Mórmons acreditam em criminalizar o adultério?
Enquanto profetas mórmons no passado já chegaram ao extremo de defender o assassinato de adúlteros, não há nada nos manuais oficiais que exijam que membros da Igreja SUD defendam a criminalização desse pecado.
Não obstante, as leis de estados em controle total ou parcial de mórmons conta outra história.
Por exemplo, o estado de Utah não apenas goza de uma série histórica de governadores membros da Igreja, mas sua Assembléia Legislativa Estadual é sabidamente controlada pela Igreja SUD. Lá, adultério é crime com penas previstas de até USD 1.000,00 e reclusão de 6 meses.
Em outro estado, Idaho, onde mórmons controlam mais de um terço do legislativo e exercem enorme influência política e econômica, adultério também é crime, com penas também podendo chegar a USD 1.000,00 mas com reclusão potencialmente extendida até 3 anos, mas nunca menos que 3 meses.
Tais leis draconianas, embora certamente uma minoria curiosa nos Estados Unidos, não são únicas. Alguns outros estados também mantém leis criminalizando adultério em seus códigos penais. Contudo, a questão é se tais leis representam uma ideologia penal coletiva entre mórmons.
Ontem, citamos um comentário de um artigo no The New York Times:
“Regiões com altas concentrações de mórmons são retrógradas. A natureza da cultura mórmon dominada por homens …”
A existência dessas leis criminalizando adultério em estados com expressividade política mórmon representa uma postura retrógrada e machista prevalente entre mórmons, como acusa o New York Times, ou é apenas uma relíquia histórica?
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Eu li o livro “A Décima Nona Esposa”. Também Joseph Smith tinha várias esposas. Seria isso a boa e velha hipocrisia norte-americana?