Eliza R. Snow (1804-1887), chamada por Joseph Smith de “a poetisa de Sião”, é uma das mulheres mais reverenciadas da história mórmon. Eliza foi autora de diversos poemas e hinos, além de escrever também textos sobre questões doutrinárias e o papel da mulher na sociedade.
Um dos hinos mais conhecidos de sua autoria, Ó Meu Pai, constitui a única referência explícita à doutrina da Mãe Celestial amplamente difundida pela Igreja
Com a organização da Sociedade Feminina de Socorro em março de 1842, Eliza foi convidada a redigir os estatutos da nova Sociedade e assumiu a função de secretária. Em junho daquele ano, ela foi selada a Joseph Smith como sua esposa plural, vivendo durante seis meses na casa dos Smith.
Após a migração ao oeste, Eliza sucedeu Emma Smith na presidência da Sociedade de Socorro. Sua posição na Sociedade de Socorro, seu vasto conhecimento e sensibilidade fizeram com que Eliza fosse não só reconhecida como uma poetisa, mas também como profetisa. Um periódico feminino da Igreja afirmou que Eliza era a presidente ”de toda a porção feminina da raça humana” e “principal sacerdotisa desta dispensação”.[1]
Dotada de grandes talentos literários, Eliza trabalhou com Edward Tullidge na preparação do livro Women of Mormondom, hoje um clássico. É desse livro que tiramos a seguinte citação sobre a relação da mulher com o sacerdócio:
As irmãs era também apostólicas num sentido sacerdotal. Elas partilhavam do sacerdócio em igualdade com os homens. Elas também “possuíam as chaves da ministração de anjos” (…) A mulher também em breve se torna sumo-sacerdotisa e Profetisa. Ela o era oficialmente. ( …) O espírito de um sacerdócio patriarcal naturalmente fez dela uma adjuntora apostólica para o homem. Se não a víssemos no púlpito ensinando a congregação, ela estava no templo, administrando para vivos e mortos! Mesmo nos santos dos santos ela era encontrada. Como uma sumo-sacerdotisa, ela abençoava com a imposição de mãos! Como uma profetisa, ela era um oráculo em lugares santos! Como uma administradora da investidura, ele era uma maçom, da ordem hebraica, cujo Grão-Mestre é o Deus de Israel e aquele que a unge é o Espírito Santo. Ela possuía as chaves da ministração de anjos e dos “selamentos”pertencentes aos “céus e à terra. (p. 22-23)
Nota
1. Woman’s Exponent 9, 01 de abril de 1881, p. 165.
Excelente, Antonio.
“Elas partilhavam do sacerdócio em igualdade com os homens. […] Se não a víssemos no púlpito ensinando a congregação, ela estava no templo, administrando para vivos e mortos! Mesmo nos santos dos santos ela era encontrada. Como uma sumo-sacerdotisa, ela abençoava com a imposição de mãos! Como uma profetiza, ela era um oráculo em lugares santos”!
O que eu posso dizer? Incrível! Que percepção sobre o Sacerdócio e a partilha do mesmo pelas irmãs!
Ao que parece, isto ocorre nos templos. Assim, elas podem exercer o sacerdocio em igualdade com os homens.
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Ótimo.