‘Estandarte da Liberdade’ Hasteado em Invasão do Congresso Americano

Em protesto que resultou na invasão do Congresso americano e uma morte, bandeira inspirada no Livro de Mórmon foi vista entre apoiadores do presidente Donald Trump.

Em publicação no Twitter, simpatizante pró-Trump destaca a presença do “Estandarte da Liberdade” em meio ao protesto contra o resultado eleitoral na capital norte-americana em 06/01/2021

Animados pelas afirmações de Trump, os manifestantes creem que a recente eleição presidencial nos EUA, que elegeu o democrata Joe Biden, foi manipulada e deve ser revertida. Os invasores hoje objetivavam impedir os procedimentos do Colégio Eleitoral. Continuar lendo

O Livro Selado de Mórmon e o Movimento da Parcela Selada

Em meados de dezembro de 2018, nós publicamos um artigo expondo mentiras que um Presidente de Estaca d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias andava espalhando sobre nós e o nosso site Vozes Mórmons.

Claudiomiro da Silva, Presidente da Estaca São José Brasil, no estado de Santa Catarina, foi flagrado em áudio mentirosamente acusando-nos de haver fundado uma nova igreja mórmon e de “menti[r] e denegri[r]” a Igreja SUD.

Foto espalhada pelo WhatsApp e nas redes sociais supostamente das placas de ouro encontradas pelo vidente mórmon Maurício Berger.

A Presidência da Área Brasil da Igreja SUD acabou emitindo nota oficial no dia seguinte ao nosso artigo, respondendo à controvérsia.  Além de mentir sobre o nosso envolvimento, e sobre a nossa ética acadêmica e jornalística, Silva também aproveitou para mentir sobre esse novo movimento mórmon em sua região da grande Florianópolis.

Surgido há cerca de dois anos em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, o novo movimento mórmon que afirma ter traduzido a “parte selada” do Livro de Mórmon está atualmente sediado em Santa Catarina, e ainda conta com membros no estado americano do Missouri, onde o processo legal para a formação de uma igreja já foi concluído. Joseph Fredrick Smith, bisneto do Profeta Joseph Smith Jr, foi ordenado  em junho p.p. como Profeta, Vidente, e Revelador, e consagrado e designado em outubro p.p., à “Presidência do Sumo Sacerdócio da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” pelo Vidente, Sumo-Sacerdote, e Tradutor brasileiro Maurício Artur Berger.

Os dons de Berger e a genealogia de Smith têm sido usadas pelo novo movimento mórmon como as principais evidências de sua autoridade divina. Berger afirma ter sido ordenado à autoridade no sacerdócio por ministração angélica, assim como o bisavô de Smith, o profeta fundador do mormonismo Joseph Smith Jr.

Apesar da origem “brighamita” do vidente brasileiro, Joseph F Smith parece influenciar fortemente a narrativa histórica adotada pelo movimento, notadamente pela noção de que Brigham Young teria usurpado os direitos espirituais da família Smith. Excomungado da Igreja SUD por suas afirmações acerca de tais eventos sobrenaturais, Berger afirma ter recebido as placas de ouro do Anjo Morôni, assim como a famosa espada de Labão, com instruções para traduzir a “parte selada” que Smith Jr teria sido proibido de traduzir em 1829. Berger ainda organizou três testemunhas que corroboram seu relato de visões angelicais e posse das placas de ouro (cujo testemunho escrito se pode ler na íntegra aqui), e possivelmente motivaram o relato de Silva de “quatro irmãos” ou “quatro homens” que prestaram “testemunho” em uma capela da Estaca São José, durante uma reunião de jejum e testemunho em outubro do ano passado.

Reproduzimos a seguir, em sua íntegra, o relato pessoal de uma testemunha ocular desses eventos, o nosso amigo e colaborador João Vendemiatti¹: Continuar lendo

Igreja Anuncia Mudança no Nome do Livro de Mórmon

Uma inédita mudança no icônico e histórico nome da escritura, sagrada para milhares de pessoas, O Livro de Mórmon, será anunciada no próximo final de semana durante a 189ª Conferência Geral d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Embora o exato conteúdo do anúncio ainda não tenha sido tornado público, foi anunciado ontem em entrevista coletiva que a mudança no título segue as recentes e repetidas ordens do Profeta e Presidente da Igreja, Russell M Nelson, para que membros da Igreja evitem o apelido mórmon.

De acordo com a Sala de Imprensa da Igreja, outrora conhecida como Sala de Imprensa Mórmon, a revelação será lida durante a Conferência Geral por um dos conselheiros na Continuar lendo

Presidente de Estaca Espalha Mentiras via WhatsApp

Líder da Igreja Mórmon na Grande Florianópolis é flagrado espalhando mentiras para suas congregações via WhatsApp.

O Presidente da Estaca São José Brasil d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, com sede no município de São José, Santa Catarina, pode ser ouvido em mensagem distribuída pelo aplicativo de mensagens para celulares WhatsApp declamando mentiras com o intuito de propagar medo e hostilidade a grupos diversos.

Estaca São José Brasil d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, localizada na região metropolitana de Florianópolis, Santa Catarina (Foto: Google)

Claudiomiro da Silva, que serve como Presidente de Estaca desde 2016, foi identificado como o autor da mensagem que, entre outras coisas, propaga mentiras sobre o site Vozes Mórmons. Continuar lendo

Candidato Mórmon em Utah Apela para Antissemitismo, Livro de Mórmon

A única judia na Câmara dos Deputados do estado de Utah acusa o candidato mórmon a lhe fazer oposição nas eleições de hoje de usar sua fé para atacá-la.

Deputada Estadual Patrice Arent durante assembleia no legislativo de Utah Legislature. (Foto: Cortesia de Patrice Arent)

A Deputada Estadual de Utah, Patrice Arent, aponta para panfletos distribuídos pela campanha do candidato mórmon Todd Zenger como evidência de antissemitismo e de manipulação da fé mórmon para angariar votos. Continuar lendo

Anjo Néfi ou Anjo Morôni?

Quando Joseph Smith ditou a sua história oficial para ser publicada para a Igreja SUD e o mundo, que eventualmente seria incluída no volume canonizado de escrituras conhecido como a Pérola de Grande Valor, ele recontou como o anjo Néfi – e não o anjo Morôni, como se narra hoje em dia – lhe visitara em seu quarto enquanto jovem para lhe explicar sobre as placas de ouro que continham o que viria a ser chamado de Livro de Mórmon.

"Morôni Aparece a Joseph em Seu Quarto" ou "O Anjo Morôni Aparece a Joseph Smith", por Tom Lovell sob encomenda para, e publicado pela, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Reproduzido sob permissão

Néfi aparece a Joseph Smith? “Morôni Aparece a Joseph em Seu Quarto” ou “O Anjo Morôni Aparece a Joseph Smith”, por Tom Lovell sob encomenda para, e publicado pela, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Reproduzido sob permissão

Publicações, textos, arte, gravuras, estátuas, adornos de templos, e até mesmo as escrituras mórmons de hoje o denominam como “Anjo Morôni”. Templos mórmons mundo afora são adornados com uma estátuta do “Anjo Morôni” inaugurando a “nova dispensação” através do anúncio da descoberta e tradução do Livro de Mórmon. Não obstante, quando Joseph Smith ditou uma narrativa da sua história pessoal que recontasse essa visitação pela primeira vez, ele o chamou de Néfi, e não Morôni.

No manuscrito original da história de Joseph Smith, ditada pessoalmente por ele e transcrita pelo Setenta e escrivão James Mulholland, encontramos o seguinte relato¹:  Continuar lendo

Igreja SUD Compra Manuscrito do Livro de Mórmon

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias adquiriu o chamado “manuscrito do tipógrafo” do Livro de Mórmon por USD 35 milhões. O valor, anunciado pela Comunidade de Cristo, é considerado o maior já pago por um manuscrito literário.

Primeiras páginas do manuscrito do tipógrafo, adquirido pela Igreja SUD.

“O manuscrito do tipógrafo”, afirmou Steven E. Snow, do Departamento de História da Igreja SUD, “é a mais antiga cópia sobrevivente de cerca de 72% do texto do Livro de Mórmon, já que apenas cerca de 28% da cópia anterior sobreviveram às décadas de armazenamento em uma pedra angular em Nauvoo, Illinois”.

A Comunidade de Cristo, sediada em Independence, Missouri, foi proprietária do manuscrito do tipógrafo de 1903 até a venda na semana passada. Até 2001, a denominação era conhecida como  Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias até 2001.

Dois manuscritos

Originalmente, dois manuscritos do Livro de Mórmon foram escritos. O primeiro, que historiadores chamam de “manuscrito original“, foi redigido enquanto Joseph Smith ditava (de acordo com testemunhas oculares, lia as palavras que apareciam na pedra de vidente colocada no fundo de um chapéu) por vários escrivões, entre eles Emma Smith e Oliver Cowdery.

Esse primeiro manuscrito foi enterrado em 1841 nas fundações da Mansão de Nauvoo, a qual Joseph Smith estava construindo para lhe servir de hotel e bar, e desenterrado após quatro décadas por sua família, sendo distribuído em partes entre descendentes e amigos. Menos de um terço do manuscrito havia sobrevivido sem danos causados por umidade e fungos.

O segundo manuscrito foi copiado por Oliver Cowdery do primeiro manuscrito, com correções e emendas ditadas por Joseph Smith, de modo a levar para a tipografia de E. B. Grandin apenas algumas páginas por vez durante o trabalho de edição, tipagem e impressão da primeira tiragem do Livro de Mórmon. Esse manuscrito, que permaneceu em posse da família de Joseph Smith após sua morte em 1844, historiadores intitulam de “manuscrito do tipógrafo“.

Cooperação entre “primos”

Em 2015, a Comunidade de Cristo havia autorizado A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, através do seu Departamento de História, a fotografar e preparar para publicação o segundo manuscrito do Livro de Mórmon. A publicação desse manuscrito permitiu acesso ao documento mais próximo ao original do livro ditado por Smith e que hoje, após milhares de alterações e revisões, é cultuado e reverenciado como escritura sagrada por milhões. Além de sua importância histórica, avaliações criteriorosas dessas mudanças e revisões servem de pistas sobre o processo evolutivo do pensamento e das crenças Mórmons.

Preço recorde

Antes da negociação entre a Igreja SUD e a Comunidade de Cristo, o preço mais alto já pago por um manuscrito havia sido de USD 30,8 milhões, quando Bill Gates adquiriu manuscritos de Leonardo da Vinci, conhecidos como Codex Leicester, em 1994.

Cadê os Livros? Parte 2: O Período Inglês

A publicação de livros mórmons e o desenvolvimento da cultura mórmon fora dos EUA

literatura mórmon

Imagem: Jessica Ruscello

Esta apresentação examina o desenvolvimento cultural mórmon fora dos Estados Unidos, através da lente da produção e distribuição de livros. Para compreender melhor a situação atual, apresentarei uma visão geral da história da publicação de livros por e para mórmons, prestando atenção especial à publicação de livros não escritos em inglês e publicados fora dos Estados Unidos. Depois, vou examinar o ambiente atual para a publicação de livros mórmons e finalizar com alguns caminhos possíveis para o desenvolvimento da publicação mórmon fora do idioma inglês. Continuar lendo

Cadê os Livros? Parte 1: O Período Formativo

A publicação de livros mórmons e o desenvolvimento da cultura mórmon fora dos EUA

Em janeiro de 1845, o Élder Parley P. Pratt publicou normas para as publicações oficiais da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Preocupado com o grande número de livros e folhetos que estavam sendo publicados por membros da Igreja, ele escreveu:

Vocês não estão todos conscientes de que muitos, se não todos, dos nossos homens, mulheres e crianças estão virando autores, e publicando obras que pretendem representar a doutrina dos santos. Algumas delas são mal escritas, e algumas incluem muitos erros, e muitas das que são verdadeiras e úteis são empréstimos, em parte ou na totalidade, das nossas obras-padrão (…). Enormes somas são gastas por homens que têm pouca experiência no mercado editorial e, talvez, pagam o dobro pelo papel e a impressão, e tudo isso pago nas mãos de quem não sente nenhum interesse na nossa causa.

Desta forma milhares de dólares são desviados dos santos e dos élderes, ao passo que a causa do templo é negligenciada.

literatura mórmon história publicações

Como editor de livros, vejo essas mesmas preocupações hoje nas políticas de publicação da Igreja, e ouço os ecos dessas mesmas preocupações nas políticas das empresas que publicam materiais para os membros da Igreja SUD. Como qualquer organização, a Igreja SUD quer controlar quem está publicando o que em seu nome e como esse material será publicado, quanto custará e como irá atingir seu público. Controle e custos, tecnologia, direitos autorais e problemas de distribuição ainda são questões importantes para a Igreja hoje.

No entanto, vejo também uma necessidade cultural concorrente. Na última década, México e Brasil ultrapassaram a marca de 1 milhão de membros. A Europa tem cerca de meio milhão de membros. E em todos esses casos, assim como em outras áreas em todo o mundo, a cultura dos membros da Igreja SUD se desenvolveu ao ponto de livros, músicas e outros materiais poderem ser — e, às vezes, de fato ser — produzidos e distribuídos. No entanto, no caso de publicações em espanhol ou português, relativamente poucas têm sido produzidas até agora, fora os materiais fornecidos pela própria Igreja. E materiais de natureza puramente cultural não existem em nenhuma língua além do inglês.  Continuar lendo

Racismo no Livro de Mórmon

O Livro de Mórmon é uma obra de escrituras sagrada para mórmons.

Infelizmente, é uma obra profundamente racista.

Obra de arte representando as lendárias "placas de ouro" que Joseph Smith teria encontrado e de onde teria traduzido o Livro de Mórmon (Museum of Church History and Art, Salt Lake City)

Obra de arte representando as lendárias “placas de ouro” que Joseph Smith teria encontrado e de onde teria traduzido o Livro de Mórmon (Museum of Church History and Art, Salt Lake City)

Tanto para a narrativa, como para a teologia, do Livro de Mórmon uma cor de pele escura é um claro sinal de maldição e reprovação divina. Além disso, há severas admoestações para a manutenção de pureza racial. Esses ensinamentos racistas do Livro de Mórmon são tão enraizados que levou gerações de profetas mórmons a pregarem tais ensinamentos do púlpito. [Ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui]

Essas são as passagens relevantes que permeiam o texto canônico mórmon (ênfases nossas): Continuar lendo

Spencer Kimball: O Dia dos Lamanitas (Ficarem Brancos)

O Profeta Spencer W. Kimball, então no Quórum dos Doze Apóstolos, elaborou um elogio aos índios nativo-americanos com comentários profundamente racistas  durante a Conferência Geral de abril de 1960.

Spencer Kimball Lamanitas Mórmons

Spencer W. Kimball confraternizando com membros da tribo Navajo Imagem: lds.org

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O Púlpito Sagrado do Mormonismo

Neste fim de ano, o departamento de relações públicas d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias publicou um breve vídeo oferecendo o que seria uma “retrospectiva” do ano de 2016 para a Igreja.

Fotógrafo (à esquerda) e cinegrafista da Igreja não perdem a oportunidade para documentar imagens de propaganda com o Apóstolo Russell Ballard visitando

Fotógrafo (à esquerda) e cinegrafista da Igreja documentam imagens de propaganda com o Apóstolo Russell Ballard visitando voluntários SUD facilmente identificáveis pelo uniforme do programa Mãos Que Ajudam. Cena do vídeo.

O que, talvez, a liderança da Igreja, que supostamente autoriza tais campanhas publicitárias, não perceba é o quanto tais ações de propaganda lembram uma famosa estória do Livro de Mórmon.

Assista o vídeo: Continuar lendo

Todd Christofferson: Livro de Mórmon Não Precisa Ser Histórico

O Apóstolo D. Todd Christofferson, querendo celebrar a importância do Livro de Mórmon em um discurso para a Biblioteca Nacional dos Estados Unidos, admitiu abertamente que a crença na historicidade da narrativa do Livro de Mórmon não é fundamental para sua apreciação.

O jantar onde Christofferson discursou faz parte de um projeto sobre livros americanos populares e influentes, através do qual a Biblioteca Nacional realizou pesquisas de opiniões populares de quais livros escritos por autores norte-americanos seriam considerados mais relevantes pelo público norte-americano.

A eclética lista mistura clássicos da literatura americana, como “Of Mice and Men” e “East of Eden” de John Steinbeck, “Slaughterhouse-Five” de Kurt Vonnegut, “Nature” de Ralph Waldo Emerson, “Death of a Salesman” e “The Crucible” de Arthur Miller, “The Old Man and the Sea” de Ernest Hemingway, e “A People’s History of the United States” de Howard Zinn, com romances e novelas populares como “One Flew Over the Cuckoo’s Nest” de Ken Kesey, “The Stand” de Stephen King, “Are You There God? It’s Me, Margaret” de Judy Blume, “Dune” de Frank Herbert, e alguns títulos popularmente atrelados a movimentos ideológicos extremistas, como “The Fountainhead” e “Anthem” de Ayn Rand, e “Capitalism and Freedom” de Milton Friedman. Entre os nomeados, encontra-se o “The Book of Mormon”, de Joseph Smith.

Após uma introdução pessoal oferecida pelo influente Senador Federal e membro da Igreja SUD Orrin Hatch, Christofferson leu seu discurso, incluindo uma breve introdução da narrativa do Livro de Mórmon, e recheado de chavões populares entre mórmons (além de algumas embaraçosas falácias lógicas e discretas distorções históricas), surpreendendo pela sua inclusão da admissão de que a historicidade dessa narrativa não é necessária para apreciar o livro como literatura ou escritura. Continuar lendo

Spencer Kimball: Índios Preguiçosos e Supersticiosos

O Profeta Spencer W. Kimball, então no Quórum dos Doze Apóstolos, repudiou comentários racistas de membros da Igreja SUD contra índios nativo-americanos, durante a Conferência Geral de abril de 1954.

Spencer Kimball Lamanitas Mórmons

Spencer W. Kimball confraternizando com membros da tribo Navajo Imagem: lds.org

Ironicamente, ao defender os ameríndios do racismo e intolerância de alguns membros SUD (que ele chama de “Srs. Anônimos” em seu discurso), Kimball refere-se a eles de maneira similarmente preconceituosa e pejorativa, em perfeita ilustração de imperialismo cultural e a filosofia do “fardo do homem branco“. Incorporando essa filosofia particularmente popular no final do século 19 e início do século 20, Kimball descreve os povos ameríndios como atrasados, preguiçosos, incompetentes, e culpados pelas conquistas, genocídios, e opressões infligidas neles pelos invasores europeus (ênfases nossas):

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