A Igreja Mórmon anunciou esta semana duas mudanças de políticas oficiais que foram criticadas por vários veículos como discriminatórios contra famílias (e crianças em famílias) LGBT.

Apóstolo Todd Christofferson explica novas medidas discriminatórias contra famílias LGBT
Ontem, a Igreja publicou, em resposta às críticas, vídeo com uma entrevista com o Apóstolo D. Todd Christofferson, que reafirmou a posição oficial da Igreja SUD com relação a famílias LGBT e as crianças nesses lares. Christofferson confirma (para a surpresa das dezenas de membros brasileiros que insistiram que a notícia era “mentira”) que essas mudanças foram aprovadas pela Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos, e que o anúncio oficial foi enviado a todos os líderes locais (masculinos) mundo afora.
Assista o vídeo, ou leia o resumo, aqui:
- A liderança da Igreja decidiu incluir tais restrições formais para remover quaisquer dúvidas de que a Igreja não considere homossexualidade como um “pecado significantemente sério e particularmente repugnante que exige disciplina eclesiástica”.
- A liderança da Igreja reconhece que o casamento homossexual é legal nos EUA, mas não é aceito pela Igreja SUD.
- A mudança foi motivada por perguntas de vários membros e líderes, nos EUA e mundo afora, após a legalização do casamento homossexual nos EUA. A liderança da Igreja sentiu a necessidade para deixar claro a distinção entre o que é legal e o que é aceitável pela Igreja.
“[Jesus Cristo] sempre foi firme no que é certo e errado, Ele nunca desculpou, ou deu de ombro, para o que é pecado, nunca redefiniu, nunca mudou de opinião.” — D. Todd Christofferson
- A liderança da Igreja optou por excluir crianças em famílias LGBT para evitar os conflitos pessoais entre suas vidas familiares e os ensinamentos que aprendem na Igreja. Eles acreditam que ao não serem batizadas e não serem aceitas como membros da Igreja, não serão expostas a tais conflitos. [Nota: Christofferson não diz, e o entrevistador não pergunta, se tais crianças serão incentivadas a não frequentar a Igreja]
- Há um paralelo entre casamentos homossexuais e casamentos plurais. A Igreja tampouco aceita para batismo crianças que vivem em lares polígamos e a situação com lares LGBT é similar e análoga.
- Jovens vindos de lares LGBT que desejem se batizar e/ou servir missão, devem renunciar a “prática” mas não precisam “renunciar a seus pais”.[Nota: Christofferson não diz, e o entrevistador não pergunta, por que há a exigência de que não habitem no mesmo lar]
- A Igreja manterá seu compromisso para apoiar e proteger leis e regras contra discriminação trabalhista e habitacional, mas exige respeito pelos seus direitos de discriminar de acordo com seus “padrões” e “doutrinas”.
“A Igreja não tenta fazer lavagem cerebral e as pessoas podem ter opiniões divergentes. Só há problemas se há advocacia, e pessoas fazendo pressão ou advogando contra os padrões e a posição clara e expressa da Igreja, como foi declarada repetidas vezes e novamente agora.” — D. Todd Christofferson
- Crianças em famílias LGBT podem receber “bênçãos de saúde” ou “bênçãos de conforto”.
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Priscila,
Não me referia a nenhuma pratica discriminatória (mas sim a do homossexualismo), mas apenas a essência do evangelho. Todos mencionaram que existe a possibilidade de colocar pessoas santas, como as crianças, em situação extremamente delicada e sem nenhum controle nosso (meu ou seu ou da Igreja), quando estas, sem capacidade de decisão, se veem entre dois mundos tão diferentes.
Não me importa se vc, ou qq um aqui, é mormom ou não. O que eu de fato não entendo é como as opiniões de todos são sempre enviesadas, mesmo dos moderadores deste blog ou dos mormons que aqui vem. Só leio comentários que ou apenas atacam ou que apenas defendem.
Seria muito mais útil se eu fosse compelido a refletir sobre os risco e benefícios das medidas que estão sendo tomadas para tentar tratar os impactos eternos de uma prática (e esta sim foi a qual me referi antes – a do homossexualismo), que com certeza absoluta não permeia nem tampouco se encaixa na ordem Celestial.
Por isso sugiro que vc, antes de tão somente condenar, reflita, como se vc fosse uma Mãe Celestial, como resolver, uma situação cada vez mais degradante de destruição da família eterna, imposta pela sociedade humana, sem prejudicar as santas crianças de Deus? Apenas deixar como está? Não fazer nada? Correr o risco de escandalizar um destes pequeninos? Sera que Deus não sabe que o mundo nunca esteve tao despreparado para lidar com esta situação?
Pergunto novamente: Qual a solução proposta por vcs então? Sermos testemunhas complacentes com a possível destruição da alma destes?
Mgrifo,
Você perguntou o que a Mãe Celestial faria, segue resposta:
Ela tomaria sobre si as dores dos inocentes os amaria incondicionalmente.
Enxugaria o choro da criança
Ajudaria o adolescente confuso e amaria o pai desolado.
Ela entenderia a condição e a dor humana.Ela jamais o discriminaria.
Ela traz paz ao solitário e aflito coração e traria alegria na mais cruel segregação.
Uma mae protege o filho e não entrega a lobos forazes que julgam a quem querem e fecham os olhos quando precisam se esconder.
Eu faria o mesmo escolho o amor e a salvação e não a discriminação.
Cristo deu de graça a expiação e não cobrou a exaltação, incluiu todos os filhos de Deus levando ao mundo paz e luz.
Quem é o homem que se acha no direito de julgar e segregar, esse é o lobo não o cordeiro.
O Cordeiro Salva, o Lobo que apenas a sua salvação.
Lobo se disfarça de felicidade o cordeiro veste a camisa da bondade.
Enquanto o Lobo diz amar, o cordeiro ensina o amor através do exemplo e Caridade. Te pergunto agora quem merece salvação o Lobo ou cordeiro?
O pior cego é aquele que não quer enxergar.
Isso só prova o caráter segregador que a Igreja SUD sempre teve desde sua fundação.
Nenhum argumento pode justificar a política que a Igreja mantém.