Hoje é dia de eclipse total da Lua com “superlua”.
Em celebração a esse singular evento astronômico, vamos discutir como assisti-lo e a importância história do nosso único satélite natural para os profetas mórmons.

Superlua fotografada nos céus da Bretanha. (Fotografia por Owen Humphreys/PA)
O fenômeno astronômico de hoje deve ser interessante pelo espetáculo visual e pela oportunidade de aprendizado científico. Eclipses lunares ocorrem quando a Terra, em sua órbita ao redor do Sol, posiciona-se temporariamente entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra em seu satélite natural, a Lua, bloqueando os raios solars sobre ela. E, por causa de fenômenos atmosféricos terrestres, para observadores na Terra a Lua parece mudar de cor para tons bíblicos:
“Em todo eclipse lunar total se observa a chamada “lua de sangue” – termo usado popularmente, mas não adotado tecnicamente pelos astrônomos, e que se refere ao tom avermelhado que a Lua assume quando entra na fase máxima de sombreamento. Essa mudança de cor é provocada pelos mesmos fatores que fazem o céu ser azul.“
O eclipse de hoje começa, em sua fase de penumbra, aos 00h36, no horário de Brasília, e será visível em todo território brasileiro. A fase da umbra, em que a sombra do Sol começa a ser observada na superfície da Lua, começa à 01h33, chegando em sua fase total máxima às 03h12. A fase total deve terminar às 03h43, a fase parcial às 04h50, e fase de penumbra às 5h47.
O evento poderá ser acompanhado a olho nu, desde que se tenha um céu livre de nuvens e uma boa visão do céu na direção norte e noroeste. A fase de penumbra inícia-se aproximadamente ao norte (um pouco ao leste de norte) e a 43 graus de altitude (imagine o horizonte em zero grau e o zênite, diretamente acima da sua cabeça, aos 90 graus), a fase de umbra inicia-se ao norte e a 45 graus de altitude, e o eclipse total inicia-se a noroeste e 36 graus de altitude.
Quem não puder ou não conseguir assisti-lo a olho nu, pode acompanha-lo ao vivo aqui:
Espetáculos astronômicos não obstantes, mórmons muitas vezes se interessam mais pela Lua por causa de profecias. Vejamos algumas delas:
O Profeta Brigham Young fez os seguintes comentários sobre habitantes na Lua e no Sol, no histórico Tabernáculo Mórmon, em julho de 1870, e posteriormente ordenou que fossem publicados pela Igreja para leitura universal¹:
“Vou dizer-lhe quem os fanáticos reais são: Eles são os que adotam princípios e idéias falsas como fatos, e tentam estabelecer uma superestrutura sobre uma base falsa. Eles são os fanáticos; e não obstante quão zelosos e fervorosos que possam ser, eles podem raciocinar ou argumentar em falsas premissas até do fim do mundo, e o resultado ainda será falso. Se nossa religião é deste caráter queremos saber disso; nós gostaríamos de encontrar um filósofo que possa provar isso para nós. Somos chamados de ignorantes; mas e daí? Não são todos ignorantes? Prefiro pensar assim. Quem pode nos dizer dos habitantes deste pequeno planeta que brilha de noite, chamada a lua? Quando vemos sua face, podemos ver o que é chamado de “o homem na lua”, e que alguns filósofos declaram que sejam as sombras das montanhas. Mas estas palavras são muito vagas, e equivale a nada; e quando você pergunta sobre os habitantes daquela esfera, você descobre que os mais instruídos são tão ignorantes em relação a eles como o mais ignorante de seus companheiros. Assim é com relação aos habitantes do sol. Você acha que ele é habitado? Eu acredito que seja. Você acha que há alguma vida lá? Sem sombra de dúvidas; ele não foi feito em vão. Ele foi feito para dar luz aos que habitam sobre ele, e para outros planetas; e assim vai ser com esta terra quando for celestializada. Cada planeta no seu primeiro estado rude e orgânico não recebe a glória de Deus sobre ele, mas é opaco; mas quando celestializado, cada planeta que Deus traz à existência é um corpo de luz, mas não até então. Cristo é a luz deste planeta. Deus dá luz aos nossos olhos. Você já pensou quem lhe deu o poder da visão? Quem organizou esses pequenos glóbulos em nossas cabeças, e formou os nervos que correm para o cérebro, e nos deu o poder de distinguir um círculo de um quadrado, uma posição vertical de um nível, grande de pequeno, branco, de preto, marrom de cinza, e assim em diante? Você adquiriu esta faculdade por seu próprio poder? Algum de vocês conferiu esse poder a mim ou eu a você? De modo algum. Então de onde é que conseguimos? A partir de um Ser superior. Quando eu penso sobre algumas das coisinhas no que diz respeito à organização da terra e os povos da terra, quão curioso e quão singular que é! E no entanto, quão harmoniosas e belas são as leis da natureza! E a obra de Deus segue adiante, e quem pode impedi-lo, ou quem possa deter a Sua mão, agora que Ele já começou o seu reino?” — Brigham Young (Journal of Discourses 13:270 ênfases nossas)
O Profeta Joseph Fielding Smith anunciou à conferência de estaca em Honolulu em 14 de maio de 1961 a importância celestial da Lua em relação à Terra²:
“Nós nunca teremos um homem no espaço. Esta Terra é a esfera do homem e nunca se pretendeu que ele poderia se afastar dela. A Lua é um planeta superior à Terra, e nunca se pretendeu que o homem pudesse ir para lá. Você pode escrever em seus livros que isso nunca vai acontecer!” Smith, então, instruiu George S Tanner em privado que esta visão deveria ser ensinada aos “meninos e meninas no Sistema do Seminário.”
O mesmo Profeta Joseph Fielding Smith elaborou mais sobre o tema em uma carta privada na mesma época, encontrada nos arquivos da Igreja SUD³:
A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
ESCRITÓRIO DO HISTORIADOR DA IGREJA
47 E. SOUTH TEMPLE STREET
SALT LAKE CITY 11, UTAH
01 de maio de 1962Élder Robert Lee Echols Jr.
316 Edifício Idaho
Boise, IdahoQuerido irmão:
Quando retornei da conferência na Estaca de Nova Iorque, eu encontrei sua carta e cerca de vinte e cinco outras, me aguardando por respostas. Fui forçado a recusar a responder cartas pedindo respostas a perguntas a menos que haja um envelope selado para sua resposta. Eu estou abrindo uma exceção no seu caso, devido à importância da resposta para você e para os meninos e meninas do Sistema do Seminário.
O relatório da entrevista está, no geral, correto. É o meu juízo, que homens da terra que são mortais não têm motivo para ir à lua ou têm qualquer coisa a ver com a lua. Nós somos invasores quando nos esforçamos a fazê-lo e estou certo de que isso está desagradando ao Senhor. Agora, antes de mais nada: Adão e Eva foram enviados aqui para povoar esta terra, que é uma esfera probatória aonde somos enviados para passar por experiências mortais por uma curta temporada para ganhar conhecimento que é essencial para o nosso bem-estar eterno, e para sermos provados para ver se seremos fiéis à verdade enquanto caminhamos na mortalidade, provando-nos assim dignos de uma condição maior e melhor. Os homens vão provar-se aqui ser dignos de ir ao reino celestial ou algum outro tipo através de guardar, ou recusando-se a guardar, os mandamentos do Senhor. Este é um campo de testes – um estado probatório. Por ora isso basta.
A lua é de uma ordem mais elevada do que a terra de acordo com o cômputo do Senhor. Nosso dia é de apenas 24 horas, o que significa referindo-se ao tempo que lhe é dado para a nossa medição do dia a dia. O tempo na Lua é de aproximadamente vinte e oito dos nossos dias. Portanto, a Lua é de uma ordem maior. Mais uma vez, podemos dizer que somos prisioneiros aqui submetidos a um julgamento, uma provação, para ver se sob condições mortais, vamos guardar os mandamentos do Senhor.
Realmente, estou surpreso que tanta atenção tenha sido dada a uma simples declaração feita por mim em resposta à pergunta de um repórter. Há milhares de pessoas que não são membros da igreja que têm a opinião de que este esforço é todo errado.
Baseio-me simplesmente nos fundamentos que o Senhor nos deu. Fomos colocados aqui como presos, por assim dizer, pelo menos limitados à mortalidade por uma temporada, para sermos julgados e provados dignos de uma exaltação ou alguma outra condição na vida futura.Sabemos muito pouco sobre a lua pois aqui estamos confinados e o Senhor não tem achado necessário nos esclarecer sobre se a lua tem habitantes ou não. Ela pode ser – e isso é apenas uma conjectura – um lugar para seres transladados. Não, eu não declaro isso como uma doutrina! Eu não sei que propósito o Senhor tem para ela, mas nisso eu não acredito, que o homem mortal da terra tenha o direito de buscar chegar à lua, e ao fazer isso ele está se colocando além da sua jurisdição.
Esta terra é o nosso lar, e não a lua! Por favor, leia o que está escrito na Pérola de Grande Valor em relação à terra e a lua.
Muito Sinceramente seu irmão,
[Assinado] Joseph Fielding Smith
[Verso da carta (N do T.: Trocadilho de canção infantil, rimando no original):]“Brilha, Brilha, Estrelinha
Eu não quero saber o que você é;
Suponho seu lugar no espaço
Quando você deixou a sua base de míssil.”“Qualquer pergunta que eu faça
Gira em torno do seu preço,
E eu tremo quando penso
O que você está nos custando a cada brilhada.”
Em 2015, às vésperas de outro evento similar ao de hoje, uma profecia viralizou nas redes sociais entre os membros da Igreja SUD em tôrno da eclipse lunar que ocorreu em conjunto com a “superlua”.
A “superlua” é um têrmo popular para a coincidência entre a Lua Cheia (quando a Lua, em sua órbita ao redor da Terra, se posiciona diretamente oposta ao Sol do ponto-de-vista da Terra) e o perigeo (quando a Lua se encontra mais próxima à Terra em sua órbita elíptica – isto é, não um círculo perfeito, ao redor dela), fazendo a Lua Cheia parecer até 14% maior e 30% mais brilhante para observadores na superfície terrestre do que uma Lua Cheia comum. Ela ocorre aproximadamente 1 a 3 vezes ao ano. Neste ano, por exemplo, teremos a coincidência da “superlua” ocorrer no mesmo horário que o eclipse lunar, às 3h15. Ademais, este ano teremos uma seguida da outra (a de hoje, outra em 19 de fevereiro, e outra em 20 de março).
O enorme interesse mórmon ocorreu, porém, não pelo espetáculo visual ou do conhecimento científico que o permite prever com precisão e compreender suas origens, mas de profecias e avisos espirituais que se tornarem muito populares na comunidade mórmon de uma autora e membro da Igreja SUD.
Tamanho foi o interesse que a própria Igreja SUD sentiu a necessidade de emitir nota oficial discorrendo sobre tais profecias.
Julie Rowe escreve sobre sua “experiência de quase-morte” desde 2004, quando ela relata haver cruzado para o “mundo espiritual” e recebido visões apocalípticas do futuro, em conjunção com um mandato divino de alertar e avisar seus correligionários SUD e demais infiéis. Rowe tornou-se, nessa última década, uma autora e oradora de sucesso, gozando de tremendo sucesso nos EUA, especialmente nas comunidades mórmons.
Com a viralização nas mídias sociais sobre o evento astronômico, Rowe publicara comentários crípticos em seu site, como “A hora chegou”, levando muitas pessoas, especialmente membros da Igreja, à uma frenesi de preparações e armazenamentos para o proverbial bíblico fim do mundo.
Tamanha sensação que a Igreja SUD publicou um memorando oficial para todos os responsáveis por seu Sistema Educacional da Igreja alertando para o perigo de crer em profecias apocalíticos alarmantes.
Patrick Mason, Chefe da cadeira Howard W. Hunter na Universidade da Califórnia – Claremont, qualificou essa notícia:
“A situação tornou-se importante e relevante o suficiente para que filtrasse até o topo e convencesse os líderes máximos da Igreja de que era algo que deveriam controlar.”
Líderes da Igreja SUD reconheceram que a autora é membro ativa da Igreja, mas que ela não fala em nome da Igreja e não pode ser levada a sério como sua representante. Orientou ainda seus membros que devessem estar “preparados espiritual e físicamente para os altos e baixos da vida”, evitando especulações e “esforços extremos na antecipação de eventos catastróficos”.
É interessante notar que o mormonismo foi fundado com uma veia intensamente apocalíptica. Joseph Smith anotava fenômenos astronômicos (e acidentes e catástrofes) como sinais do fim do mundo, inclusive ensinando aos membros que deveriam fitar os céus por eventos astronômicos como sinais do fim que se aproximava, já que literalmente viviam nos “últimos dias”. O historiador mórmon, e Patriarca da Igreja SUD, Richard Bushman, descreve o fervor apocalíptico de Joseph Smith assim:
“Nos primórdios, os Santos pensavam que uma meia-dúzia de anos trariam o fim. Acordado certa manhã às 4 horas para assistir os sinais nos céus, Joseph relatou: “Eu me levantei e contemplei com imenso regozijo as estrelas caindo do céu… um sinal seguro de que a vinda de Cristo está muito próxima.”¹¹
O historiador do mormonismo do século 19, Klaus Hansen, resumiu a prática assim:
“Contudo, os Santos não haviam sido deixados num mar de inteira incerteza. Os sinais dos tempos, como faróis, os guiariam através da escuridão e das águas turbulentas até que a luz de Cristo reaparecera. Aos gentios, tais faróis seriam luzes de aviso, se não o fogo do julgamento. Pois entre os sinais incluir-se-iam calamidades da natureza, acidentes ferroviários, fogos, explosões de barcos à vapor, guerras, revoluções, e sinais nos céus. Como não havia nunca grande dificuldade em achar tais catástrofes em abundância, o [jornal da Igreja SUD] Estrela Milenar fielmente os documentava em cada edição sob uma seção especial entitulada “Sinais dos Tempos”. [Joseph] Smith fazia o mesmo em seu diário pessoal. Toda calamidade no mundo era vista como um sinal do, e uma contribuição para, o fim do mundo. “Todas são”, observou T. B. H. Stenhouse, “para o Santo, confirmações alegres de sua fé, e sugestões do triunfante reconhecimento do… ‘Reino’.”¹²
Durante o século 20, a Igreja SUD ensinava o “armazenamento doméstico” justamente como medida profética de “esforços extremos na antecipação de eventos catastróficos”. No passado, comerciantes em Utah notaram um aumento súbito na venda de produtos enlatados e perecíveis desidratados, justamente dos tipos destinados a armazenamento apocalípticos. Após o evento astronômico haver passado sem eventos cataclísmicos, Rowe defedendeu-se publicamente:
“Eu concordo que o Currículo para as classes da Igreja SUD só devem vir de fontes reconhecidas pela Igreja SUD como sendo autoritário. Minha história não se destina a ser autoritária nem a criar qualquer doutrina da Igreja. É simplesmente parte da minha jornada pessoal que eu tenho escolhido compartilhar na esperança de que ele possa ajudar as pessoas a se prepararem para os tempos em que vivemos, aumentando a sua fé em Cristo e olhando para o nosso Profeta e os líderes da Igreja por orientação (…) Eu gostaria de poder pessoalmente dar a cada pessoa no planeta o eu livro, ele é tão importante. “
E ela segue desafiando a liderança da Igreja SUD publicando mensagens signalizando a proximidade do fim do mundo. Sua última mensagem postada um ano depois, em 18 de outubro de 2016, mantém o mesmo tom e fervor apocalíptico, sendo abertamente crítica aos pronunciamentos proféticos da liderança da Igreja SUD:
“As tribos de Israel estão voltando e as tribos perdidas trarão consigo registros adicionais. Nestes registros veremos que fomos enganados, fomos logrados e temos uma falsa sensação de segurança ao acreditar que as tradições dos homens nos salvarão. E as filosofias dos homens, agora misturadas com as escrituras, criarão uma divisão. Uma peneira. Uma separação. E ainda uma outra chance para cada um de nós escolher novamente a entrar pelo portão. Os portões estão abertos. Os portões estão se fechando. Yom Kippur veio e foi embora. O julgamento está chegando. Estamos prontos? Pois a Montanha do Senhor é o templo e sobre os seus telhados Ele vai limpar a sua Igreja antes de mais nada. Preparem-se para o tremor. Está vindo. E Deus não será escarnecido.”
Estaria a Igreja SUD sinalizando uma evolução para o abandono de suas origens e seus elementos apocalípticos? Por que a mensagem de Rowe encontra tamanha popularidade entre mórmons, mesmo havendo um repúdio oficial pela liderança eclesiástica da Igreja? Teriam os fracassos das profecias passadas de Profetas ordenados reduzido o ímpeto da liderança da Igreja SUD por profecias?
NOTAS
[1] Journal of Discourses 13:270, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1871.
[2] Diário de George S. Tanner JWML (J.Willard Marriott Library, University of Utah), E848, anotação para 14 de Maio de 1961, com comentários de alguns dias mais tarde, citado em ‘Estadista Ancião: Uma biografia de J. Reuben Clark‘ por D Michael Quinn.
[3] Carta de Joseph Fielding Smith, MSS SC 2031, Coleções Especiais L. Tom Perry; Manuscritos Mórmons e Ocidentais do Século 20; Biblioteca Harold B. Lee 1130; Universidade de Brigham Young; Provo, Utah 84606. Carta reproduzida com expressa autorização escrita do curador da BYU John Murphy.
[11] Bushman, Richard L, Joseph Smith: Rough Stone Rolling, Knopf, 2005, p 166.
[12] Hansen, Klaus J, Quest for Empire: The Political Kingdom of God & the Council of Fifty in Mormon History, Michigan State University Press, 1967, p 17.
Adendo (dia seguinte): Quem perdeu o evento e tem o interesse de assistir um vídeo dele, com explicações científicas, pode fazê-lo aqui:
O apocalipse me fascinava antigamente, contudo, nesse ponto amadureci minha fé para o “HOJE” , principalmente depois que Elder Bednar abriu minha visão com suas palavras ” O dia do Julgamento Final é hoje!” Então orei ao Senhor e ponderei sobre isso. Realmente notei que a postergação do Cristianismo para um último dia somente enfraquece a fé e impede algumas ponderações essenciais para nos relacionarmos com Deus no “AGORA” .Assim como postergamos o día do Juízo , postergamos nossa oportunidade de conhecer a Deus HOJE e não para algum ” último dia”. A Doutrina do Últimos Dias fascina, pq de algum modo queremos postergar o “hoje”. O Aspecto de receber a recompensa é utilizada na doutrina Cristã como um apelo de esperança e satisfação. Pense se seria o orgulho de pertencer a um grupo ” seleto” ? A mediocridade humana somente se manifesta na idéia de que meu grupo é melhor que outro grupo ou seja vou receber mais que o outro e isso me consola , tenho vantagens ! . Quando excluímos de nossa alma a comparação de glórias de fulano ou ciclano vai para inferno , fulano vai para outro lugar pior. Enfim deixar de lado classificações, etiquetas e rótulos adotados num julgamento final. Excluindo isso de nosso coração e pensamento, então entraremos num ambiente de Caridade onde que realmente importa é servir e amar a humanidade. Não podemos creer em doutrina de separação forçada. Penso que muitas coisas ditas por líderes da igreja antigamente, mostra uma falta de entendimento do que se trata o julgamento final. As inteligências se expandem é isso se trata o recebimento de mais luz e conhecimento, poder e glória para suportar tudo o que o Criador tem para nos dar. Ultimamente estou ponderando sobre universos paralelos alguém poderia puxar esse tema aqui no Blog.
Otávio, as pessoas simplesmente não vivem o hoje preocupadas demais com o amanhã, algo que não nos pertence. “Carpe diem”, ou seja, viva o hoje, apriveite o dia em seu “locus amenus”(no lugar agradável), seja ele onde for. Devemos ser melhores hoje, não adiar pra amanhã. Confesso a vc que aprendi muita coisa boa fora da igreja e vejo muita obra boa fora dela. Vou na igreja esporadicamente e não tenho vergonha disso e não me sinto inferior a ninguém lá. E muito dos erros doutrinários do passado eram meras opiniões, cada um tem a sua, umas com base e outras sem fundamento. Sobre habitar na lua, invadir a lua, em parte Concordo com o ex líder da igreja, sabe por qual razão? Não aprendemos nem a conviver com o vizinho, não aceitamos a diversidade humana e queremos o Reino Celestial e habitar em outra esfera ou nesta esfera sem ao menos cultivá-la e cuidar dela. Creio que os deuses riem de nossa estupidez e futilidades. Não creio ser importante explorar a lua ou Marte quando nem sabemos de tudo de nossa mãe Gaia (Terra). Nunca iremos ser dignos de ter uma Terra celestializada quando formos pequenos. E pensar em outros universos e ir longe. Creio que possa existir, será q os buracos negros são portais pra eles? Kkkk Mas não me preocupam, sou passageiro e transeunte aqui… Shalom. Pax!