Templos são sagrados para os mórmons. Tão sagrados que os Santos dos Últimos Dias, membros da maior igreja mórmon na atualidade, precisam comprovar sua “dignidade” para sequer poder entrar ou frequentar um de seus muitos templos.
Esta “comprovação de dignidade” ocorre durante duas entrevistas oficiais com líderes eclesiásticos, que devem ocorrer bienalmente. Durante essas entrevistas, uma lista de 14 perguntas são feitas. Entre elas uma sobre honestidade:
9. Você é honesto em palavras e ações?
Obviamente, honestidade é um princípio valorizado entre mórmons. E isso não é surpreendente. Afinal, a Bíblia Hebraica (popularmente conhecida como Velho Testamento) inclui, em uma das duas listas de Dez Mandamentos (Êxodo 20; c.f. Êxodo 34), a mesma preocupação:
16. Não darás falso testemunho contra o teu próximo.
A Bíblia Cristã (popularmente conhecida como Novo Testamento) é ainda mais gráfica em sua condenação da prática da mentira (Apocalipse 21):
8. … todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte.
Além de todo o foco doutrinário e teológico, honestidade é um dos temas recorrentes no ensino da Primária (crianças), com canções famosas — e muito repetidas — como a ‘Creio em ser Honesto‘:
A minha honestidade vai,
Brilhar em tudo que eu fizer,
Bons hábitos cultivarei,
E só verdades eu direi,
O certo eu defenderei,
E um exemplo eu serei.
Não há como passar uma mensagem mais clara que essa: mórmons acreditam em ser honestos! Mórmons acreditam em ensinar (doutrinar, até) seus pequenos mórmonzinhos a serem honestos. Mórmons acreditam em incentivar (coagir, até) seus adultos a serem honestos.
Não obstante, existe um experimento social que contradiz essa mensagem e sugere que mórmons, na prática cultural, não aderem tão estritamente ao conceito de honestidade.
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