusão sobre os conceitos de Casa de Israel, gentios, lamanitas, judeus, coligação, e um certa dose de antissemitismo, resolvi “brincar” que estava assistindo uma igreja que eu não conhecia e deveria apenas observar para ver em que acreditavam. Não foi a experiência espiritual que buscava, mas essa atitude de observação me ajudou a não ficar triste ou irritado, o que foi uma grande coisa para uma manhã de domingo.

    Como houve a troca de bispo, a reunião de jejum e testemunho girou basicamente em torno disso, com várias declarações de confiança absoluta nos novos membros do bispado.

    Eu tentei ser o mais invisível possível, não dei muita conversa para quem me questionou sobre não estar indo à ala, etc, e tive boas conversas com pessoas mais chegadas, inclusive tirando sarro de um amigo que disse que era um “dia histórico” (pela troca de bispado) – e ele achou engraçado também. Alguém se mostrou surpreso que eu havia visto um pouco da Conferência Geral.

    O momento mais legal foi o batismo de um menino de 8 anos por seu bisavô. Me fez pensar sobre o amor ligando gerações. Me fez pensar sobre as minhas próprias lembranças do meu avô paterno e como ele ainda se faz presente na minha vida, mesmo morto. Quem conduzia a reunião convidou a presidente da Primária para falar. Nenhum membro da família falou. Achei aquilo tão inapropriado.

    Resumindo, eu sobrevivi. E vi que é possível, dependendo da minha disposição emocional, ter uma experiência relativamente agradável na Igreja.

    • Rapaz, o bicho tá pegando com este programa de limpeza da capela! 🙂

      E Antônio, você descreveu o processo de fazer o que mais me ajudou com as aulas dominicais por anos–ponho meu chapeu de antropólogo e faço observações culturais dos comentários. É fascinante mesmo!

    • Não quero me intrometer na sua vida, mas porque tanto tempo sem Ir às reuniões? Você acha errado os membros participarem da limpeza da capela? Porque as aulas da Escola Dominical te deixavam triste ou irritado? Diante do conhecimento que você tem, porque não ajuda essas pessoas a entenderem melhor sobre o que estão falando, especialmente com relação à confusão de conceitos relacionados por você? Porque tentou se fazer “invisível”? Porque achou inapropriado alguém da família não falar na reunião de batismo?
      O irmão disse também: “Resumindo, eu sobrevivi. E vi que é possível, dependendo da minha disposição emocional, ter uma experiência relativamente agradável na Igreja.”. É tão sacrificante para o irmão ir às reuniões da Igreja? Não tem tido boas experiências espirituais nas reuniões? A culpa seria só da Igreja e dos membros? Fique à vontade, se não quiser responder, tudo bem.

      • “por que tanto tempo sem Ir?”
        Por falta de vontade de ir.

        “acha errado os membros participarem da limpeza?”
        Não.

        “Porque as aulas da Escola Dominical te deixavam triste ou irritado?”
        Não é sempre que isso acontece/aconteceu. Mas a superficialidade com que se fala do evangelho nas aulas e o fato das escrituras não serem valorizadas (a afirmação ouvida de algum líder local tem tanta ou mais importância do que) me fazem sentir mal.

        “porque não ajuda essas pessoas a entenderem melhor sobre o que estão falando?”
        Porque não é meu papel/chamado ensinar a Escola Dominical. E não quero de modo algum ofender o professor. As pessoas se ofendem facilmente e eu não gosto de conflito. Por último, a maioria das pessoas pode estar simplesmente satisfeita com a compreensão que têm e podem não apreciar outra visão.

        “Porque tentou se fazer “invisível”?”
        Porque queria evitar conversas desagradáveis, piadas, etc. E consegui.

        “Porque achou inapropriado alguém da família não falar na reunião de batismo?”
        Porque a “família é o centro do evangelho”. E sendo o batismo de uma criança de 8 anos, oficiado pelo seu idoso bisavô, acho que seria muito mais significativo e memorável para todos.

        “É tão sacrificante para o irmão ir às reuniões da Igreja?”
        É algo que exige certo esforço.

        “Não tem tido boas experiências espirituais nas reuniões? A culpa seria só da Igreja e dos membros? ”
        Não coloco em ninguém a “culpa”. Mas penso em termos de responsabilidade, uma responsabilidade coletiva. Não me isento dela tampouco.

        Abraços!

      • Ficar muito tempo afastado das reuniões não pode prejudicar o irmão quanto à obtenção ou renovação da recomendação para entrar no templo? Voltar para a Igreja dever ser difícil, mas o sacrifício para entrar no templo não vale a pena?

      • Marcos, apenas para esclarecer meu comentário original sobre a limpeza da capela: eu posso “matar no peito” uma coisa assim. O que me preocupa é a falta de tato e consideração em relação a outras pessoas que podem se sentir constrangidas e, por conseguinte, ter mais um motivo para não ir às reuniões.

      • eu particularmente acho um saco o programa de limpeza pelos membros. a limpeza nao e feita direito, e TEM dinheiro para contratar algum membro que talvez esteja passando necessidade para poder ser um empregado, e talvez ter um dinheiro com que pode contar todo mes.
        Membros da Igreja da investem MUITO de seu tempo pessoal na igreja em chamados. ter MAIS uma coisa, eu, particularmente, nao acho nada legal. quando meu marido era conselheiro do Bispo, mal via ele. eu estava gravida, passando muito mal, e cuidavamos de uma mulher autista muito high-needs. nao foi uma epoca legal de nossas vidas.

  2. Sobre voltar à Igreja, creio que para um retorno sólido, é preciso retornar ao evangelho, se é que algum dia isso existiu. Retornar à Igreja, creio ser um pouco superficial, pois, infelizmente vejo muitos e muitos apenas como frequentadores da igreja e não como crentes no evangelho de Jesus Cristo. Então, acredito que deve haver uma ajuda para esses irmãos entenderem e exercerem fé no evangelho de Jesus Cristo, e assim, o retorno à Igreja será consequência,

    A respeito dos amigos que somem, sinceramente, acho tudo muito natural, pois, se somos amigos na igreja, saindo da igreja, o afastamento é meio que óbvio, agora, se existe uma amizade fora do convívio da igreja, creio que tal amizade continua, por exemplo, tenho 4 amigos e três deles estão afastados(mas continuam dizendo que acreditam, “fubecando”), e nós continuamos andando juntos, pois, não é só amizade na igreja, agora, já aconteceu de ter amigos na igreja, e esses se afastando, perdi o contato, não que a amizade era falsa, mas os lugares em comum mudaram, ou seja, a igreja e as atividades dela.

    • Eu havia lido uma introdução similar em um de seus comentários lá em cima e cheguei a perguntar se era sarcasmo a forma com que o irmão introduziu a conversa. Agora vejo um novo comentário, com a mesma introdução e percebo que é do linguajá do próprio irmão falar assim. Parece que o irmão está sendo sarcástico nas suas introduções.

      Veja este:

      “Sobre voltar à Igreja, creio que para um retorno sólido, é preciso retornar ao evangelho, se é que algum dia isso existiu.

      Até parece que os mormones frequentam a igreja sem fé (primeiro comentário) e sem conhecimento algum do Evangelho*, conforme comentário acima.

      __________
      * A palavra “Evangelho” é uma transliteração do grego e, em português, deve ser traduzida como “Boas Novas” de “Boas novas do reno” – Significam: ‘Notícias boas e notícias novas.’

      Apóstolo TDS

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