Investidura

Será que Brigham Young tem razão ainda hoje? Esse recebimento gradual das ordenanças e as ordenações ao sacerdócio sem pressa ainda serão implementadas um dia?

A maioria de vocês, meus irmãos, são anciões [élderes], setentas ou sumo-sacerdotes; talvez não haja um só sacerdote ou mestre aqui presente. Isso se deve ao fato de que, quando damos a investidura [endowment] aos irmãos, somos obrigados a lhes conferir o sacerdócio de Melquisedeque; mas espero ver o dia em que estejamos em tal situação em que possamos dizer (…): Vão, recebam as ordenanças concernentes ao sacerdócio aarônico e depois podem sair pelo mundo e pregar o evangelho, ou fazer algo que provará que honram o sacerdócio que possuem antes de receber o maior. Atualmente costumamos conferir as ordenanças de ambos os sacerdócios em um único dia, mas não é como deveria ser, ou como seria, caso tivéssemos um templo onde fosse possível administrá-las. Hoje, no entanto, está correto; não seria possível agir de outro jeito;por isso fazemos de acordo com a circunstâncias em que nos encontramos. (Brigham Young, Journal of Discourses 10:309, 11/06/1864)

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17 comentários sobre “Investidura

  1. Ousarei contar uma história que não me lembro perfeitamente mas tem relação com o assunto:

    Lembro que vi no site de notícias da igreja uma visita do Élder Dallin H. Oaks à África.
    Nessa notícia tem uma foto em que ele coloca seu terno num jovem, disse que o terno está largo no jovem agora, mas que este jovem vai crescer e o terno vai ficar bem ajustado nele. Com isso ele fez uma analogia aos homens que recebem o sacerdócio maior, que eles recebem esse sacerdócio ainda não preparados plenamente para exercê-lo, mas, à medida que vão amadurecendo vão se adequando ao sacerdócio que possuem e o desenvolvendo de maneira melhor.

    É isso.
    Então, o que acham da opinião dele?

    • Rafael,

      eu ousarei pensar em voz alta; não se assuste! 🙂

      A analogia me soa interessante. Com certeza, sacerdócio será sempre maior do que qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos.

      Mas como alguém que brincava com as roupas do pai e do avô quando era criança, fico me perguntando se a analogia não nos cai bem quanto à maneira “infantil” com que usamos o sacerdócio. Para que serve o sacerdócio afinal?

      Além disso, prosseguindo com a analogia, por que não dar ao m,enino um terno que lhe sirva no momento?

      Forte abraço

      • Bem Antônio,

        Acho que a principal mensagem deixada pelo apóstolo com essa analogia é a de possibilidade de desenvolvimento do indivíduo ao exercer o sacerdócio.

        Afinal, o próprio Jesus Cristo não buscou pessoas já preparadas para o apostolado.

  2. Fiquei pensando específicamente quanto a questão de conceder autoridade para aqueles que estejam maduros e preparados para tal, e não apenas a indicação de idade…

    Como servi por muitos anos no Sumo-Conselho, pelo-menos em minha estaca, em conselho deliberávamos quanto a cada proposta, pra apoiarmos ou não que o sacerdócio de melquisedeque fosse concedido a um homem ou que fosse avançado a Sumo-Sacerdote…

    Portanto, o Elder Bednar disserta bem o ponto em questão na citação de Brigham Young:
    “Irmãos, é inaceitável ao Senhor que um rapaz ou homem receba a autoridade do sacerdócio, mas deixe negligentemente de fazer o que é necessário a fim de qualificar-se para o poder do sacerdócio. Os portadores do sacerdócio, jovens e idosos, precisam de autoridade e poder: a permissão necessária e a capacidade espiritual de representar Deus no trabalho de salvação.”
    (Elder David A. Bednar – Conf. Geral ABR/2012)

    Escritura chave para reflexão:
    “Os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os poderes do céu e (…) os poderes do céu não podem ser controlados nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão. Que eles nos podem ser conferidos, é verdade; mas quando nos propomos a encobrir nossos pecados ou satisfazer nosso orgulho, nossa vã ambição ou exercer controle ou domínio ou coação sobre a alma dos filhos dos homens, em qualquer grau de iniquidade, eis que os céus se afastam; o Espírito do Senhor se magoa e, quando se afasta, amém para o sacerdócio ou a autoridade desse homem” (D&C 121:36–37)

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