O governo federal dos EUA recomendou expulsar agentes policiais em uma comunidade mórmon, bem como intervenção federal sobre oficiais municipais, devido a acusações de violações de separação Estado-Igreja.

Comunidades de mórmons polígamos se concentram no sul de Utah
De acordo com promotores federais, mórmons dessa comunidade consistentemente optavam por obedecer ordens de seus líderes eclesiásticos em detrimento da Lei Constitucional, com grande prejuízo para os membros da comunidade que não pertecem à Igreja.
Entenda o caso:
“O departamento de polícia da comunidade polígama na fronteira de Utah e o Arizona está infiltrada por uma cultura enraizada de seguir ordens do líder da seita em detrimento dos direitos constitucionais dos não-crentes e deve ser dissolvida.
Agências externas, como xerifes de condado locais precisam lidar com os deveres por causa do controle profundamente enraizado dos marechais da cidade por líderes de uma seita polígama comandada pelo líder encarcerado Warren Jeffs.”
Essas recomendações são propostas como punição para as cidades após um júri em Phoenix condenou, em março, as cidades por negar moradores não-membros da Igreja acesso a serviços básicos, tais como a proteção da polícia, alvarás de construção e conexões de água encanada.
Um juiz federal definiu uma audiência de quatro dias em outubro para tratar do assunto.
Procuradores públicos dizem que remédios menos graves, tais como a atribuição de um monitor externo para o departamento, não seria suficiente para mudar a cultura. Eles dizem que 30 por cento dos marechais da cidade ao longo dos últimos 15 anos foram expulsos, incluindo quatro chefes de polícia, desde que Warren Jeffs assumiu no início dos anos 2000.
O governo também está pedindo a um juiz para atribuir um monitor independente para vigiar os funcionários municipais em Colorado City no Arizona, e Hildale em Utah, e obter acesso às atas das reuniões das cidades e demais documentos.
Richard Holm, uma testemunha do governo que deixou a seita em 2003, mas que ainda vive na área:
“É exatamente o que precisa acontecer. Trazer à luz do dia todas essas reuniões de conselho da cidade e tudo o que se passa lá, e examinar tudo com olhos abertos e independentes é muito importante.”
Sob a punição proposta pelo governo, Colorado City também iria aprovar um plano para subdividir propriedades. O atraso desse plano tem impedido Utah da reatribuição de propriedades que fazem parte de uma fundação da igreja assumida pelo Estado há mais de uma década atrás, depois de alegações de má gestão.
As cidades negaram as acusações durante o julgamento e disseram que o governo estava perseguindo funcionários da cidade apenas porque desaprova de sua religião. O advogado para Colorado City, Jeff Matura, afirmou que nenhum oficial da cidade foi expulso das agências de policiamento dos estados de Utah ou do Arizona há pelo menos oito anos.
O julgamento marcou um dos esforços mais ousados por parte do governo para enfrentar o que os críticos têm, há muito tempo, chamado de regime corrupto nas duas cidades. O julgamento de sete semanas ofereceu um raro vislumbre das comunidades que durante anos foram envoltas em segredo e são desconfiados do governo e de forasteiros.
Como parte de um acordo de US$ 1,6 milhões, nove pessoas das comunidades receberão cada um US$ 173.000. As cidades e sua companhia de água também irã cadaum pagar uma penalidade civil US$ 55.000.
As cidades foram acusadas de seguir ordens de A Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Onze membros da igreja estão enfrentando acusações de fraude e lavagem de dinheiro e de orquestrar um esquema de cupons de alimentação de milhões de dólares que desviou valores de benefícios federais em pelo menos US$ 12 milhões. Os réus, que incluem o líder de alto escalão Lyle Jeffs, se declararam inocentes.
Durante o julgamento , o Departamento de Justiça afirmou que os funcionários da cidade assistiam o líder do grupo enquanto ele era um fugitivo e recebia ordens de líderes da igreja sobre quem nomear para cargos no governo.
Eles afirmam que a polícia local ignorou o esquema de fraude de vale-refeição e os casamentos entre homens e noivas menores de idade.
Explica o promotor público:
“Dada esta determinada resistência enraizada há décadas para garantir que os seus agentes de aplicação da lei adiram ao Estado de direito, nenhuma medida aquém de dissolução tem uma chance realista de levar os serviços de policiamento dos réus em harmonia com a Constituição.”
Coincidentemente, essas foram as exatas mesmas acusações que atormentavam Joseph Smith, forçando-o a fugir da justiça de Ohio em 1838, a ser preso e fugir da cadeia de Missouri em 1839, e a ser preso e assassinado em Illinois em 1844: Controle religioso dos ofícios públicos municipais, discriminação contra não-membros na comunidade, fraude (em Ohio, com o ilegal Banco de Kirtland), e prática ilegal de poligamia (em Illinois).
Brigham Young continuou com as mesmas práticas de Smith, forçando o Presidente do Estados Unidos a tomar a mesma postura que os promotores públicos estão fazendo com a IFSUD hoje, exceto que, considerando números muito maiores de mórmons sob o comando de Young, ele enviou um contigente do exército norte-americano para assegurar a segurança de oficiais federais e a obediência à lei constitucional no Território de Utah.
Conseguindo fechar um acordo de última hora nos bastidores para evitar confronto armado contra tropas federais, Young e demais líderes da Igreja receberam perdão presidencial de todos os crimes federais cometidos até 1858. Não obstante, Young e sucessores persistiram nas práticas inconstitucionais citadas acima, culminando na cruzada anti-poligamia entre 1861 e 1904 que os forçou, sob pena de ruína financeira, a abandonar esses dois grandes princípios estabelecidos por Smith: Poligamia e controle político. Como explicou o então Senador Federal de Idaho, Frederick T. Dubois, em sua autobiografia:
“Aqueles de nós que compreendíamos a situação não nos opunhamos tanto à poligamia quando ao domínio político da Igreja. Sabíamos, porém, que não conseguiríamos explicar àqueles que não tinham contato direto, o que esse domínio político significava. Fizemos uso, consequentemente, da poligamia como nossa grande arma ofensiva e para arregimentar recrutas à nossa causa. Havia uma detestação universal contra poligamia, e conquanto os Mórmons a defendiam abertamente, davam-nos uma arma muito eficaz com a qual atacar.”
Considerando a persistência dessa característica por quase dois séculos até os dias atuais, parece que conflitos com autoridades federais sobre o controle político da governância local por parte de liderança eclesiástica, ancorado no princípio de obediência civil ao Profeta, e crimes constitucionais em nome do Reino de Deus, são inerentes à tradição mórmon.
O PIG a mídia golpista esta fazendo escola.Do jeito que vocês fazem a chamada e para confundir e não informar,A FLDS não são considerados mórmons.Nem eles mesmo não usam o apelido.A chamada da matéria e capciosa. Poderia ter um outro ênfase dando a entender que e a FLDS e não a LDS. Nada contra a liberdade de imprensas,mais informar corretamente e o minimo que podem fazer
Pois é, Che “gavara”. Por isso que eles se chamam de “mórmons fundamentalistas“.
Ou será que eles são “capciosos”?
Considerando que você sequer sabe escrever o nome do seu ídolo pessoal, não podemos esperar que você domine os fatos antes de emitir opiniões divorciadas da realidade.
É curioso notar que alguns mórmons de “direita” leem um artigo nosso e nos xingam de comunistas. Aí surgem alguns mórmons de “esquerda”, e nos acusam de “mídia golpista” (óbvia alusão à eminente queda da Dilma Rousseff).
Se quiséssemos inventar uma melhor ilustração de dissonância cognitiva em ação, não conseguiríamos.
O correto, se estão do lado de Jesus Cristo e da Igreja verdadeira é fazer uma chamada com o nome correto tipo: igreja fundamentalista, e não Igreja Mórmon. Isso realmente confunde os membros da Igreja que não tem muito entendimento, ou não leem toda a notícia.
Miria, Em visao profetica dos ultimos dias Nefi viu apenas duas igrejas: “E disse-me ele: Eis que não há mais do que duas igrejas; uma é a igreja do Cordeiro de Deus e a outra, a igreja do diabo; portanto, quem não pertence à igreja do Cordeiro de Deus faz parte daquela grande igreja, que é a mãe de abominações; e ela é a prostituta de toda a Terra”
Note que ele nao faz mencao de nenhuma instituicao, apenas dois grupos, um pertencendo a Igreja de Deus e o outro pertencendo a igreja do Diabo. Quando Deus olha para nos ele nao nos classifica por qual religiao ou organizacao nos pertencemos, ele simplismente olha para o nosso coracao e nossas intencoes, oque esta em nosso coracao determina a qual igreja pertencemos.