Machismo e o Sacerdócio

Restringir o Sacerdócio e os cargos de liderança da Igreja exclusivamente a homens promove um ambiente social de discriminação contra mulheres.

Você não acredita nisso?

Repare como um jovem membro da Igreja interage com uma mulher com quem ele discorda:

Machismo Sacerdócio

Mais respeito comigo viu senhora eu ainda tenho sacerdócio

Se isso não é preconceito patriarcal e discriminação contra mulheres, surgindo já na geração de jovens homens SUD, então o que é?


Uma campanha recente de mulheres membros da Igreja refere-se à luta para que mulheres possam servir de testemunhas em ordenanças religiosas SUD, como batismo ou benção de crianças. O grupo Ordene As Mulheres iniciou uma campanha para convencer membros e líderes de que mulheres deveriam poder servir de testemunhas nos batismos de seus filhos, ou nos selamentos de seus filhos, ou quando missionárias, nos batismos de seus conversos e investigadores. Na tradição SUD, apenas homens servem como testemunhas.

“Pergunte-se por quê, quando mulheres foram chamadas para servir como as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo, essas políticas atuais proíbem mulheres de se servir como testemunhas desses momentos religiosas na nossa igreja.”

A campanha inclui enviar cartões postais aos líderes da Igreja relatando seus testemunhos pessoais e suas experiências individuais como membros da Igreja excluídas desses ritos sagrados por práticas machistas.

Para maiores informações sobre a campanha, clique aqui.


Cresce, aos poucos, na Igreja SUD uma conscientização coletiva de que mulheres SUD não vêm sendo tratadas ou consideradas com a mesma igualdade de respeito e oportunidade que os homens SUD. Tais reflexões não são novas ou originais, mas o que mais impressiona no presente momento é a penetração social desta ideia. Além de uma crescente mobilização entre mulheres SUD, parece haver uma recíproca preocupação entre a liderança (exclusivamente masculina) SUD. Leia mais aqui.

A campanha ‘Vista Calças Para Sacramental’ foi organizada por um grupo de mulheres SUD ativas que, apesar de valorizar a Igreja em suas vidas, sente-se discriminadas dentro de uma cultura religiosa patriarcal. Leia mais aqui.

Estudo conduzido com 48.984 membros ativos da Igreja SUD demonstra que Mórmons estão começando a aceitar o conceito de ordenar mulheres ao Sacerdócio e abraçá-las em posições de liderança eclesiástica. Leia mais aqui.

Uma membro ativo na Igreja SUD é chamada pelo Bispo e pelo Presidente de Estaca por um comentário publicado no Facebook, e pressionada a apagá-lo. Leia mais aqui.

O Apóstolo Dallin H. Oaks acredita que mulheres são culpadas por se tornar peças vivas de “pornografia” para “tentar” os homens. Leia mais aqui.

A Igreja Mórmon promove a “cultura do estupro”? Certamente, ninguém questiona que o crime de estupro é amplamente condenado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Não obstante, a “cultura do estupro” vai muito além de meramente compactuar com esse crime violento em si. Leia mais aqui.

A psicóloga mórmon Kristy Money reage e responde ao ensaio recém publicado pela Igreja SUD sobre o tema  de mulheres e o sacerdócio. Leia mais aqui.

A Igreja Mórmon estabalece regras de vestuários bastante específicas. Além de machistas e extremistas, essas regras não parecem ser aplicadas consistentemente. Leia mais aqui.

Antropóloga Mórmon Chelsea Shields foi oradora especial na prestigiosa Conferência TED, popularmente conhecida como TED Talks. Seu discurso focalizou na sua experiência pessoal dentro da Igreja SUD, da cultura Mórmon, e de seus estudos acadêmicos em tôrno de questões de gênero e religião institucional. A cobertura de seu discurso expõe facetas interessantes do Mormonismo, além de sua percepção pelo público não Mórmon. Leia mais aqui.

16 comentários sobre “Machismo e o Sacerdócio

  1. Eu não acredito que restringir o Sacerdócio e os cargos de liderança da Igreja exclusivamente a homens promove um ambiente social de discriminação contra mulheres,sendo também que não é muito verdade dizer que os cargos de liderança são exclusivamente de homens e sim apenas o sacerdócio que é!Então onde estão as Presidentes das Moças,Primaria e Sociedade de Socorro?.Agora o tratamento em relação as mulheres,acredito que depende muito da atitude do portador do sacerdócio.Agora a atitude desse rapaz realmente não condiz com o Sacerdócio só posso lamentar.

    • há um motivo para Sociedade de Socorro, escola dominical etc serem chamados de “auxiliares”, significa que apenas auxiliam, mas não tomam decisões independentes. A história comprova que na Igreja primitiva as mulheres além de portarem o sacerdócio, possuiam cargos de liderança, inclusive apostolos mulheres.

      Há inclusive a menção de profetizas tanto no novo quanto no velho testamento, assim como Eliza Snow, em nossa dispensação, que inclusive possuía o sacerdócio.

      Restringir o sacerdócio para as mulheres é unica e exclusivamente motivação machista. Não há qualquer proibição do Senhor ao sacerdócio feminino.

  2. A BÍBLIA ERROU.

    Acontece a qualquer um. Não foi o homem que foi «criado» em primeiro lugar e depois a mulher para este se distrair.

    Primeiro, somos todos mulheres, depois é que o género muda ou não: a origem é sempre feminina como explica a biologia:

    “Por que razão os homens têm mamilos?

    Para falar de uma forma mais correcta, não são os mami­los a característica mais óbvia do peito dos homens, mas sim os círculos de pele pigmentada que se localizam em redor deles, conhecidos por aréolas (do latim areolae que significa «pequenas áreas»). A presença destes itens tão obviamente inúteis nos homens resulta da forma como os nossos corpos adquirem a sua identidade sexual quando ainda somos embriões.

    Talvez seja um facto surpreendente, mas todos os em­briões iniciam o seu desenvolvimento no útero como embriões femininos, não obstante a sua carga genética (se são femininos têm dois cromossomas X, se são masculinos têm um cromossoma X e outro Y). Todos começamos as nossas vidas como mulheres. Durante estas primeiras etapas do desenvolvimento, as células que irão formar os seios e os mamilos concentram-se na zona do peito de todos os em­briões. Contudo, se cerca de seis semanas depois da fertiliza­ção o feto é XY, um dos genes do cromossoma Y entra em acção e desencadeia a formação dos testículos.

    Por sua vez, estes produzem testosterona – uma hormona esteróide pro­duzida pelos testículos, que também emprestam parte do seu nome. Sob a influência da testosterona, o feto XY trans­forma-se num feto masculino. Sem a presença da testoste­rona, o feto continuaria a desenvolver-se como sendo feminino. (Testosterona é um exemplo de uma hormona «andrógena», do grego andro, que significa «do homem» e gerador). Contudo, mesmo sob a acção da testosterona, é já demasiado tarde para remover as células que darão origem às aréolas. É por este motivo que os homens têm mamilos.

    Em alguns casos raros, os corpos dos fetos XY não res­pondem à produção de androgénio. Os testículos formam­-se no interior do corpo e a hormona é produzida, mas o corpo ignora-a simplesmente. Este fenómeno é conhecido como Síndrome de Insensibilidade ao Androgénio. Neste caso, como todos os fetos iniciam a sua vida como femininos, o feto continua simplesmente a desenvolver-se como uma rapariga, embora geneticamente ainda seja XY.

    O Síndrome pode ser completo ou parcial, mas se for completo, a mu­lher que daí resultar pode não ser mais masculina que qual­quer outra de genes XX. Na verdade, cada mulher XX vai produzir uma certa quantidade de androgénio nos seus cor­pos que pode ter pequenos efeitos, enquanto o corpo de uma mulher XY pode não ter qualquer reacção ao androgénio. Existe, contudo, um problema para uma mulher XY: ela não poderá ter filhos.

    Nos fetos XX, os cromossomas sexuais provocam o desenvolvimento dos ovários. Estes produzem a hormona feminina estrogénio (do grego oistros, que significa «loucura» – uma referência à actividade de muitos animais durante a época de acasalamento – e gerador). O estrogénio desencadeia o desenvolvimento do útero. Na puberdade, o útero assume a sua forma adulta e renova o seu revesti­mento todos os meses, expelindo o tecido mais antigo através da menstruação.

    Uma mulher XY tem simplesmente tes­tículos internos, não ovários; consequentemente, não produz óvulos, as suas trompas de Falópio e o útero nunca se che­gam a formar, pelo que nunca poderá menstruar. Hoje em dia, é frequentemente através de um exame médico feito para determinar os motivos da ausência de menstruação que se descobre que determinada mulher é geneticamente XY. Con­tudo, para além dessa trágica consequência, ela continua a ser completamente feminina. Se no útero os corpos dos homens não reagissem à testosterona, seríamos todos mulheres. O gé­nero por defeito ê o feminino, tal como os mamilos masculi­nos tão bem atestam.”

    Podemos desculpar aos pais da Biblia não saberem biologia, é mais dificil desculpar quem não sabe que eram assim.

    Do livro “O nosso corpo – o peixe que evoluiu”, de Keith Harrison, Editorial Presença

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