“As crianças começam por amar os pais, à medida que crescem tornam-se seus juízes, perdoam-lhes, às vezes”.
Oscar Wilde, em O Retrato de Dorian Gray.
Na semana anterior à VI Conferência Brasileira de Estudos Mórmons, soube que um dos temas abordados seria baseado em uma experiência que Suzana Nunes tivera há pouco tempo.
Conforme nos contou Suzana, uma moça que se preparava para servir em uma missão de tempo integral pediu-lhe que fizesse algumas perguntas sobre a Igreja. A moça, de antemão, mencionou querer perguntas difíceis para treinar sua retórica e testar seu conhecimento sobre o mormonismo.
Suzana então preparou dez perguntas, que podem ser transcritas mais ou menos assim:

Imagem: Florêncio Batista.
A reação da moça que solicitou o teste deixou Suzana reflexiva, segundo esta nos contou dia 7, sábado. A futura missionária não somente desconhecia aquelas coisas, como automaticamente classificou tudo aquilo como mentira.
Ao entrar em contato com essa experiência, veio-me à mente a ideia de fazer as mesmas perguntas a dois rapazes que estão preparando os papéis do chamado missionário.
A resposta dada pelos rapazes foi a mesma da moça sabatinada pela Suzana, com a pequena diferença de que um deles colocou como verdadeira a pergunta sobre Joseph ter sido maçom, pois ouvira sobre isso de um amigo, em um acampamento da Igreja.
As perguntas foram direcionadas a jovens adolescentes, mas não creio que as respostas teriam sido muito diferentes se as mesmas perguntas fossem lançadas a pessoas mais velhas, com mais tempo e posição na igreja.
Neste artigo, quero levantar possíveis razões para o desconhecimento que mórmons têm de sua própria história, as questões culturais que concorrem para isso e propor caminhos para que as próximas gerações possam lidar de uma maneira mais saudável com os assuntos considerados espinhosos de sua tradição religiosa. Continuar lendo →
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