Na teologia desenvolvida por Joseph no período final de sua vida, o Espírito Santo é um deus integrante da Trindade que, diferentemente do Pai e o Filho, não possui um corpo físico. Explicando sobre essa diferença, Joseph Smith declarou:
O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem; o Filho também; mas o Espírito Santo não tem um corpo de carne e ossos, mas é um personagem de Espírito. Se assim não fora, o Espírito Santo não poderia habitar em nós. (Doutrina e Convênios 130:22)
A ideia de que tal membro da trindade estaria passando por uma vida mortal nesta terra durante a época de Joseph Smith foi sugerida por ele em um discurso em Nauvoo, segundo o relato do apóstolo Franklin D. Richards:
Joseph também disse que o Espírito Santo está agora em um estado de provação, o qual, se ele realizar em retidão, ele pode passar pelo mesmo curso ou um curso similar de coisas que o Filho passou. (Words of Joseph Smith, p. 245)
Essa declaração do Profeta relatada por Richards deu origem à crença, por parte de alguns membros, de que Joseph Smith seria o próprio Espírito Santo – ou o teria sido antes de seu nascimento mortal, ou teria ocupado o ofício de Espírito Santo em algum momento. Essas crenças existiram – aparentemente em pequena escala – entre mórmons do século 19 e sobreviveram às margens do mormonismo oficial no século 21, podendo ser encontrada entre alguns grupos mórmons fundamentalistas e uma minoria de membros SUD na América do Norte.
Durante o discurso King Follet, Joseph Smith tinha diante de si uma Igreja dividida por boatos e acusações. Ao invés de um discurso conciliador para com seus adversários internos e o conjunto da Igreja, enfatizou a sua autoridade divina. Sua condição profética o coloca em total harmonia com o Espírito Santo ao ponto de sugerir que o conhecimento possuído pelo Espírito é o conhecimento possuído por ele, Joseph Smith:
(…) Tenho o livro mais antigo de todos no coração, sim, o dom do Espírito Santo. Mas eu tenho conhecimento, e sei mais do que todo o mundo posto junto. Espírito Santo sabe, de qualquer forma, e ele está dentro de mim e compreende as coisas mais do que todo o mundo; e eu me associarei a ele. (History of the Church 6, p.307-308, Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 341)
No livro Women of Mormondom (1877), Edward Tullidge parece refletir a crença de alguns de seus contemporâneos na Igreja sobre Joseph Smith, chamando-o de o “espírito mestre”. Ao tratar das manifestações espirituais na igreja de Kirtland, Tullidge diz sobre a chegada de Joseph Smith:
O espírito mestre estava em Kirtland agora. Todos os espíritos estavam sujeitos a ele. Esse era um princípio governante do seu apostolado. Ele possuía as chaves da dispensação. Ele comandava e os próprios invisíveis obedeciam. Eles também reconheciam o espírito mestre. Ele era apenas sujeito ao Deus de Israel. (p. 62).
Você já conheceu alguém que acreditasse que Joseph Smith é/era o Espírito santo? Você acha essa crença compatível com a doutrina mórmon na qual você acredita?
Nunca ouvi isso em toda minha história como membro da igreja!!!
Essa idéia também não chegou por aqui onde moro, pelo menos nunca ouvi alguém comenta-lá. Mais sei por um estudo pessoal que no inicio da igreja a a crença sobre o E.S. era a de que ele na verdade não seria um personagem mas sim a Mente de Deus de onde emanava seu poder. Inclusive essa crença constava oficialmente como doutrina da igreja nas Palestras de Fé que fazia parte de D&C em 1835. Anos mais tarde Joseph muda de teologia e transforma o E.S. em uma entidade real separada de Deus e de Jesus que encarna ( habita fica mais suave) em outros individuos para cumprir com seu papel, depois de sua morte, as palestras por motivos óbvios são tiradas das futuras edições de D&C. Inclusive essa teologia no inicio da igreja sobre o E.S. era compartilhada por muitas religiões cristãs da época e também hoje e diferentemente da idéia proposta pelo post que não tem embasamento nas escrituras a não ser e somente nas palavras de Joseph essa idéia inicial compartilhada pela igreja e o mundo cristão que menciono pode ser mais plausível.