Alguém se Opõe aos Profetas? Cale-se, Então!

Ontem, durante a segunda sessão da 186a Conferência Geral Semi-Anual d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos, membros da Igreja gritaram votos em oposição ao Presidente Thomas S. Monson, à Primeira Presidência e aos Doze Apóstolos pela terceira vez em dois anos.

Pelo menos 7 membros ativos da Igreja levantaram-se para votar contra Thomas Monson como Presidente da Igreja

Pelo menos 7 membros ativos da Igreja levantaram-se para votar contra Thomas Monson como Presidente da Igreja, em abril de 2015.

Henry Eyring ignorou, como Dieter Uchtdorf havia feito na última conferência há seis meses, os votos dos membros da Igreja em dissensão aos chamados dos Profetas e Apóstolos. Eyring, visivelmente irritado, encurtava a oportunidade para o(s) membro(s) que estava(m) gritando “oposto” ao alongar demais ou reduzir a pausa para que se manifestassem. Ao final do voto de apoios, simplesmente declarou os votos “anotados” e “convidou”: Continuar lendo

Melvin Ballard: Hitler Guiado por Deus

O Apóstolo Melvin J. Ballard explicou que Adolf Hitler serviu como um instrumento divino inspirado por Deus para perseguir os judeus, em discurso na Conferência Geral anual de abril de 1938.

Melvin Joseph Ballard, Apóstolo da Igreja SUD (1919-1939), avô do Apóstolo M. Russell Ballard.

Melvin Joseph Ballard, Apóstolo da Igreja SUD (1919-1939), avô do Apóstolo M. Russell Ballard.

Em um discurso recheado de alusões racistas à supremacia racial branca¹, imperialismo ocidental², e  justificações dos genocídios de ameríndios e judeus, Ballard presta seu testemunho que Deus orquestrou essas condições raciais, estrutras sociais, e até as tragédias em larga escala para fazer cumprir Seus propósitos.

Eis o discurso em sua íntegra (ênfases nossas):

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Feliz Dia do Internauta!

A Internet celebra hoje 25 anos de existência, tendo sido aberta ao público em 23 de agosto de 1991.

O protocolo básico para a rede mundial eletrônica interconectada foi desenvolvido por cientistas do laboratório europeu CERN durante os anos de 1989 e 1991, sendo  lançado pela primeira vez (i..e, o primeiro endereço eletrônico) em 6 de agosto de 1991 pelo seu principal idealizador, o inglês Sir Timothy John Berners-Lee.

O “inventor” da internet, Sir Timothy John Berners-Lee

Inicialmente criada e lançada para facilitar comunicação entre cientistas dos principais laboratórios mundiais de pesquisa, a internet realmente assumiu a forma utilitária que viria a mudar o mundo com a realização de Berners-Lee de protocolos de hipertexto e controle de trasmissão, além de sua visionária proposta de manter os códigos abertos para permitir a livre, desimpedida e irrefreável troca de informações.

A invenção de Berners-Lee para sempre mudou o mundo, inclusive o do mormonismo. Continuar lendo

Profetas Mórmons: Pauline Hancock

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

profetisa mórmon

Hulda, de Elspeth Young.

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá Pauline Hancock.

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Brigham Young: Como Lidar com Apóstatas

O Presidente Brigham Young explicou como membros afastados ou inativos devem ser tratados dentro de comunidades predominantemente mórmons, em discurso no Tabernáculo em 27 de março de 1853.

"Eu posso cagar um profeta melhor e peidar revelações melhores" -- Brigham Young

Dentro do contexto histórico, os mórmons haviam se assentado no deserto da região de Utah havia pouco mais de 5 anos apenas, e Young estava dirigindo sua diatribe a mórmons que acreditavam que Young não deveria ter sido o sucessor profético de Joseph Smith, mas sim um homem chamado Francis Gladden Bishop. Young os chama, sarcasticamente, de “gladdenitas” e ameaça-los do púlpito com violência e turbas mórmons como retaliação por sua “apostasia”, sob aclamação e aplausos dos presentes.

Eis o discurso em sua íntegra (ênfases nossas): Continuar lendo

Profetas Mórmons: Gladden Bishop

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: Gladden Bishop. Continuar lendo

Profetas Mórmons: William Bickerton

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: William Bickerton. Continuar lendo

Profetas Mórmons: Warren Jeffs

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Antonio_Balestra_-_Prophet_Isaiah

Profeta Isaías, de Antonio Balestro

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá Warren Jeffs.

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Profetas Mórmons: James Jesse Strang

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: James Jesse Strang. Continuar lendo

Profetas Mórmons: Joseph Smith III

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”¹

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

Detalhe de O Profeta Isaías, por Michelangelo (Mural na Capela Cistina)

Detalhe de O Profeta Isaías por Michelangelo (afresco no teto da Capela Sistina)

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá: Joseph Smith III. Continuar lendo

História Mórmon Não Ocorreu Como Ensinada Pela Igreja

Há poucos dias, publicamos a declaração do historiador e apologista Richard Bushman sobre a narrativa oficial da história mórmon não ser verdadeira.

Patriarca e ex-Presidente de Estaca, Editor para a Igreja SUD, e historiador biógrafo de Joseph Smith, Richard Lyman Bushman

Em um serão informal, ele havia sido questionado se acreditava haver espaço no mormonismo para diferentes narrativas históricas ou se a Igreja SUD manter-se-ia atrelada à sua atual narrativa oficial. Bushman respondeu (ênfase nossa):

Eu acho que para a Igreja permanecer forte, ela tem que reconstruir sua narrativa. A narrativa dominante não é verdade. Ela não pode ser sustentada. Assim, a igreja tem que absorver toda essa nova informação [histórica], ou ela vai se basear numa fundação instável, e é isso que ela está tentando fazer. E vai ser uma pressão para um monte de gente, para pessoas mais velhas especialmente, mas eu acho que tem que mudar.

Apesar da tendência recente em publicar fontes antes pouco acessíveis ou mesmo secretas, bem como incluir informações e narrativas que haviam sido marginalizadas em sua história, e até mesmo retirar uma mentira histórica de suas escrituras, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ainda sustenta e promove algumas narrativas que beiram o ficcional, distorce fatos a fim de adequá-los às suas práticas e doutrinas atuais, e falha grosseiramente em disponibilizar novas informações históricas ao seu público interno. Nesse sentido, a “narrativa dominante” na Igreja, como afirma Bushman, não é verdadeira.

Tal constatação absolutamente não implica em desacreditar ou deixar de acreditar em conceitos subjetivos e abstratos que constituem a fé religiosa em geral, ou a fé mórmon em específico. Não obstante, devido a leituras deficientes e/ou ao desejo de confirmar suas próprias crenças (acerca do mormonismo, ou de Bushman, ou destas Vozes Mórmons), alguns erroneamente atribuíram (a Bushman ou a este site) essa conclusão de natureza espiritual.

Richard Bushman publicou, há dois dias, uma nota em que reafirma suas crenças pessoais no chamado profético de Joseph Smith e nos eventos sobrenaturais por ele narrados, refutando a conclusão infundada e débil de que teria “perdido seu testemunho”.

Eis a nota, traduzida na íntegra (ênfases e links nossos): Continuar lendo

Harold Lee: Mórmons Não Devem Questionar

O Profeta Harold B. Lee, Presidente da Igreja SUD na década de 1970, ensinou que membros da Igreja não devem pensar por si mesmos ou ter suas próprias opiniões.

Harold Bingham Lee, Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias entre 1972 e 1973, Conselheiro na Primeira Presidência entre 1970 e 1972, e Apóstolo entre 1941 e 1970.

A atual liderança da Igreja amplamente endossa esse ensinamento de Lee, a julgar pela sua inclusão em seu manual oficial curricular. Para Lee, e por extensão para a Igreja do século 21, membros não precisam ler ou pensar em nada exceto “ouvir e obedecer”. Inclusive, membros sequer precisam ler as escrituras, desde que ouçam e obedeçam:

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Manual da Igreja Distorce Profeta

O manual oficial da Igreja SUD Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Lorenzo Snow inclui uma citação do referido profeta em seu capítulo 12 sobre dízimo.

Lorenzo Snow, Profeta e Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (1898-1901), Conselheiro na Primeira Presidência (1873-1877), e Apóstolo (1849-1898).

A citação, contudo, foi distorcida para passar uma impressão distinta de seu conteúdo original, supostamente para adequar-se melhor à lição no século 21 sobre a obrigatoriedade de se pagar dízimos.

Lê-se no manual:

“Rogo-lhes em nome do Senhor, e oro que todo homem, mulher e criança (…) pague um décimo de seus rendimentos como dízimo.18

Leitores atentos notarão que a citação é referenciada à nota de rodapé de número 18, onde descobrirão a sua fonte original:

“Conference Report, outubro de 1899, p. 28.”

Ao se procurar a fonte original, nota-se que a citação vem de um discurso do profeta Lorenzo Snow proferido na Conferência Geral Semi-anual de Outubro de 1899. Nota-se, também, que o trecho citado inclui uma cláusula que a qualifica clara e distintamente (ênfases nossas): Continuar lendo

Seminário Ensinará Origem Divina do Banimento de Negros

A mais recente publicação oficial para o ensino de adolescentes mórmons classifica a exclusão de negros do sacerdócio e das ordenanças do templo como uma lei temporária inspirada divinamente.

negros mórmons racismo seminário

Amanda e Samuel Chambers, conversos mórmons ainda no Mississippi pré-guerra, chegaram a Salt Lake City em 1870.

O novo manual para professores do Seminário sugere que os alunos situem o banimento racial mórmon (1852-1978) na mesma categoria de outras práticas e eventos, como a redução da idade para jovens saírem em missão, anunciada em 2012, e a realização de reuniões de jejum e testemunho às quintas-feiras, antes de 1896.

O novo manual do Seminário,  Continuar lendo

Alexander Morrison: Igreja Nunca Foi Racista

A Autoridade Geral da Igreja SUD Alexander B. Morrison, membro do Primeiro Quórum de Setenta, celebrou o fato que a Igreja sempre foi contra o racismo em toda sua história!

Em interessante artigo para a revista oficial mensal da Igreja Mórmon sobre tolerância racial e transnacional, Morrison exalta a Igreja pelo excepcional exemplo moral do seu passado histórico de nunca haver caído na tentação humana do preconceito racial: Continuar lendo