O que ocorre no cérebro de um(a) mórmon durante suas experiências religiosas? Resposta curta: circuitos cerebrais de recompensa são ativados, de forma semelhante ao que ocorre com reações geradas por amor, sexo, jogos de azar, drogas e música.

Representação da atividade neural no cérebro humano. Fonte: Wikimedia Commons.
Em artigo científico publicado hoje, pesquisadores da Universidade de Utah divulgaram os primeiros resultados do projeto de pesquisa iniciado em 2014. “A neurociência da experiência religiosa e espiritual é um passo-chave para a compreensão da motivação do comportamento religioso e dos efeitos da prática religiosa em comunidades”, afirma o artigo publicado no periódico Social Neuroscience.
Para os autores, a experiência carismática que santos dos últimos dias geralmente descrevem como “sentir o Espírito” é central na religião mórmon e de seu proselitismo:
Identificar a experiência espiritual e religiosa em si próprio e ensinar esta habilidade a outros é um foco primário de conversão e dos esforços missionários na Igreja Mórmon, e uma atividade cotidiana durante o serviço missionário é a prática devocional do estudo das escrituras e oração durante a qual um indivíduo aprende a reconhecer tais sentimentos espirituais.
A pesquisa objetivou identificar se sentimentos espirituais nos participantes estariam associados à ativação de determinados circuitos neurais. Os pesquisadores acreditavam que a região do cérebro chamada de estriato ventral era ativada durante tais experiências, sugerindo uma relação entre “sentir o Espírito” e sensações de recompensa que fortaleceriam a manutenção de crenças religiosas e sentimento de vínculo a líderes religiosos.
Foram selecionados para o estudo 19 pessoas (12 homens e 7 mulheres) entre 20 e 30 anos de idade, que haviam trabalhado como missionários para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) e frequentavam suas reuniões semanalmente.
A equipe de pesquisa liderada por Jeffrey Anderson escaneou a atividade cerebral dos participantes utilizando imagem por ressonância magnética funcional (fMRI). [Assista oas procedimentos no vídeo abaixo.] “Nos últimos anos, as tecnologias de imagem cerebral amadureceram de forma que nos permitem abordar questões que estão aí há milênios”, afirmou Jefferson.
Durante o escaneamento fMRI, os missionários retornados recebiam estímulos religiosos como trechos de escrituras, citações de Autoridades Gerais SUD (Thomas Monson, Dieter Uchtdorf e Jeffrey Holland) e líderes religiosos não mórmons (Papa Francisco, Billy Graham e Desmond Tutu), e vídeos oficiais da Igreja SUD. Os participantes também foram requisitados a orar de olhos fechados. De acordo com cada estímulo, os participantes deveriam responder à pergunta “Você está sentindo o Espírito? ” em uma escala de “não sentindo” a “sentindo muito fortemente” e assinalar o momento máximo daquela sensação.
Os pesquisadores descobriram que os sentimentos espirituais intensos estavam associados à ativação de uma região crítica do cérebro para o processamento de recompensas, o núcleo accumbens, além de associados também ao córtex pré-frontal medial, região ativada por tarefas que envolvem avaliação, julgamento e raciocínio moral. Os resultados, alertam os autores, não devem ser generalizados para todos indivíduos e comunidades religiosas. Afirma o artigo:
A experiência religiosa é infundida com características socioculturais complexas que são heterogêneas tanto dentro dos indivíduos, dentro de qualquer comunidade religiosa determinada, quanto através das tradições da fé. Consequentemente, os mecanismos neurais da experiência religiosa são provavelmente multifatoriais, mesmo dentro dos indivíduos.
A importância de pesquisas em neurociência sobre religiosidade e espiritualidade, afirma Anderson, tem uma ampla importância para a sociedade:
A experiência religiosa é talvez a parte mais influente em como as pessoas tomam decisões que afetam a todos nós, para o bem e para o mal. Compreender o que acontece no cérebro para contribuir com essas decisões é realmente importante.
O pesquisador também lembra que a neurociência ainda não estudou sentimentos e ideação violenta relacionados a doutrinas e práticas religiosas:
Se você tem uma luterana lendo a Bíblia em Minnesota, ou você tem um membro do ISIS contemplando violência religiosa, será possível que os mesmo circuitos no cérebro estejam envolvidos, das mesmas formas? E há a mesma sensação para os indivíduos? Realmente não sabemos. Mas é uma forte hipótese, ao colocarmos a religião no contexto dos circuitos de recompensa [do cérebro].
O estudo é a primeira iniciativa do Projeto Cérebro Religioso, da Universidade de Utah, que visa compreender como o cérebro opera em pessoas com profundas crenças religiosas e espirituais.
Assista ao vídeo sobre a pesquisa:
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E quando o Espírito Santo inspira um homem a fazer o holocausto (sacrifício) de sua filha, como foi o caso de Jefté (Jz 11,29-40)?
“Jefté
Ele cumpriu o seu voto, mesmo sendo uma tarefa difícil.
Esse homem não teve uma infância fácil. A mãe de Jefté era uma prostituta, e ele foi expulso de Gileade, sua terra natal, para que não formasse família por lá.
Certa vez, os amonitas estavam em guerra contra Israel, que não conseguia combatê-los. Por isso, foram até Jefté pedir para que ele estivesse à frente da batalha (Juízes 11:1-11). Foi nesse momento que fez um voto ao Senhor: se ganhasse a guerra, entregaria como oferta a primeira pessoa que fosse cumprimentá-lo ao chegar em casa (Juízes 11:30-31).
Porém, Jefté não imaginou o que aconteceria. Ao voltar da guerra, a primeira que saiu para comemorar com ele a vitória foi sua única filha. Mas, mesmo se entristecendo ao lembrar-se do voto, ele cumpriu.
Fidelidade provada
Podemos dizer que talvez Jefté não houvesse levado em consideração que alguém tão querido saísse de sua casa para recebê-lo de volta da guerra. Ele não mensurou como e de que forma ele teria que cumprir o seu voto. Será que ele pensou que seria fácil? Que sairia de sua casa um casal de porquinhos, de bezerros?
Para ele não importou o voto que fez, mas sim o objetivo que ele queria alcançar, que era ganhar a guerra. Porém, Deus o fez lembrar o que prometeu assim que viu sua filha única sair de casa. E, assim, Ele provou a fidelidade de Jefté.
Mesmo sendo algo inimaginável, Jefté teria que oferecer sua filha em sacrifício, assim como ele disse que faria em seu voto com Deus.
Ele poderia desistir, ter feito outra oração pedindo perdão para Deus por não conseguir cumprir o seu voto, até mesmo porque a guerra já estava ganha. Porém, ele foi até o fim com sua palavra, provou que era fiel a Deus.
Será que temos feito votos de tolo? Até onde temos sido fiéis a Deus? Ele tem se agradado de nossos votos?
“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras.” Eclesiastes 5:4-5.
Mesmo que seu voto seja difícil de cumprir, de realizar, por razões humanas, limitações emocionais ou financeiras, vá em frente, faça como Jefté e entregue o que se propôs a Deus, com certeza, Ele verá o seu esforço. Seja aprovado por Deus!
A Palavra diz que a filha de Jefté chorou sua virgindade e não conheceu homem (Juízes 11:38-40). Alguns estudiosos acreditam que ela foi sacrificada e morreu virgem. Outros afirmam que ela ficou virgem até o último de sua vida.
De qualquer forma, a filha de Jefté foi obediente ao seu pai, se colocando para realizar o seu voto firmado. Assim, pai e filha são exemplos de obediência e fidelidade a Deus.”
Fonte: https://pt-br.facebook.com/ComunidadeEvangelicaDependentesDeDeus/posts/580049252052400 (acessado dia 25/12/2016, às 05:04h
Aqui um estudo erudito sobre o tema: http://www.unicap.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=612
Jefté é um exemplo a ser imitado: Heb 11,32
Nesse artigo, o autor até compara Jefté a Jesus:
“Podemos até dizer que existe uma certa semelhança entre Jesus e Jefté”: http://valdecidocarmo.blogspot.com.br/2009/01/jefte-um-heroi-da-fe.html
O cérebro é um receptor da consciência, ou a consciência é um produto do cérebro? Embora a ciência ainda não tenha mostrado com absoluta certeza que a consciência existe separadamente de nossos órgãos físicos, há muitas evidências (tanto anedóticas quanto científicas) que indicam que a consciência é algo completamente separado – que continua mesmo depois de morrermos, que É e pode ser uma “coisa” separada do cérebro. Parece haver muita consistência quando se trata de estudos que examinaram esta questão. Novas descobertas neste campo estão mudando rapidamente como percebemos e nos relacionamos com o mundo físico.
Abaixo está um vídeo em Inglês, do Dr. Bruce Greyson [Ative as legendas no video e selecione o idioma para tradução como Português] falando em uma conferência que foi realizada pelas Nações Unidas. Ele é considerado um dos “pais” dos estudos de quase-morte (EQM). É Professor Emérito de Psiquiatria e Ciência Neurocomportamental da Universidade da Virgínia:
http://jornalcienciaespirita.spiritualist.one/neurocientistas-encontram-fortes-evidencias-da-vida-apos-morte-e-as-apresentam-nas-nacoes-unidas/