William Clayton foi secretário do Conselho dos 50 e suas anotações pessoais constituem uma das importantes fontes sobre aquela organização. Durante nosso primeiro Podcast Mórmon, que tratou do Conselho dos 50, percebi a dificuldade de explicar – e mesmo de entender – a relação intrínseca que mórmons no séc. XIX viam entre a sua religião e outros aspectos da vida humana como economia e política.
A anotação feita por William Clayton em seu diário¹ é valiosa por mostrar a sua percepção do Conselho dos 50 como uma entidade que representava o núcleo de um futuro governo teodemocrático, mas era à semelhança de um governo divino anterior à formação da Terra. Em 10 de março de 1845, enquanto revisava as atas do Conselho, Clayton anotou em seu diário:
Enquanto escrevendo e copiando os registros do Reino, estava escrevendo estas palavras dadas pelo Élder H. C. Kimball no conselho no dia 04, “se um homem pisar fora dos seus limites, ele perderá seu reino como foi com Lúcifer e será dado a outros mais dignos”. Essa ideia me veio à mente. É doutrina ensinada por esta igreja que nós estávamos no Grande Conselho entre os Deuses quando a organização deste mundo foi contemplada e que as leis de governo foram todas feitas e sancionadas pelos presentes e todas as ordenanças e cerimônias decretadas. Agora não é o caso que o Conselho do Reino de Deus agora organizado sobre esta terra está fazendo leis e sancionando princípios que em parte governarão os santos após a ressurreição, e depois da morte não serão essas leis dadas a conhecer por mensageiros e agentes como o evangelho nos foi dado a conhecer[?]. E não há uma similaridade entre esse grande conselho e o conselho estabelecido antes da organização deste mundo[?].
1. An intimate chronicle: the journals of William Clayton. George D. Smith (ed.) Signature. Salt Lake, 1995.
Sabe Antonio, eu sou seu fã, não sei como você encontra tanta informação, mas uma coisa eu sempre pensei, que nós estávamos sim no grande conselho onde tantas coisas nos foram apresentadas e nós decidimos apoiá-las ou não, eu sempre pensei que o evangelho que vivemos hoje, é uma pequeníssima parte do todo que em breve viveremos.
“se um homem pisar fora dos seus limites, ele perderá seu reino como foi com Lúcifer e será dado a outros mais dignos” Essa frase é simplesmente fantástica, e me faz pensar que a história que nos contam da queda Lúcifer é muito mais complexa, e não é tão fácil de ser compreendida, porém muito instigante, tenho minhas conclusões a este assunto mas não me atrevo a falar, pois posso chocar muitas pessoas e até ser mau interpretado no meu ponto de vista.
Mas, quer saber, nós vivemos mesmo um grande teatro, onde existem 03 personagens, um é o Pai e seus dois filhos, sendo um bom e o outro o mal, e nós somos os figurantes ou atores de 2º escalão, ou seja, logo logo saberemos quem faz o que nesta grande peça chamada evangelho.
Sei que talvez muitos já se perguntaram: Por que o Pai não destruiu Lúcifer? e ao invés de destruí-lo o enviou pra cá, para nos tentar ou nos provar simplesmente para ver se faríamos algo bom ou mal. Agora pense comigo, você enviaria seu filho para ser testado por seu pior inimigo? Que tem poderes ilimitados e que conhece as limitações de seu filho!! Mas é claro que não! Porém foi isso que o Pai fez. Mas por quê? Ora bolas, porque Lúcifer faz parte do grande todo e sem ele as coisas não seriam como são sem ele não teria sacrifico, não teria castigo, não teria dor. Ou teria tudo isso?! Portanto não vejo as coisas como nos são ensinadas, o que vejo sim é uma grande peça teatral.
Mas, não nos esqueçamos que o Pai enviou Jesus com o consentimento do mesmo. Jesus também tinha livre arbítrio e podia não ter aceitado o plano do Pai, porém se ofereceu voluntariamente. Não foi obrigado a isso.
Sim, isto é uma grande verdade.
lúcifer não é tão importante assim. somos nos suficientemente maus. satanás é simplesmente a mais otimista de todas as criaturas. se cre capaz de fazer-nos ainda pior, impossível.
Pode bem ser uma peça teatral cheia de simbolismos, por que não? O importante é saber identificar e separar o que é bom do ruim pra cada um de nós.
Sim, e sabe Graciela as vezes a linha demarcatória é tão fina,que algumas vezes estamos do lado errado sem perceber e corremos um grande perigo.
O Senhor enviou Lúcifer justamente porque ele nos ama, Nilton Melo. As provações são necessárias para o nosso crescimento, elas nos mostram o tamanho da nossa força ou fraqueza. Do contrário, como saberíamos? Vou exemplificar pra vc. Fui criada pelos meus avós e sempre fui mega protegida de todas as maneiras que vc possa imaginar. Essa criação não me fez uma pessoa melhor. Deveria ter passado por muitas coisas pelas quais não passei, deveria ter caído bem mais vezes, entende? Eu enviaria meu filho para ser testado pelo meu pior inimigo, sim, porque teria confiança nele e ele em mim.
descordo de ti amigo, a diferença entre o que é certo e errado é bem nitida, tanto como o dia difere da noite.