Como você trata pessoas em grupos minoritários ou diferentes de você diz muito mais sobre quem você é do que o que você diz de si mesmo. Dirá, também, sobre quem é Deus?
O pastor David Hayward se inspira no drama e sofrimento de Continuar lendo
Como você trata pessoas em grupos minoritários ou diferentes de você diz muito mais sobre quem você é do que o que você diz de si mesmo. Dirá, também, sobre quem é Deus?
O pastor David Hayward se inspira no drama e sofrimento de Continuar lendo
Atualmente no noticiário, há a notícia sobre uma reconstrução do que está sendo chamado o rosto de Jesus. A reconstrução, pelo artista médico britânico Richard Neave, foi na verdade feita há mais de uma década, mas recentemente voltou a circular – dada a época do ano¹. Ao invés de ter a intenção de mostrar precisamente como Jesus se parecia, o projeto procurava demonstrar que aparência um judeu médio no primeiro século da Era Comum poderia ter.
Ainda que essa impressão, de um homem de cabelos escuros, de pele morena e olhos castanhos, cujo rosto parece desgastado por uma carreira de trabalho braçal externo, provavelmente não seja idêntica à aparência do Jesus histórico, é provavelmente uma aproximação maior do que muitos daquelas que aparecem frequentemente na cultura popular. Continuar lendo
Como você trata pessoas em grupos minoritários ou diferentes de você diz muito mais sobre quem você é do que o que você diz de si mesmo.
O pastor David Hayward se inspira no drama e sofrimento de Continuar lendo
Resolvi escrever este artigo simples sobre as passagens bíblicas que tratam do ato de escandalizar (ou do sujeito pelo qual vêm os escândalos), numa tentativa de esclarecer aos leitores alguns dos reais significados e contextos dessa expressão popular entre cristãos.
Eu tenho pouco tempo, e alguma preguiça também, sobre escrever artigos que sei que demandariam tempo para referencial técnico, mas fui desafiado a dar razão a uma resposta dada no artigo “Heber J. Grant: Castidade ou Morte”, tema também familiar em algumas falas de Spencer W. Kimball e outros.
A pedido de um leitor, publicamos seu relato e reflexões sobre a experiência de ser excomungado d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
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Eu sou membro excomungado da Igreja SUD. Apesar do meu testemunho e do desejo de me reconciliar com a Igreja, decidi não fazê-lo ainda. Então me preocupo: “e se eu morrer nessa situação?”. Continuar lendo
Existe um termo popular entre evangélicos nos EUA, e mais recentemente no Brasil, que descreve uma valorização religiosa da afluência financeira: Evangelho Ostentação. Um pastor evangélico explica que essa visão “tem como tema central a exibição de riquezas e poder aquisitivo.” Mórmons abraçam esse tipo de comportamento? Continuar lendo
Quanto Ganha um Apóstolo Mórmon? é um dos mais populares artigos deste site. Escrito por Marcello Jun há mais de dois anos, o texto continua sendo um dos mais lidos, mais comentados e que geram mais xingamentos por parte dos leitores.
As reações ao post são as mais diversas. Uns encaram-no como uma difamação; outros parecem comprar a ideia do autor, mostrando-se entristecidos com a suposta abastada ajuda de custo que as Autoridades Gerais recebem.
Porém, não poucos leitores têm demonstrado uma percepção interessantíssima, argumentando, ao seu modo, o que pode ser condensado na seguinte ideia:
Por mais alto que seja o padrão de vida que a Igreja proporciona às suas Autoridades Gerais e Presidentes de Missão, ainda é inferior ao padrão que essas pessoas possuíam antes de ocupar esses cargos.
Hoje, cristãos espalhados por todo o globo parecem fazer uma forte ligação entre progresso espiritual e condição financeira privilegiada, seja nas noções de nossos leitores (mórmons em sua maioria), ou em formas mais exacerbadas, como a Teologia da Prosperidade dos neopentecostais. Continuar lendo
“O único céu para vocês é o que vocês próprios fazem. Meu céu está aqui [colocando as mãos sobre o coração]. Eu o carrego comigo. Quando eu o espero em sua perfeição? Quando eu surgir na ressurreição; então o terei, e não antes. Mas agora temos que lutar a boa luta da fé, espada em mão, tanto quanto os homens que vão à batalha; é uma guerra contínua, da manhã à noite, com a espada na mão. Este é meu dever; esta é minha vida.” (Brigham Young, 21/09/1856, Journal of Discourses 4:55) Continuar lendo
Exegese é a prática de analisar criticamente e interpretar textos, especialmente textos religiosos.
O maior obstáculo para a prática da exegese bíblica (ou de qualquer texto, para dizer a verdade, mas é particularmente comum em exegese bíblica) é a ignorância dos contextos históricos, sociais, e culturais dos textos envolvidos. Removidos de seus respectivos contextos, os textos dizem ao leitor precisamente aquilo que ele traz ao texto de seu próprio contexto — e nada mais simples de se demonstrar este fenômeno interpretativo do que a miríade de diferentes leituras de passagens bíblicas dentro dos mais diversos contextos religiosos existentes.
Para Mórmons isso é particularmente comum devido a usual falta de familiaridade de Mórmons com a Bíblia, seja com seus textos presentemente constituídos, seja com os estudos acadêmicos e literários dos textos bíblicos. Recentemente, durante uma discussão sobre shoppings SUD para missionárias eu levantei a comparação com a perícope [1] sobre Jesus expulsando cambistas do templo de Jerusalém, o que levantou algumas perguntas (e tentativas de contra-argumentos) que ilustraram perfeitamente o acima-mencionado problema.
Apresentou-se, assim, uma excelente oportunidade para 1) discutir a perícope de Jesus expulsando cambistas, e 2) ilustrar a importância de se familiarizar adequadamente com estudos acadêmicos em história, arqueologia, e estudos bíblicos para se formar opiniões informadas sobre a Bíblia.
Como você lê as escrituras diz muito mais sobre quem você é do que sobre as escrituras.
O pastor David Hayward se inspira nas letras da canção de Pink Floyd Continuar lendo
Compromisso, Coerência e Aprovação Social
O primeiro contato com a Igreja é com os missionários. Logo eles pedem para você orar e ler o Livro de Mórmon. Fazem esse primeiro compromisso, além de marcarem a segunda visita. Os vizinhos já viram eles entrando na sua casa e a sua família já sabe ou esteve presente. Então, por ter gostado, achado eles lindos ou pra não ser anti-social, você marca a segunda visita. Com a próxima visita agendada, você fica preocupado em ler o Livro de Mórmon e orar daquele jeito que ensinaram pra perguntar a Deus se o livro é verdadeiro.O dia da segunda palestra chega. Você aguardou eles porque, afinal de contas, não quer parecer uma pessoa “sem palavra”, mas “eu não quero me batizar”, você pensa consigo. Os missionários perguntam se você leu o livro e se orou. Você responde que sim, pois você assumiu um compromisso e cumpriu. Te convidam pra visitar a Igreja. Você vai, acorda cedo, é cumprimentado pelo pessoal da Igreja e fica lá nas três horas, mesmo não entendendo nada.
O que teria Joseph Smith a dizer a respeito de supersticão?
E bebedeiras? E pecados? E como levar uma vida santificada?
O que teria Joseph Smith a dizer sobre caridade e salvação dos pecados?
Não é incomum Mórmons na atualidade, seja em qual igreja que for, atribuir a Joseph Smith os ideais filosóficos que eles mantém hoje em dia. Isso, é claro, anacronístico e pode não correlacionar exatamente com o que ele disse e acreditava.
Leiamos, então, uma breve citação, tirada de seu própria diário, sobre esses temas e ponderemos não o que acreditam os Mórmons sobre eles hoje, mas o que estava dizendo o próprio Joseph Smith, no que ele acreditava, no que ele estava tentando passar adiante.
Templos são sagrados para os mórmons. Tão sagrados que os Santos dos Últimos Dias, membros da maior igreja mórmon na atualidade, precisam comprovar sua “dignidade” para sequer poder entrar ou frequentar um de seus muitos templos.
Esta “comprovação de dignidade” ocorre durante duas entrevistas oficiais com líderes eclesiásticos, que devem ocorrer bienalmente. Durante essas entrevistas, uma lista de 14 perguntas são feitas. Entre elas uma sobre honestidade:
9. Você é honesto em palavras e ações?
Obviamente, honestidade é um princípio valorizado entre mórmons. E isso não é surpreendente. Afinal, a Bíblia Hebraica (popularmente conhecida como Velho Testamento) inclui, em uma das duas listas de Dez Mandamentos (Êxodo 20; c.f. Êxodo 34), a mesma preocupação:
16. Não darás falso testemunho contra o teu próximo.
A Bíblia Cristã (popularmente conhecida como Novo Testamento) é ainda mais gráfica em sua condenação da prática da mentira (Apocalipse 21):
8. … todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte.
Além de todo o foco doutrinário e teológico, honestidade é um dos temas recorrentes no ensino da Primária (crianças), com canções famosas — e muito repetidas — como a ‘Creio em ser Honesto‘:
A minha honestidade vai,
Brilhar em tudo que eu fizer,
Bons hábitos cultivarei,
E só verdades eu direi,
O certo eu defenderei,
E um exemplo eu serei.
Não há como passar uma mensagem mais clara que essa: mórmons acreditam em ser honestos! Mórmons acreditam em ensinar (doutrinar, até) seus pequenos mórmonzinhos a serem honestos. Mórmons acreditam em incentivar (coagir, até) seus adultos a serem honestos.
Não obstante, existe um experimento social que contradiz essa mensagem e sugere que mórmons, na prática cultural, não aderem tão estritamente ao conceito de honestidade.
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Na sua opinião, qual o princípio mais correto, belo, interessante, revolucionário ou simplesmente verdadeiro já ensinado no mormonismo?
Como alguém pode receber o Espírito Santo? Algumas ideias aleatórias sobre o dom do Espírito Santo
Um quórum de deuses
Um quórum de três deuses preside sobre esta terra. Nesse quórum do sacerdócio, cada membro está em um diferente estágio de deidade e atua em uma missão ou dispensação para conosco, deuses mortais:
Convênio eterno foi feito entre três personagens antes da organização desta terra, e se relaciona com sua dispensação de coisas aos homens na terra; esses personagens, de acordo com o registro de Abraão, são chamados Deus, o primeiro, o Criador; Deus o segundo, o Redentor; e Deus o terceiro, a testemunha ou Testador. (Teachings of the Prophet Joseph Smith, p. 190) Continuar lendo