Por Que Religião é Mais do Que Crença — Uma Defesa do Mormonismo Cultural

Matthew Bowman

Há muitos termos para se referir a pessoas que frequentam as reuniões d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mas dizem nāo acreditar em todos seus ensinamentos. “Mórmon cultural” é um deles. “Hipócrita” é outro. Em ambos os casos, porém, a suposição é que participar sem crer requer adendos. Ou, em outras palavras, supõe-se que crer seja a verdadeira essência do que significa ser religioso.

De certa forma, os membros da Igreja foram ensinados essa lição pela Suprema Corte dos EUA. Em 1879, o tribunal proferiu uma decisão no caso George Reynolds. Ele era secretário de Brigham Young e o homem que os líderes da Igreja escolheram para ser o caso teste para ver se o tribunal concordaria que a Primeira Emenda protegia a prática da poligamia.

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Em Comunidades Polígamas, Raízes Profundas de Desconfiança Definem Hesitação Para Com Vacinas

Cristina Rosetti

Desde o início da pandemia do COVID-19, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, comumente conhecida como Igreja Mórmon ou Igreja SUD, seguiu as diretrizes do governo para proteger os membros de sua comunidade religiosa. Em 25 de março de 2020, a igreja fechou seus templos e incentivou membros a usarem máscaras. Líderes elogiaram a vacinação, a qual o presidente da Igreja Russel M. Nelson, cirurgião aposentado, chamou de “enviada literalmente de Deus“. Ele e outros membros seniores foram vacinados, convocando os membros da igreja a seguirem seu exemplo.

Mórmons fundamentalistas
Jovens da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, originalmente sediada na fronteira entre os estados de Utah e Arizona. A Igreja FSUD constitui apenas um dos diversos grupos que praticam o casamento plural no oeste dos Estados Unidos. | Imagem: Cortesia de Stephanie Sinclair, New York Times

Ramos fundamentalistas do mormonismo, entretanto – grupos que começaram a se separar da igreja SUD depois que ela encerrou a prática institucionalmente sancionada da poligamia em 1904 – tomaram um caminho diferente. Muitos fundamentalistas se recusaram a tomar a vacina e buscaram terapias alternativas, incluindo o controverso uso de ivermectina, medicamento comumente prescrito para o tratamento de parasitas intestinais.

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Entrevista com Maurício Berger e Seguidores

“Não estou afirmando nada”, diz Maurício Berger quando questionado se considera ser a reencarnação de Joseph Smith, doutrina que vinha sendo pregada abertamente por muitos de seus seguidores meses antes da entrevista.

O gaúcho Mauricio Berger diz haver traduzido a parte selada das Placas de Mórmon. Ele lidera hoje um novo movimento religioso restauracionista.

O Livro Selado de Mórmon, os anjos Rafael e Morôni, poligamia, reencarnação e a busca pela unificação de todos os santos dos últimos dias são alguns dos temas tratados nesta entrevista concedida por Maurício Berger e seus associados a Emanuel Santana. Em suas respostas, podemos ver o retrato de um jovem movimento religioso ainda em construção, com todas as suas inseguranças e convicções. Continuar lendo

Revelação a Newel K. Whitney Através de Joseph, o Vidente (1842)

Um ano antes de ditar a revelação sobre “pluralidade de esposas”, a qual viria a ser canonizada décadas após sua morte como a seção 132 de Doutrina & Convênios, Joseph Smith recebeu uma revelação em que o Senhor instruia seu futuro sogro sobre como realizar o casamento de sua filha ao Profeta.

Sarah Ann Whitney, em Utah. Em 1842, Sarah Ann Whitney foi selada a Joseph Smith em cerimônia oficiada por seu pai, e tendo sua mãe como testemunha. O ritual foi prescrito em uma revelação recebida por Joseph Smith | Imagem: Cortesia de Batsheba W. Bigler Smith Photograph Collection, circa 1865-1900, Biblioteca de Historia da Igreja, Salt Lake City.

Em 25 de julho de 1842, Joseph Smith Jr. ditou a Newel K. Whitney uma revelação sobre a cerimônia na qual Whitney lhe daria sua filha, Sarah Ann Whitney, em casamento.

A revelação foi publicada pela primeira vez este ano pelo Projeto Joseph Smith Papers, reconhecido projeto documental do Departamento Histórico d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e faz parte do seu mais recente volume de documentos, cobrindo o tumultuado período entre maio e agosto de 1842.

De acordo com os editores, a revelação, antes inacessível ao público, traz “as únicas instruções existentes do período de vida de [Joseph Smith] para a realização de uma cerimônia de casamento plural”.

A cerimônia prescrita difere grandemente dos rituais de selamento documentados ou em uso n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. 

Com então 17 anos, Sarah Ann era a filha mais velha dos comerciantes Newel Kimbal Whitney e Elizabeth Ann Smith Whitney. Tal como Sidney Rigdon, os Whitneys eram oriundos do movimento restauracionista campbellita.

A relação entre Joseph Smith e o casal era tão próxima que o Profeta Mórmon e sua esposa Emma viveram na “loja branca” dos Whitneys entre 1832 e 1836, mesmo prédio onde foi estabelecida a Escola dos Profetas em 1833. Os rituais iniciados naqueles anos em Kirtland seriam expandidos em Nauvoo, onde os Whitneys não seriam menos fieis a Smith.

Em 1831, após sua coversão ao mormonismo, Newel Whitney foi ordenado como bispo. No enclave mórmon de Illinois, Elizabeth Whitney tornar-se-ia a segunda conselheira de Emma Smith na Sociedade Feminina de Socorro, organizada em abril de 1842. No mês seguinte, Newel Whitney tomaria parte do pequeno grupo a receber a primeira administração dos rituais templários da investidura.

Com os mesmo rituais conferidos a mulheres, no ano seguinte, ambos os Whitneys passariam a fazer parte do Quórum dos Ungidos. Durante o último ano de vida de Joseph Smith, o bispo Whitney ainda faria parte do seu conselho teocrático, o chamado Conselho dos Cinquenta.

Autoridade patriarcal e laços dinásticos

Nesta revelação de julho de 1842, Newel K. Whitney é ordenado a afetuar a cerimônia não apenas “em nome de Jesus Cristo”, prática costumeira nos rituais mórmons, mas também em seu próprio nome, em nome de sua esposa, Elizabeth, e em nome dos seus “Progenitores”.

A autoridade sacerdotal de Newel Whitney, no texto ditado por Smith, é um “direito de nascença” e remete àquela dos antigos patriarcas bíblicos. O texto menciona o “Santo Melquisedeque Jetro”. Há tambem a menção a um futuro rei Davi.

As instruções ditadas por Smith prometem a Whitney “honra e imortalidade e vida eterna a toda tua casa”, revelando um aspecto dinástico do casamento entre Sarah e Joseph: sua união seria a união das duas familias, com os Whitneys ligados ao Profeta da sétima dispensação do evangelho “de geração a geração”.

Vendo a si como um elo entre deuses e mortais, Joseph Smith encabeçava em Nauvoo um reino familiar, do qual deveria fazer parte todo homem ou mulher que desejasse a glória celestial. Acima da Igreja pública, Smith iniciara o estabelecimento de uma Igreja secreta, construída a partir de uma teologia revolucionária, que ainda lhe custaria a aprovação de grande parte dos santos dos últimos dias.

Original perdido

O manuscrito original da revelação aparentemente não pode ser encontrado. Sobrevivem no acervo da Igreja dois manuscritos, em caligrafia não identificada.

Em 1912, o membro do Quórum dos Doze, e sobrinho de Sarah Ann, Orson F. Whitney transcreveu uma cópia manuscrita da revelação, de posse de seu pai, Horace Whitney. O apóstolo datilografou o texto e enviou sua nova cópia ao Presidente da Igreja, Joseph F. Smith. Orson F. Whitney acreditava que Horace havia recebido o texto diretamente de seu pai, Newel K. Whitney.

A revelação

Quarta-feira, 27 de julho de 1842

Em verdade assim diz o Senhor ao meu servo N[ewel] K. Whitney[:] aquilo que meu servo Joseph Smith fez conhecer a ti e à tua família e a respeito do qual concordaste é correto aos meus olhos e será coroado sobre suas cabeças com honra e imortalidade e vida eterna a toda tua casa, tanto jovem como velho, por causa da linhagem do meu Sacerdócio, diz o Senhor. [E]stará sobre ti e sobre teus Filhos depois de ti, de geração a geração em virtude da promessa Sagrada que agora faço a ti, diz o Senhor. Estas são as palavras que deves pronunciar ao meu servo Joseph e à tua Filha S[arah] A[nn] Whitney: eles devem tomar um ao outro pela mão e tu dirás [“]ambos concordam mutuamente – chamando-os pelo nome – em ser companheiros um do outro, por quanto vivam, preservando-se um para o outro, e de todos os outros e também ao longo da eternidade, reservando apenas aqueles direitos que foram dados ao meu Servo Joseph por revelação e mandamento e por Autoridade legal em tempos passados. Se ambos concordam em fazer o convênio e fazer isto, então dou S. A. Whitney, minha Filha, a Joseph Smith para ser sua esposa, para observar todos os direitos entre ambos que pertencem a essa condição. Eu faço isso em meu próprio nome e em nome da minha esposa, tua mãe, e <em> nome de meus sagrados Progenitores, pelo direito de nascença que é do Sacerdócio, revestido em mim por revelação e mandamento e promessa do Deus vivo obtida pelo Santo Melquisedeque Jetro e outros Santos Pais, comandando todos esses poderes para se concentrarem em ti e, por meio de ti, à tua posteridade para sempre. Estas coisas eu faço em nome do Senhor Jesus Cristo, que através desta ordem ele possa ser glorificado e que através do poder de unção Davi possa reinar como Rei sobre Israel, o qual será doravante revelado. Que imortalidade e vida eterna sejam a partir daqui seladas sobre suas cabeças para sempre e sempre[“]. 

Precauções

Três semanas após a cerimônia secreta, Joseph Smith escreveu uma carta ao casal Whitney, sem nomear Sarah Ann explicitamente. A correspondência não apenas oferece uma perspectiva sobre os sentimentos de Smith, mas também sobre o receio por sua vida e harmonia familiar com sua primeira esposa.

“[M]eus sentimentos são tão fortes por você[s] desde o que transcorreu entre nós, que o tempo da minha ausência [longe] de você[s] parece tão longo e sombrio”, escreveu o Profeta. Escondendo-se das autoridades policiais na casa de Carlos Granger, um não mórmon, Smith suplicava: “se vocês três viessem para me ver (…) isso me daria grande alívio”, afirmando necessitar do socorro “daqueles que me amam” no momento de solidão. Ele reiterava na carta a promessa de dar aos três “a plenitude de minhas bençãos seladas sobre suas cabeças”.

Duas precauções, no entanto, eram requisitadas por Smith: eles não deveriam visitá-lo quando Emma Smith estivesse presente, e a carta deveria ser queimada – instrução que os Whitneys evidentemente não seguiram.

Bênçãos

A união eterna almejada por Smith não considerava muitas diferenças entre o material e o divino. No dia 06 de setembro seguinte ao casamento, Smith deu a Sarah Ann Whitney a escritura de uma propriedade no Condado de Hancock, em documento autenticado pelo pai da jovem esposa plural.

Em 1843, no dia seguinte ao seu décimo-oitavo aniversário, Sarah Ann recebeu de Joseph Smith uma bênção por imposição de mãos, na qual suplicava a Deus para “coroá-la com um diadema de glória nos mundos Eternos”. A Sarah cabia permanecer no “convênio eterno” solenizado entre o casal. O vínculo eterno com a família Whitney é referido uma vez mais: Smith assegurava que “a casa de seu Pai será salva na mesma glória Eterna”. 

Um década de casamentos plurais

Sarah Ann foi descrita como uma das “estrelas guias” das jovens de Nauvoo, segundo sua amiga, Helen Mar Kimball. Ainda que alguns a considerassem “orgulhosa e um tanto excêntrica”, Sarah Ann era, na opinião de Helen Mar, “uma menina com a mente mais pura (…) e temente a Deus”. Helen Mar Kimball foi também selada a Joseph Smith aos 14 anos, em 1843, mesmo ano em que descobriu sobre o matrimônio de Sarah Ann. [1]

No ano em que desposou Sarah Ann Whitney, Joseph Smith vinha praticando casamentos plurais há, no mínimo, uma década, ainda que não tivesse plenamente desenvolvido a ideia de um poder selador que tornasse relacionamentos familiares válidos após a ressurreição.

Introduzindo o princípio do casamento plural sempre de maneira individual e secreta a alguns de seus seguidores, Smith negava publicamente a prática.

Um casamento para encobrir o casamento

Um dos subterfúgios usados por Joseph Smith para ocultar seus matrimônios plurais, protegendo a si e algumas de suas esposas dos olhos “gentios” e do restante da Igreja, eram novos casamentos públicos. Nove meses após ser selada ao Profeta, Sarah Ann Whitney (Smith) casou-se com Joseph C. Kingsbury, em cerimônia civil conduzida pelo próprio Smith. [2] No mês anterior, Joseph Smith havia conferido a Kingsbury uma bênção patriarcal em que prometia que sua esposa Caroline Whitney Kingsbury, falecida, estaria novamente com ele na primeira ressurreição.

Posteridade eterna?

Na divisora revelação de julho de 1843, Deus afirmava, por intermédio de Joseph Smith, que esposas lhe eram “dadas para multiplicar e encher a Terra” e “gerar as almas dos homens” (Doutrina & Convênios 132:63). A furtividade e muito provável baixa frequência de encontros íntimos com suas esposas plurais parecem não ter ajudado Joseph Smith a cumprir em vida um dos propósitos designados para o casamento celestial. E certamente, ele não esperava, e muito menos desejava, encerrar sua carreira profética nas mãos de assassinos, aos 39 anos.

Sarah Ann Whitney não teve filhos com Joseph Kingsbury e seu casamento foi dissolvido após o martírio dos irmãos Smith. Em 17 de março de 1845, Sarah Ann foi selada “para o tempo” ao apóstolo Heber C. Kimball, com quem viria a conceber sete filhos. Na teologia ensinada por Joseph Smith aos seus seguidores mais próximos, essas sete crianças seriam parte da sua posteridade com Sarah Ann Whitney.


Notas

1. Helen Mar Kimball Whitney, “Scenes in Nauvoo after the Martyrdom,” Woman’s Exponent, 1 Mar. 1883, 11:146.  Trechos citados na introdução histórica à revelação, no Projeto Joseph Smith Papers. 

Helen Mar Kimball reconta sua experiência como a esposa plural mais jovem de Joseph Smith em seus diários. Whitney, Helen Mar Kimball (2003), Compton, Todd M.; Hatch, Charles (eds.), A Widow’s Tale: the 1884-1896 Diaries of Helen Mar Whitney, Logan, UT: Utah State University Press.

Depos do assassinato de Joseph Smith, em 1844, Helen Mar casou-se com o irmão mais velho de Sarah Ann, Horace Whitney.

2. Após a revelação sobre a “lei do sacerdócio” ou “pluralidade de esposas” ter sido ditada por Joseph Smith, a pedido de seu irmão, Hyrum Smith, em 12 de julho de 1843, o texto foi mostrado a Emma Smith e a diversas autoridades eclesiásticas em Nauvoo. De acordo com o secretário particular de Joseph Smith, William Clayton, Newel K. Whitney pediu a Joseph C. Kingsbury para copiar o manuscrito. A cópia feita por Kingsbury foi levada pelos santos em seu êxodo rumo ao oeste, e foi a fonte para a publicação da mesma revelação no jornal Deseret News em 14 de setembro de 1852.

Poligamia — Necessária Para Exaltação?

Poligamia é, historicamente, um dos fatores mais formativos e impactantes para a formação, tanto da Igreja Mórmon, como de toda cultura mórmon.

“Isso não é necessário para a minha exaltação.”

Com essa afirmação, contudo, muitos mórmons evitam discutir assuntos sobre sua própria história, ou mesmo sobre a teologia ou a doutrina mórmon, e até mesmo sobre eventos atuais.

Capa do livro ‘Fastasmas da Poligamia: Assombrando os Corações e o Céu de Mulheres e Homens Mórmons’ de Carol Lynn Pearson, que explora a ansiedade de mulheres mórmons contemporâneas com o conceito de poligamia na vida após a morte

Independente de que cada membro da Igreja, individualmente, opte por ignorar sua história ou teologia ou cultura, seria poligamia um princípio “necessário para exaltação” na fé mórmon?

O que disseram Profetas e Apóstolos da Igreja SUD a respeito disso? Continuar lendo

Poligamia é Moralmente Aceitável Para 17%

Poligamia é considerada “moralmente aceitável” por 17% dos americanos, o maior índice registrado desde 2003. O resultado é da Pesquisa sobre Valores e Crenças do Instituto Gallup, realizada em maio passado.

Mórmons poligamistas. Mórmons fundamentalistas.

Janelle, Christine, Kody, Meri e Robyn Brown. (Imagem: TLC)

Em 2016, o percentual havia sido de 14%. No primeiro ano em que a pergunta sobre poligamia foi incluída, em 2003, o arranjo matrimonial foi considerado moralmente aceitável por apenas 7% dos entrevistados. Continuar lendo

Historiadora Lança Novo Livro Sobre Poligamia Mórmon

Por que mulheres mórmons no século 19 aceitavam e defendiam a prática da poligamia, tida pela sociedade ocidental como uma perversão? Como essa sujeição se harmonizava com suas ideais de sufrágio universal e autonomia feminina?

Essas são algumas das questões abordadas pela historidora Laurel Thatcher Ulrich em seu novo livro, A House Full of Females: Plural Marriage and Women’s Rights in Early Mormonism, 1835-1870 (Uma Casa Cheia de Mulheres: Casamento Plural e Direitos das Mulheres nos Primórdios do Mormonismo, 1835-1870).

historiadora poligamia mórmon

Laurel Thatcher Ulrich examina uma colcha antiga. Foto: Erik Jacobs | Universidade de Utah

O título Uma Casa Cheia de Mulheres faz referência a uma entrada do diário de Wilford Woodruff, durante uma visita à Igreja, quando ele vê a Sociedade de Socorro local, presidida por sua esposa, costurando e fazendo colchas. A observação chamou a atenção da autora por sugerir o contraste entre a submissão das mulheres à ordem patriarcal e o ativismo feminino mórmon. Em 1870, Utah foi o segundo estado americano a garantir o direito de voto das mulheres, meio século antes do voto feminino ser garantido por uma emenda constitucional. Continuar lendo

Mórmons se Opõem a Descriminalizar Poligamia

Pesquisa de opinião pública entre eleitores no estado de Utah revela que a maioria crê que poligamia não deve ser descriminalizada.

Capa do livro 'Fastasmas da Poligamia: Assombrando os Corações e o Céu de Mulheres e Homens Mórmons

Capa do livro “Fastasmas da Poligamia: Assombrando os Corações e o Céu de Mulheres e Homens Mórmons”, que explora a persistente presença do tema na teologia mórmon

A pesquisa, encomendada pelo jornal The Salt Lake Tribune e o Instituto Hinckley de Ciências Políticas, e conduzida pela firma Dan Jones & Associates, determinou que Continuar lendo

Profetas Mórmons: Gladden Bishop

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: Gladden Bishop. Continuar lendo

Profetas Mórmons: William Bickerton

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: William Bickerton. Continuar lendo

Profetas Mórmons: James Jesse Strang

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: James Jesse Strang. Continuar lendo

Profetas Mórmons: James Harmston

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Antonio_Balestra_-_Prophet_Isaiah

Profeta Isaías, de Antonio Balestro

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá James Harmston.

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Profetas Mórmons: Joseph Smith III

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: Joseph Smith III. Continuar lendo

Mulheres Mórmons Temem Poligamia Eterna

Estudo demonstra que mulheres mórmons, membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sofrem na atualidade com a perspectiva de poligamia na vida pós-mortal.

O estudo, conduzido pela pesquisadora Carol Lynn Pearson, ouviu de mais de 8 mil respondentes mórmons que apenas Continuar lendo

Mentiras Sobre Poligamia

Um vídeo explicando poligamia para o público geral publicado na semana passada está rodando as redes sociais de mórmons.

podcast 03 a

O bispo Ira Eldredge e suas esposas Nancy Black, Hanna Mariah Savage e Helwig Marie Anderson, circa 1864. | Fotografia colorizada. Imagem: cortesia de WikiCommons.

Contudo, o vídeo inteiro é recheado de mentiras e mitos populares. Continuar lendo