Profetas Mórmons: James Jesse Strang

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: James Jesse Strang.

James Jesse Strang nasceu em março de 1813 no pequeno vilarejo de Scipio, na mesma região epicêntrica do mormonismo entre os Lagos de Dedos no noroeste do estado de Nova Iorque, a meros 75 km da Manchester de Joseph Smith, do Bosque Sagrado, e do Monte Cumorah.

Filho de agricultores arrendatários e com pouco acesso à educação formal, assim como Joseph Smith, Strang decidiu cedo que não seguiria a carreira lavradora de seu pai e avô e lutou para conseguir formar-se e qualificar-se como advogado aos 23 anos de idade. Mudando-se para às margens do Rio Erie no início dos anos 1830, a meros 170 km de Kirtland, Strang estabeleceu-se como advogado, ministro batista, e chefe dos correios para o condado de Chautauqua.

Com a crise financeira de 1837 e o colapso econômico da região do então nororeste americano (que também puniu severamente a comunidade mórmon em Kirtland), além da perda de posto de chefe dos correios, Strang viu-se obrigado a emigrar rumo ao oeste em busca de novas oportunidades laborais no início dos anos 1840. Assentando-se inicialmente no estado de Wisconsin, Strang acabou descendo o Rio Mississippi em sua procura de sustento adequado, e acabou parando na cidade ribeirinha do Nauvoo, Illinois, no começo de 1843.

James Strang e Joseph Smith conheceram-se em fevereiro de 1843, reunindo-se socialmente em diversas ocasiões e estabelecendo imediatamente uma relação de afinidade pessoal e proximidade íntima. Strang converteu-se ao mormonismo, e Smith pessoalmente o batizou após a reunião dominical de 25 de fevereiro de 1844. No domingo seguinte, Smith pessoalmente solicitou ao seu irmão e membro da Primeira Presidência, Hyrum Smith, ordená-lo ao ofício de Élder, e ordenando-o a retornar para o distante (±560 km) vilarejo de Voree, Wisconsin, onde Strang deveria liderar um assentamento de mórmons e organizar uma estaca e servir como seu presidente, em preparação a uma possível emigração mórmon de Nauvoo para lá.

Contudo, pouco após Strang haver deixado Nauvoo para cumprir sua designação comissionada pelos irmãos Smith, ambos foram assassinados em 27 de junho. Imediatamente, Strang anunciou que havia sido designado por Joseph Smith como seu sucessor profético e ordenado por um anjo meros minutos após o assassinato de Smith. Strang, inclusive, tomou o cuidado para arrendar testemunhas oculares que testificaram verbalmente e por escrito que ouviram a notícia do assassinato, e da ordenação angélica, de Strang na mesma noite, antes mesmo da notícia chegar a Nauvoo a 35 km de Carthage. Posteriormente, Strang trouxe à público uma carta supostamente assinada por Joseph Smith designando-o como seu sucessor legal como Presidente da Igreja. A carta estava selada e carimbada “Nauvoo, Illinois; 18 de junho de 1844”, apenas 9 dias antes do assassinato dos irmãos Smith. ²

Enquanto Young passou o resto de 1844 tentando consolidar o apoio da liderança da Igreja em Nauvoo para si e para o Quórum dos Doze Apóstolos, ele evitou atritos diretos e rupturas abertas com possíveis competidores à sucessão profética de Smith ou opositores aos Apóstolos. Sendo assim, Young negociou cautelosamente com os Apóstolos Lyman Wight, William Smith, John Page, o Segundo Bispo George Miller, o Presidente da Estaca de Nauvoo William Marks, e o único membro da Primeira Presidência sobrevivente, Sidney Rigdon. Young conseguiu um voto de aprovação de uma maioria (com pequena margem) de membros congregados numa reunião emergencial na quinta-feira, 8 de agosto, para permitir “que o Quórum dos Doze assumam a responsabilidade de administrar a Igreja e servir como a sua guardiã”. Young não conseguiu que os Doze aprovassem reorganizar a Primeira Presidência com ele a frente da Igreja, mas conseguiu assumir o controle administrativo, enquanto o controle financeiro seria dividido entre os dois Bispos Miller e Newell Whitney como Fideicomissários da Igreja.³ No mês seguinte, Young anunciou no jornal da Igreja Times and Seasons que a “Igreja não tem mais Profetas, mas tem Apóstolos”.¹

Contrastando-se a Young e seus Apóstolos, Strang abertamente cortejava o apoio de membros e de líderes da Igreja posicionando-se justamente como um novo Profeta. Poucos conheciam-no então, apenas um recém-converso à época do martírio dos irmãos Smith, mas Strang possuía o carisma de Smith de maneira que seus maiores competidores, Young e, especialmente, Rigdon, não tinham. Ademais, enquanto Young e Rigdon articulavam argumentos racionais e legalistas para assumir o controle da Igreja, Strang proclamava revelações sobrenaturais e visitações angélicas, como Smith havia feito.

Rapidamente, Young cansou-se de tolerar a presença de Strang entre seus sujeitos e, no 26 de agosto de 1844 excomungou-o da Igreja em reunião secreta¹¹, dando apenas notificação pública da excomunhão pelo jornal da Igreja Times and Seasons. Contudo, isso não impediu que Strang angariasse o apoio dos Apóstolos William Smith, John Page, e William McLellin, do Segundo Bispo (e Fideicomissário da Igreja) George Miller, do Presidente da Estaca de Nauvoo William Marks, das Testemunhas do Livro de Mórmon David Whitmer, Martin Harris, Hiram Page, e John Whitmer, e do ex-membro da Primeira Presidência John C. Bennett. Ademais, além de recrutar o apoio do único irmão sobrevivente de Joseph Smith, Strang recebeu o apoio de pracitamente toda a família Smith, incluindo da viúva Emma Hale Smith e da matrona do mormonismo Lucy Mack Smith. ¹²

James Jesse Strang (Foto por J. Atkyn, 1856, em Church History Library, Salt Lake City)

James Jesse Strang (Foto por J. Atkyn, 1856, em Church History Library, Salt Lake City)

Estabelecendo o ponto de sede e coligação central em Voree, Michigan, como Joseph Smith lhe havia profetizado, Strang reorganizou a Primeira Presidência consigo como Presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (nome que se mantém até hoje). Consolidando sua posição de “profeta, vidente, revelador, e tradutor”, Strang recontou em setembro de 1845 uma visão a alguns membros sobre placas enterradas, tal como Smith havia feito com tesouros em suas caçadas nos anos 1820 e como havia feito com as Placas de Ouro. Diferentemente de Smith, porém, Strang orientou-os a buscar, cavar, e encontrar as placas, ao invés de fazê-lo tudo sozinho. Havendo desenterrado Placas de Latão como e onde Strang teria profetizado, eles as trouxeram a ele, que prontamente traduziu um trecho e publicou como o relato e testemunho final de um antigo profeta ameríndio que profetizara sobre a restauração do evagelho e da coligação dos santos naquela região.¹³

Em poucos anos, a Igreja SUD liderada por James Strang alcançaria a mesma quantidade de membros e aderentes da qual gozava Smith em Nauvoo. Strang continuou, tal como Smith e ao contrário de Young, anunciando editos e revelações e visões à Igreja. Em 1848, Strang publicou uma visão da Ilha de Beaver, no norte do Lago Michigan, com a revelação de que lá deveriam se coligar, da mesma maneira como Smith havia revelado Independence, Missouri, como o ponto de coligação enquanto ainda em Ohio quase duas décadas antes.

[Pausa para assistir um curta documentário sobre a Ilha de Beaver, com imagens e fotos ilustrativas e uma discussão do reinado de James Jesse Strang:]

Strang não havia conhecido Smith ou participado de suas atividades em Nauvoo por tempo suficiente para conhecer as doutrinas e as práticas secretas do mormonismo. Strang, por exemplo, repudiava a prática de poligamia veementemente, além de se opor ao princípio teocrático que levou Smith a fundar o Conselho dos 50, os exércitos mórmons DanitasLegião de Nauvoo, e a ser coroado e ungido como “Rei e Presidente” do Reino de Deus na Terra. Todavia, vários membros e líderes da Igreja SUD sob Joseph Smith passaram a fazer parte da liderança da Igreja SUD sob James Strang, entre seus Apóstolos e conselheiros na Primeira Presidência, e logo conhecimento dessas inovações secretas de Smith chegaram aos ouvidos de Strang.

Subsequentemente, em 1850, Strang anunciou haver recebido as Placas de Labão, mencionadas proeminentemente no Livro de Mórmon, por revelação e ministração angélica. Sob inspiração profética, Strang as traduziria e publicaria no ano seguinte sob o título O Livro de Lei do Senhor, e de onde ele recebia instruções para organizar o Reino de Deus na Terra e, como Profeta da Igreja, ser coroado Rei assim como havia feito Smith. Prontamente, em 8 de julho de 1850, Strang foi coroado Rei do Reino de Deus em cerimônia secreta, assim como havia feito Smith, por George J. Adams, notório membro do Conselho dos 50 de Smith e testemunha ocular de ambas coroações.

A coroação de Strang não agradou a muitos dos membros da Igreja, particularmente na sua alta liderança, onde muitos já haviam entrado em conflito com Smith justamente por causa de seus excessos no controle da vida secular dos membros. Contudo, nada disso seria tão crucial quanto a descoberta, nesse mesmo ano, de que Strang já estaria praticando poligamia secretamente, como Smith o fizera.

Apesar de inicialmente condenar poligamia, chegando a excomungar John Bennett e William Smith por praticá-la ou ensiná-la, Strang começou a acostumar-se e acomodar-se com a ideia paulatinamente, até que começou a praticar poligamia com a jovem de 19 anos Elvira Eliza Field em meados de 1849. Por um ano, Strang a disfarçava de menino e a introduzia como “seu primo”, particularmente em viagens, até que tornou-se impraticável escondê-la na ilha e Strang passou a abraçar poligamia abertamente. Já desgostosos dos avanços seculares com sua coroação, muitos dos líderes proeminentes abandonaram a Igreja SUD sob Strang ao descobrir que haviam desertado outra Igreja SUD (sob Smith ou sob Young) polígama para encontrar-se na mesma situação novamente. Alguns desses líderes saíram para fundar igrejas mórmons que não tivessem as mesmas características teocráticas e polígamas das igrejas de Smith, Young, e Strang, porém a maioria permaneceu uma década desafiliada, até coalescer na restauração promovida pelo filho de Smith.

Enquanto isso, Strang começou a sofrer o mesmo atrito em Michigan com seus vizinhos não mórmons que Smith sofrera em Ohio, Missouri, e Illinois. Como sua comunidade de mórmons concentrava-se geograficamente, em sua região ela reinava demograficamente por ordens de magnitude, concentrando assim poder econômico, político, econômico e social nas mãos de um líder religioso sobre todos os indivíduos, grupos, facções, ou comunidades circunvizinhas. Assim como Smith havia feito, Strang emitia ou encomendava ordenanças e leis municipais que favorecessem mórmons, e especulava em terras e lotes de maneira a depreciar os valores imobiliários ou aumentar as dívidas imobiliárias de mórmons. Desconfiança contra mórmons rapidamente evoluiu para ressentimento, que evoluiu para ódio, e que eventualmente evoluiu para retaliações e violência contra a maioria mórmon regional, seguindo o mesmo padrão que perseguira Smith em toda sua carreira profética.

Membros da Igreja apanhavam nas ruas enquanto iam aos correios ou ao mercado, e casas de membros eram roubadas ou saqueadas na ausência dos donos. Durante as festividades do 4 de julho de 1850, uma turba agrupou-se para “expulsar ou exterminar os mórmons”, sendo debelada por tiros de canhão que Strang havia, provavelmente inspirado pela Batalha de Nauvoo, contrabandeado à ilha.

Tensões apenas aumentaram enquanto o monopólio econômico mórmons sobre a ilha se concentrava mais e mais, até que em 1852 Strang foi denunciado por traição e insurreição, em grande parte baseando-se legalmente na sua cerimônia de coroação. Smith havia sido denunciado e preso pelas mesmas acusações em 1838 em Missouri e em 1844 em Illinois. Contudo, diferentemente de Smith (que fugiu da lei em 1839 e foi assassinado sob custódia em 1844), Strang muniu-se de seu treinamento jurídico, seu carisma pessoal, e sua oratória ímpar e defendeu-se em corte com sucesso. Não apenas conseguiu escapar de condenação e inocentar-se, mas angariou notoriedade e simpatia suficiente durante o seu julgamento para conseguir eleger-se Deputado Estadual para a Legislatura de Michigan.

Antes de conseguir servir seu primeiro mandato como deputado, Strang foi impedido de tomar posse de seu cargo por uma moção parlamentar (similar ao que o Congresso Nacional faria meio século depois com o Setenta B. H. Roberts e o Apóstolo Reed Smoot), porém novamente o carisma e a oratória de Strang venceu o dia e ele consegui grandes margens favoráveis na câmara para poder tomar posse. Articulando-se bem com seus colegas congressistas, tralhando duro não apenas pelos interesses mórmons mas também pela região que representava, Strang foi amplamente elogiado por colegas e pela imprensa local, e reelegeu-se com facilidade em 1855.

Não obstante seu sucesso parlamentar, Strang acumulava inimigos. Gentios (i.e., não mórmons) na ilha continuavam sentindo-se desfavorecidos, desenfranquiados, e oprimidos pela maioria mórmon na região. Ademais, gentios que ganhavam a vida com a venda ilegal de álcool nas reservas indígenas no norte de Michigan revoltaram-se com a atuação legislativa agressiva e firme de Strang, que ao contrário de Smith e Young, era forte opositor do comércio de bebidas alcóolicas.

Dentro de seu próprio reino, Strang também gerava desafetos. Apesar de sua apologia à poligamia, Strang exibia fortes sensibilidades feministas e, além de ordenar mulheres ao sacerdócio aarônico, determinou que deveriam vestir uma espécie de calças preconizadas pelo movimento sufragista por permitir maior liberdade de movimento às mulheres. Muitos membros se ofenderam pela percepção escandalosa de modernismo feminista, e muitas mulheres se ofenderam pela imposição de vestuário. Como notamos acima, muitos membros também se ofenderam pela prática de poligamia, que apenas crescia enquanto Strang casava-se com mais 4 outras esposas.

Contudo, os maiores ressentimentos resultaram da prática disciplinar favorecida por Strang, também praticada pelos mórmons de Young em Utah, de punição corpórea a membros infratores. Violações de conduta, como adultério ou embriaguez, poderiam ser punidas tanto com excomunhão como com açoites.

Thomas Bedford foi açoitado por adultério. H. D. McCulloch foi excomungado por embriaguez. Ambos se uniram com Alexander Wentworth e J. Atkyn para vingar-se de seus humilhações públicas e arquitetaram um complô para assassinar Strang. Ao contrário de Smith, Strang recusava-sa a contratar guarda-costas ou segurança particular, mesmo ciente do complô para assassiná-lo. Assim, em junho de 1856 no meio do principal cais da capital da ilha, e em plena vista do navio de guerra USS Michigan, Strang foi encurralado pelos 4 e foi baleado 3 vezes, 2 no rosto e um no abdomen. Agonizando por 3 semanas na primeira sede da sua Igreja SUD em Voree, paralizado por uma lesão na medula dorsal e dispneico, Strang faleceu em 9 de julho aos 43 anos de idade.

O capitão do USS Michigan acolheu os assassinos como “santuário” para lhes proteger a vida, dando origem à noção prevalente na época que ele estivesse, de alguma maneira, mancomunado na conspiração para assassinar Strang. Recusando-se a entregá-los às autoridades, ele os levou até à ilha Mackinac onde foram processados em julgamento apressado e multados, cada um, em 125 centavos de dólar, recebendo após calorosas congratulações e adulações dos não-mórmons locais.

Enquanto Strang agonizava em seu leito de morte, ele recusou-se a nomear um sucessor, afirmando que este deveria ser escolhido como ela fora, através de revelação divina e visitação angélica. Impacientes e incapazes de esperar o último suspiro do profeta mórmon, gentios de Mackinac formaram uma turba e invadiram Beaver em 5 de julho e expulsaram todos os milhares de mórmons, pilhando seus pertences, tomando-lhe suas terras e casas, e forçando-os em barcos improvisados para fugir refugiados sem nada além das roupas que vestiam.

Alguns desses mórmons congregaram em Voree, porém a maioria deles espalhou-se pelo país afora, onde quer que tivessem familiares ou amigos que os pudessem acolher como refugiados, destituídos, e expatriados. Sem um líder que os pudesse orientar e direcionar, os membros se dispersaram tanto ideologica, como geograficamente.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias segue existindo até hoje, legalmente registrada sob o mesmo nome, com sede em Burlington (do qual Voree é um subúrbio atualmente), Wisconsin. Essa Igreja SUD reconhece o Livro de Mórmon e o Livro da Lei do Senhor como suas obras padrão, e goza de aproximadamente 300 membros em registro. Existem outros grupos menores, que mantém a mesma tradição e linhagem através de James Strang, mas que se separaram da igreja principal na década de 1960.

Alguns poucos membros da Igreja acabaram se encontrando em Utah e aderindo à Igreja SUD de Brigham Young após o martírio de Strang, mas a maioria acabou coalescendo no grupo que eventualmente seria legalmente organizado na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, incorporada em 6 de abril de 1860 sob a liderança de outro profeta mórmon, Joseph Smith III.


Notas
[1] Hinário SUD (1835); Hino removido a pedido de Brigham Young em 1844, citado em Quest for Empire: The Political Kingdom of God and the Council of Fifty in Mormon History por Klaus J. Hansen.
[2] A carta encontra-se nos arquivos da Universidade de Yale. A maioria dos acadêmicos julga a assinatura de Smith como falsificada, embora o conteúdo e, especialmente, seu envelope com carimbo e sêlo parecem ser autênticos.
[3] Embora majoritário, o voto foi relativamente apertado e uma grande porção pouco aquém de majoritária opunha-se à direção dos Apóstolos e de Young. A lenda urbana da “transfiguração de Brigham Young” só apareceria em relatos anotados em Utah, quase duas décadas após o evento.
[11] Strang criticou seu julgamento secreto pelos Apóstolos até pouco antes de sua morte, inclusive argumentando que o Quórum dos Doze Apóstolos não tinham autoridade para julgar a Primeira Presidência, que é a posição que ele reclamava para si (ver Gospel Herald, 17 de agosto de 1848).
[12] De acordo com testemunho de William Smith, excetuando-se as viúvas de William e Hyrum.
[13] Diferente das Placas de Ouro, Strang não escondeu as Placas de Latão ou Placas de Voree de escrutínio público, podendo ser vista e manuseada por não mórmons, inclusive sendo analisada pelo inventor da máquina de escrever Christopher Sholes. As placas desapareceram ao redor do ano 1900, tragicamente.

Referências

Bringhurst, Newell e Hamer, John (eds.), Scattering Of The Saints: Schism Within Mormonism, John Whitmer Books, 2007.

Bushman, Richard, Joseph Smith: Rough Stone Rolling, Alfred A. Knopf, 2005.

Hansen, Klaus, Quest for Empire: The Political Kingdom of God and the Council of Fifty in Mormon History, Michigan State University Press, 1967.¹

Launius, Roger, Joseph Smith III: Pragmatic Prophet, University of Illinois Press, 1995.

Launius, Roger e Thatcher, Linda (eds.), Differing Visions: Dissenters in Mormon History, University of Illinois Press, 2010.

Newell, Linda e Avary, Valeen, Mormon Enigma: Emma Hale Smith, University of Illinois Press, 1994.

Quaife, Milo, The Kingdom of Saint James: A Narrative of the Mormons, Yale University Press, 1930.

Shields, Steven, Divergent Paths of the Restoration: A History of the Latter Day Saint Movement, Restoration Research, 2001.

Speek, Vickie, God Has Made Us a Kingdom: James Strang and the Midwest Mormons, Signature Books,  2006.

7 comentários sobre “Profetas Mórmons: James Jesse Strang

  1. Esta série é muito bacana, quanto coisa se aprende sobre o próprio Smith apenas observando seus supostos sucessores. Parabéns vozes.

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