Manual SUD Distorce Palavras de Spencer Kimball

O manual dominical da Igreja SUD Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, publicado em 2006, distorce as palavras do Profeta para deixá-las mais palatáveis à uma audiência atual.

Spencer W. Kimball, Presidente d´A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (1973-1985) e Apóstolo (1943-1973)

Spencer W. Kimball, 12o Presidente d´A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pregou contra homossexualidade na Conferência Geral de outubro de 1980 com essas palavras:

“A ímpia transgressão da homossexualidade ou está crescendo rapidamente ou tolerância está permitindo-a maior publicidade. Se alguém tiver tais desejos e tendências, ele deve sobrepujá-los da mesma forma que se tivesse fortes impulsos por carícias, fornicação ou adultério. O Senhor condena e proíbe essa prática com um vigor igual à sua condenação de adultério e outros atos sexuais semelhantes. E a Igreja excomungará tão prontamente qualquer viciado não arrependido.

Mais uma vez, ao contrário das crenças e declarações de muitas pessoas, esse pecado, assim como a fornicação, pode ser vencida e perdoada, mas somente mediante arrependimento profundo e permanente, que acarreta o abandono total e a transformação completa de pensamentos e atos. O fato de alguns governos, igrejas e inúmeras pessoas corruptas tentarem reduzir tal comportamento de ofensa criminal a privilégio pessoal não altera a natureza nem a seriedade da prática. Os homens bons, sábios e tementes a Deus de todas as partes continuam a denunciar essa prática como indigna dos filhos e filhas de Deus; e a Igreja de Cristo denuncia-a e condena-a conquanto homens e mulheres possuam corpos que possam ser maculados.

(…)

O terrível pecado homossexual permeia a história da humanidade. Muitas cidades e civilizações deixaram de existir por causa dele.”

Contudo, ao citar esse discurso no capítulo sobre Lei da Castidade, o atual manual da Igreja altera sutilmente as palavras de Kimball sem quaisquer explicações ou anotações adequadas:

“Se uma pessoa tiver desejos e tendências [homossexuais], deve sobrepujá-los da mesma forma que se tivesse fortes impulsos por carícias, fornicação ou adultério. O Senhor condena e proíbe essa prática com um vigor igual ao aplicado ao adultério e outros atos sexuais semelhantes. (…) Mais uma vez, ao contrário das crenças e declarações de muitas pessoas, essa [prática], assim como a fornicação, pode ser vencida e perdoada, mas somente mediante arrependimento profundo e permanente, que acarreta o abandono total do pecado e a transformação completa dos pensamentos e atos. O fato de alguns governos, igrejas e inúmeras pessoas corruptas tentarem reduzir tal comportamento de ofensa criminal a privilégio pessoal não altera a natureza nem a seriedade da prática. Os homens bons, sábios e tementes a Deus de todas as partes continuam a denunciar essa prática como indigna dos filhos e filhas de Deus; e a Igreja de Cristo denuncia-a e condena-a. (…) O terrível pecado homossexual permeia a história da humanidade. Muitas cidades e civilizações deixaram de existir por causa dele.”

Ignoremos, por agora, que Spencer Kimball lamuriou-se que homossexualidade estava deixando de ser uma “ofensa criminal”.

Ignoremos, por agora, o fato que historiadores até hoje nunca encontraram evidências que “cidades e civilizações deixaram de existir por causa de” homossexualidade.

Ignoremos como o manual suspeita e sorrateiramente excisa essa frase particularmente relevante à discussão em pauta: “E a Igreja excomungará tão prontamente qualquer viciado não arrependido.”

Concentremo-nos, por agora, apenas na sutil, porém profunda, alteração realizada, na surdina, da clamorosa substituição do substantivo masculino “pecado” pelo substantivo feminino “prática”. Seria essa alteração uma suavização na postura da Igreja, que ao mesmo tempo que excisa a obrigatoriedade de excomunhão, aceita que homossexualidade seja uma característica individual inata, e não uma escolha, como acreditava Kimball?


Leia mais sobre os ensinamentos de Spencer W. Kimball:

Sobre Índios

Sobre Beijos

Sobre Sexo Oral

Sobre Contraceptivos

Sobre Fraude Missionária

Sobre Mulheres Estupradas

Sobre Estudar aos Domingos

Sobre Sexo entre Pessoas Casadas

11 comentários sobre “Manual SUD Distorce Palavras de Spencer Kimball

  1. Será que só eu que fico tentando achar motivos pra ficar na igreja? Testemunho? Será que o que eu senti ao orar e perguntar a Deus a verdade dessas coisas não passou de mera autosugestão?

    Sei lá, mas na dúvida, há muito deixei de ser tão exigente comigo mesmo como a igreja espera que eu seja, nem sei mais se é verdade..

    • Saiba que você não é o único.Muitos enfrentam esses dilemas.Mas o que faço para permanecer é só viver a minha vida retendo para mim apenas o que edifica.Ter um um testemunho que a igreja é verdadeira como declarado pelo próprio Salvador é uma coisa.Agora outra coisa é sabermos o fato de que a igreja não é perfeita e nem quem está lá dentro e isso ocorre em qualquer lugar.Para mim não importa os erros de Joseph Smith ,Young, ou outros,sejam quais forem as mudanças que tenham sido feitas pelos editores ou quem quer que seja ou qualquer outra coisa.O que eu sei é que aqueles que lideram a igreja um dia irão prestar contas ao Salvador a quem pertence essa igreja,irão prestar contas de todas as formas como conduziram a igreja assim como cada um dará conta de si mesmo.Resta a mim saber conduzir minha vida no Evangelho da melhor maneira possível.

      • Criei minha forma de religiosidade, já sofri muito por estar na igreja, líderes rudes, que fizeram coisas absurdas pra mim e minha família!

        Hoje em dia sou mais light, tento fazer o bem e respeitar as pessoas, tento reter oq é bom, mas é um fato que quanto mais se pesquisa sobre a igreja mas “maluquices” se encontra! E fica dificil se manter na igreja.

      • Me afastei da igreja depois de ficar querendo achar respostas para “Reportagens e críticas”, sabe o que eu ganhei…sofrimento e tristeza. Aprendi na igreja sobre o Salvador, aprendi na igreja sobre o selamento eterno com minha família, conheci grandes amigos e descobri o poder para enfrentar a vida de cabeça erguida. Esta semana tive uma provação que venci através do Jejum, foram tantas bençãos vividas ao longo de anos na igreja. TUDO ISSO por um tempo joguei fora porque certa vez disseram que Joseph isso, Yong aquilo, as escrituras tal coisa e aos pouquinhos fui me contaminando e achando que a igreja não era o lugar certo para eu estar com minha família, então fui tentar viver sem o evangelho com o coração duro, sem sucesso. Não nasci da igreja sou membro converso, antes de me batizar pesquisei a igreja por mais de um ano, metralhei Élderes de perguntas, antes de ser membro SUD, frequentei várias congregações e denominações religiosas, até na terapia do Amor eu fui para ver se “pegava alguém interessante” 😛 aprendi a tocar atabaque em terreiro de umbanda, e por ai vai. Descobri a verdade só em um lugar, na igreja de Cristo e fui capaz de negar a verdade… nem eu sei como fiz isto, mas já voltei e to firmão!

      • Oliveira, você não precisa de aprovação ou filiação em qualquer igreja pra vver essas coisas, e tão pouco para usufruir do sacerdócio ou suas crenças sobre famílias eternas. Sinto lhe dizer, mas essa sua dependência não é saudável.

  2. Ao orar com mais intensidade antes, durante e depois da missão, minhas certezas foram clarificadas. Saí da igreja e me sinto até mais livre pra respeitar e amar meu próximo. Sem falar na liberdade em conhecer outras coisas e ser feliz genuinamente!

    • Fiquei inativo por 7 anos, decidi voltar pq sentia falta de viver minha espiritualidade, mas acho que hoje eu ainda vou a igreja por tradição mesmo (sou membro desde criança) mas a igreja parece estar tentando afastar seus membros, é shopping milionario, homofobia, envolvimento com política, etc., fora o bando de hipócrita metido a cuidar da vida alheia.

      • A saudade dá e passa. Preencho minha vida com muito estudo, museus, boas amizades, etc.

        Bem melhor que ir na igreja nos domingos e todos falando mal uns dos outros. Um horror!

        Sem falar naquelas irmãzinhas que ficam pressionando os élderes retornados a se casarem logo. E são tão infelizes em seus casamentos de conveniência. Não queria isso pra mim.

        Ouço com carinho o Côro do Tabernáculo Mórmon, mas sei que é melhor estar fora do que ser hipócrita dentro.

    • Também cheguei a essa conclusão depois de muito meditar e ler os próprios registros da igreja, e quanto mais se lê mais percebemos como esses “pseudo líderes” não tem revelação alguma, não sabem o que dizem, e só falam loucuras absurdas, sou verdadeiramente livre por ter saído de lá, não entendo como muitos sabendo disso, vendo esses absurdos ainda declaram que ela é verdadeira e única, deus me livre!

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