W. Paul Reeve: Redescobrindo os Primeiros Conversos Negros do Mormonismo

“É impossível policiar as fronteiras raciais”, afirma o historiador W. Paul Reeve. Professor da Universidade de Utah, Reeve coordena desde 2018 o projeto Century of Black Mormons (Século dos Mórmons Negros), uma base de dados digital que busca documentar a história de mórmons negros durante o primeiro século de existência do movimento religioso fundado por Joseph Smith.

W. Paul Reeve, professor da Universidade de Utah | Imagem: Cortesia de Daily Utah Chronicle.

Nesta entrevista exclusiva ao Vozes Mórmons, Reeve fala sobre sua jornada acadêmica para entender o passado racial dos santos dos últimos dias e os principais desenvolvimentos da historiografia sobre o passado racial mórmon nas últimas quatro décadas. Segundo ele, houve “três fases” de politicas raciais na Igreja SUD, fato que, observa, muitos de seus membros infelizmente desconhecem.

Reeve também pondera sobre a influência dos ensinamentos raciais passados sobre o mormonismo atual: “a Igreja”, ele afirma, “passou mais de 130 anos ensinando doutrinas e políticas raciais, mas não investiu a mesma energia para corrigir esses ensinamentos”. O historiador ainda lista as seis justificativas mais comuns entre membros SUD que reforçam a ideia de “inocência branca” durante o período da segregação racial mórmon, entre 1852 e 1978. Continuar lendo

Revelação a Newel K. Whitney Através de Joseph, o Vidente (1842)

Um ano antes de ditar a revelação sobre “pluralidade de esposas”, a qual viria a ser canonizada décadas após sua morte como a seção 132 de Doutrina & Convênios, Joseph Smith recebeu uma revelação em que o Senhor instruia seu futuro sogro sobre como realizar o casamento de sua filha ao Profeta.

Sarah Ann Whitney, em Utah. Em 1842, Sarah Ann Whitney foi selada a Joseph Smith em cerimônia oficiada por seu pai, e tendo sua mãe como testemunha. O ritual foi prescrito em uma revelação recebida por Joseph Smith | Imagem: Cortesia de Batsheba W. Bigler Smith Photograph Collection, circa 1865-1900, Biblioteca de Historia da Igreja, Salt Lake City.

Em 25 de julho de 1842, Joseph Smith Jr. ditou a Newel K. Whitney uma revelação sobre a cerimônia na qual Whitney lhe daria sua filha, Sarah Ann Whitney, em casamento.

A revelação foi publicada pela primeira vez este ano pelo Projeto Joseph Smith Papers, reconhecido projeto documental do Departamento Histórico d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e faz parte do seu mais recente volume de documentos, cobrindo o tumultuado período entre maio e agosto de 1842.

De acordo com os editores, a revelação, antes inacessível ao público, traz “as únicas instruções existentes do período de vida de [Joseph Smith] para a realização de uma cerimônia de casamento plural”.

A cerimônia prescrita difere grandemente dos rituais de selamento documentados ou em uso n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. 

Com então 17 anos, Sarah Ann era a filha mais velha dos comerciantes Newel Kimbal Whitney e Elizabeth Ann Smith Whitney. Tal como Sidney Rigdon, os Whitneys eram oriundos do movimento restauracionista campbellita.

A relação entre Joseph Smith e o casal era tão próxima que o Profeta Mórmon e sua esposa Emma viveram na “loja branca” dos Whitneys entre 1832 e 1836, mesmo prédio onde foi estabelecida a Escola dos Profetas em 1833. Os rituais iniciados naqueles anos em Kirtland seriam expandidos em Nauvoo, onde os Whitneys não seriam menos fieis a Smith.

Em 1831, após sua coversão ao mormonismo, Newel Whitney foi ordenado como bispo. No enclave mórmon de Illinois, Elizabeth Whitney tornar-se-ia a segunda conselheira de Emma Smith na Sociedade Feminina de Socorro, organizada em abril de 1842. No mês seguinte, Newel Whitney tomaria parte do pequeno grupo a receber a primeira administração dos rituais templários da investidura.

Com os mesmo rituais conferidos a mulheres, no ano seguinte, ambos os Whitneys passariam a fazer parte do Quórum dos Ungidos. Durante o último ano de vida de Joseph Smith, o bispo Whitney ainda faria parte do seu conselho teocrático, o chamado Conselho dos Cinquenta.

Autoridade patriarcal e laços dinásticos

Nesta revelação de julho de 1842, Newel K. Whitney é ordenado a afetuar a cerimônia não apenas “em nome de Jesus Cristo”, prática costumeira nos rituais mórmons, mas também em seu próprio nome, em nome de sua esposa, Elizabeth, e em nome dos seus “Progenitores”.

A autoridade sacerdotal de Newel Whitney, no texto ditado por Smith, é um “direito de nascença” e remete àquela dos antigos patriarcas bíblicos. O texto menciona o “Santo Melquisedeque Jetro”. Há tambem a menção a um futuro rei Davi.

As instruções ditadas por Smith prometem a Whitney “honra e imortalidade e vida eterna a toda tua casa”, revelando um aspecto dinástico do casamento entre Sarah e Joseph: sua união seria a união das duas familias, com os Whitneys ligados ao Profeta da sétima dispensação do evangelho “de geração a geração”.

Vendo a si como um elo entre deuses e mortais, Joseph Smith encabeçava em Nauvoo um reino familiar, do qual deveria fazer parte todo homem ou mulher que desejasse a glória celestial. Acima da Igreja pública, Smith iniciara o estabelecimento de uma Igreja secreta, construída a partir de uma teologia revolucionária, que ainda lhe custaria a aprovação de grande parte dos santos dos últimos dias.

Original perdido

O manuscrito original da revelação aparentemente não pode ser encontrado. Sobrevivem no acervo da Igreja dois manuscritos, em caligrafia não identificada.

Em 1912, o membro do Quórum dos Doze, e sobrinho de Sarah Ann, Orson F. Whitney transcreveu uma cópia manuscrita da revelação, de posse de seu pai, Horace Whitney. O apóstolo datilografou o texto e enviou sua nova cópia ao Presidente da Igreja, Joseph F. Smith. Orson F. Whitney acreditava que Horace havia recebido o texto diretamente de seu pai, Newel K. Whitney.

A revelação

Quarta-feira, 27 de julho de 1842

Em verdade assim diz o Senhor ao meu servo N[ewel] K. Whitney[:] aquilo que meu servo Joseph Smith fez conhecer a ti e à tua família e a respeito do qual concordaste é correto aos meus olhos e será coroado sobre suas cabeças com honra e imortalidade e vida eterna a toda tua casa, tanto jovem como velho, por causa da linhagem do meu Sacerdócio, diz o Senhor. [E]stará sobre ti e sobre teus Filhos depois de ti, de geração a geração em virtude da promessa Sagrada que agora faço a ti, diz o Senhor. Estas são as palavras que deves pronunciar ao meu servo Joseph e à tua Filha S[arah] A[nn] Whitney: eles devem tomar um ao outro pela mão e tu dirás [“]ambos concordam mutuamente – chamando-os pelo nome – em ser companheiros um do outro, por quanto vivam, preservando-se um para o outro, e de todos os outros e também ao longo da eternidade, reservando apenas aqueles direitos que foram dados ao meu Servo Joseph por revelação e mandamento e por Autoridade legal em tempos passados. Se ambos concordam em fazer o convênio e fazer isto, então dou S. A. Whitney, minha Filha, a Joseph Smith para ser sua esposa, para observar todos os direitos entre ambos que pertencem a essa condição. Eu faço isso em meu próprio nome e em nome da minha esposa, tua mãe, e <em> nome de meus sagrados Progenitores, pelo direito de nascença que é do Sacerdócio, revestido em mim por revelação e mandamento e promessa do Deus vivo obtida pelo Santo Melquisedeque Jetro e outros Santos Pais, comandando todos esses poderes para se concentrarem em ti e, por meio de ti, à tua posteridade para sempre. Estas coisas eu faço em nome do Senhor Jesus Cristo, que através desta ordem ele possa ser glorificado e que através do poder de unção Davi possa reinar como Rei sobre Israel, o qual será doravante revelado. Que imortalidade e vida eterna sejam a partir daqui seladas sobre suas cabeças para sempre e sempre[“]. 

Precauções

Três semanas após a cerimônia secreta, Joseph Smith escreveu uma carta ao casal Whitney, sem nomear Sarah Ann explicitamente. A correspondência não apenas oferece uma perspectiva sobre os sentimentos de Smith, mas também sobre o receio por sua vida e harmonia familiar com sua primeira esposa.

“[M]eus sentimentos são tão fortes por você[s] desde o que transcorreu entre nós, que o tempo da minha ausência [longe] de você[s] parece tão longo e sombrio”, escreveu o Profeta. Escondendo-se das autoridades policiais na casa de Carlos Granger, um não mórmon, Smith suplicava: “se vocês três viessem para me ver (…) isso me daria grande alívio”, afirmando necessitar do socorro “daqueles que me amam” no momento de solidão. Ele reiterava na carta a promessa de dar aos três “a plenitude de minhas bençãos seladas sobre suas cabeças”.

Duas precauções, no entanto, eram requisitadas por Smith: eles não deveriam visitá-lo quando Emma Smith estivesse presente, e a carta deveria ser queimada – instrução que os Whitneys evidentemente não seguiram.

Bênçãos

A união eterna almejada por Smith não considerava muitas diferenças entre o material e o divino. No dia 06 de setembro seguinte ao casamento, Smith deu a Sarah Ann Whitney a escritura de uma propriedade no Condado de Hancock, em documento autenticado pelo pai da jovem esposa plural.

Em 1843, no dia seguinte ao seu décimo-oitavo aniversário, Sarah Ann recebeu de Joseph Smith uma bênção por imposição de mãos, na qual suplicava a Deus para “coroá-la com um diadema de glória nos mundos Eternos”. A Sarah cabia permanecer no “convênio eterno” solenizado entre o casal. O vínculo eterno com a família Whitney é referido uma vez mais: Smith assegurava que “a casa de seu Pai será salva na mesma glória Eterna”. 

Um década de casamentos plurais

Sarah Ann foi descrita como uma das “estrelas guias” das jovens de Nauvoo, segundo sua amiga, Helen Mar Kimball. Ainda que alguns a considerassem “orgulhosa e um tanto excêntrica”, Sarah Ann era, na opinião de Helen Mar, “uma menina com a mente mais pura (…) e temente a Deus”. Helen Mar Kimball foi também selada a Joseph Smith aos 14 anos, em 1843, mesmo ano em que descobriu sobre o matrimônio de Sarah Ann. [1]

No ano em que desposou Sarah Ann Whitney, Joseph Smith vinha praticando casamentos plurais há, no mínimo, uma década, ainda que não tivesse plenamente desenvolvido a ideia de um poder selador que tornasse relacionamentos familiares válidos após a ressurreição.

Introduzindo o princípio do casamento plural sempre de maneira individual e secreta a alguns de seus seguidores, Smith negava publicamente a prática.

Um casamento para encobrir o casamento

Um dos subterfúgios usados por Joseph Smith para ocultar seus matrimônios plurais, protegendo a si e algumas de suas esposas dos olhos “gentios” e do restante da Igreja, eram novos casamentos públicos. Nove meses após ser selada ao Profeta, Sarah Ann Whitney (Smith) casou-se com Joseph C. Kingsbury, em cerimônia civil conduzida pelo próprio Smith. [2] No mês anterior, Joseph Smith havia conferido a Kingsbury uma bênção patriarcal em que prometia que sua esposa Caroline Whitney Kingsbury, falecida, estaria novamente com ele na primeira ressurreição.

Posteridade eterna?

Na divisora revelação de julho de 1843, Deus afirmava, por intermédio de Joseph Smith, que esposas lhe eram “dadas para multiplicar e encher a Terra” e “gerar as almas dos homens” (Doutrina & Convênios 132:63). A furtividade e muito provável baixa frequência de encontros íntimos com suas esposas plurais parecem não ter ajudado Joseph Smith a cumprir em vida um dos propósitos designados para o casamento celestial. E certamente, ele não esperava, e muito menos desejava, encerrar sua carreira profética nas mãos de assassinos, aos 39 anos.

Sarah Ann Whitney não teve filhos com Joseph Kingsbury e seu casamento foi dissolvido após o martírio dos irmãos Smith. Em 17 de março de 1845, Sarah Ann foi selada “para o tempo” ao apóstolo Heber C. Kimball, com quem viria a conceber sete filhos. Na teologia ensinada por Joseph Smith aos seus seguidores mais próximos, essas sete crianças seriam parte da sua posteridade com Sarah Ann Whitney.


Notas

1. Helen Mar Kimball Whitney, “Scenes in Nauvoo after the Martyrdom,” Woman’s Exponent, 1 Mar. 1883, 11:146.  Trechos citados na introdução histórica à revelação, no Projeto Joseph Smith Papers. 

Helen Mar Kimball reconta sua experiência como a esposa plural mais jovem de Joseph Smith em seus diários. Whitney, Helen Mar Kimball (2003), Compton, Todd M.; Hatch, Charles (eds.), A Widow’s Tale: the 1884-1896 Diaries of Helen Mar Whitney, Logan, UT: Utah State University Press.

Depos do assassinato de Joseph Smith, em 1844, Helen Mar casou-se com o irmão mais velho de Sarah Ann, Horace Whitney.

2. Após a revelação sobre a “lei do sacerdócio” ou “pluralidade de esposas” ter sido ditada por Joseph Smith, a pedido de seu irmão, Hyrum Smith, em 12 de julho de 1843, o texto foi mostrado a Emma Smith e a diversas autoridades eclesiásticas em Nauvoo. De acordo com o secretário particular de Joseph Smith, William Clayton, Newel K. Whitney pediu a Joseph C. Kingsbury para copiar o manuscrito. A cópia feita por Kingsbury foi levada pelos santos em seu êxodo rumo ao oeste, e foi a fonte para a publicação da mesma revelação no jornal Deseret News em 14 de setembro de 1852.

Joseph Smith, 211 Anos

Celebramos hoje os 211 anos de nascimento de Joseph Smith Jr., profeta fundador do mormonismo.

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Selecionamos abaixo 22 artigos e citações, a seu respeito ou de sua autoria, publicados no Vozes Mórmons em 2016.

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Comunistas pensam como Cristãos?

O Papa Francisco afirmou que “os comunistas [são] os que pensam como os cristãos”, em entrevista ao jornal italiano La Repubblica publicada anteontem.

O jornalista Eugenio Scalfari colocou essa pergunta direta ao Papa católico:

“Então você anseia por uma sociedade onde a igualdade domina. Isso, como você sabe, é a ideologia do socialismo marxista e também do comunismo. Você está, então, pensando em um tipo de sociedade marxista?”

Ao que respondeu o pontífice argentino Jorge Bergoglio:

“Já foi dito muitas vezes, e eu sempre respondi que, considerando tudo, são os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos tenham o direito para decidir. Não os demagogos, não Barrabás, mas o povo, os pobres,tenham eles fé em um Deus trascendental ou não. São eles quem devem ajudar a obter a igualdade e a liberdade.”

Com seu vasto império voltado para fins lucrativos e empresas multibilionárias, é difícil imaginar, hoje em dia, um Profeta da Igreja SUD fazendo uma afirmação pública semelhante. Não obstante, as raízes históricas do mormonismo incluíram conceitos ideológicos facilmente comparáveis ao comunismo. Por exemplo, a Ordem Unida estabelecida por Joseph Smith, e tentativamente re-implementada por Brigham Young, foi vista como uma forma de comunismo por, além de historiadores e economistas, vários líderes da própria Igreja.

O Presidente Brigham Young, jr., filho do Presidente Brigham Young, e então Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, fez os seguintes comentários sobre a comparação entre a Ordem Unida e o comunismo, além do estado do corporativismo na Igreja Mórmon (ênfases nossas):

Brigham Young Jr.

Brigham Young Jr. Apóstolo (1864-1903), membro do Quórum dos Doze (1868-1873, 1877-1903), Conselheiro na Primeira Presidência (1873-1877), Presidente do Quórum dos Doze (1901-1903)

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Thomas Monson de Papelão em Conferência Geral?

Anteontem, durante a terceira sessão da 186a Conferência Geral Semi-Anual d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos, membros da Igreja assistiram o Presidente Thomas S. Monson, encerrar as sessões de sábado com uma breve mensagem.

http://www.sltrib.com/home/4420515-155/frail-mormon-leader-monson-buoys-up

Thomas Monson, discursando na Sessão do Sacerdócio da 186a Conferência Geral Semi-anual, ajudado por um senhor escondido (Fonte: Trent Nelson, Salt Lake Tribune)

Contudo, havia algo escondido da vista dos membros em geral, visível apenas ao mais astuto observador, junto com o Profeta durante seu discurso.

Algo não, alguém.

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Alguém se Opõe aos Profetas? Cale-se, Então!

Ontem, durante a segunda sessão da 186a Conferência Geral Semi-Anual d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos, membros da Igreja gritaram votos em oposição ao Presidente Thomas S. Monson, à Primeira Presidência e aos Doze Apóstolos pela terceira vez em dois anos.

Pelo menos 7 membros ativos da Igreja levantaram-se para votar contra Thomas Monson como Presidente da Igreja

Pelo menos 7 membros ativos da Igreja levantaram-se para votar contra Thomas Monson como Presidente da Igreja, em abril de 2015.

Henry Eyring ignorou, como Dieter Uchtdorf havia feito na última conferência há seis meses, os votos dos membros da Igreja em dissensão aos chamados dos Profetas e Apóstolos. Eyring, visivelmente irritado, encurtava a oportunidade para o(s) membro(s) que estava(m) gritando “oposto” ao alongar demais ou reduzir a pausa para que se manifestassem. Ao final do voto de apoios, simplesmente declarou os votos “anotados” e “convidou”: Continuar lendo

Sacerdócio para Condenar?

Para que serve o Sacerdócio na teologia e na cultura mórmon?

Para servir e abençoar a vida dos outros?

Bênção por imposição de mãos. Mulheres Mórmons. História mórmon.

Mulheres reconstituem bênção por imposição de mãos para a benção e cura dos enfermos, como realizada por pioneiras mórmons (Imagem: ordainwomen.org)

Ou para condená-los e manipulá-los a fazer o que se quer deles?

Vejamos esse exemplo interessante e recente. Continuar lendo

Brigham Young: Reforma Mórmon

O Presidente Brigham Young fez os seguintes comentários sobre  a necessidade de se iniciar uma Reforma no Mormonismo, ensinando a doutrina de expiação de sangue e a insuficiência do Sacrifício Expiatório de Cristo, além da doutrina da segunda morte, em setembro de 1856:

Brigham Young

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Brigham Young: Mulheres Choramingam Demais

O Presidente Brigham Young fez os seguintes comentários sobre esposas e seus relacionamentos com seus maridos, em setembro de 1856:

Brigham Young

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Profetas Mórmons: Warren Jeffs

Profetas vivos são a parte mais idiossincrática da história, da teologia e da tradição mórmons. Tanto que o primeiro hinário mórmon, de 1835, continha uma estrófe celebrando a natureza ímpar desse quesito fundamental:

“Uma igreja sem um Profeta,
Não é a igreja para mim,
Ela não tem um cabeça para liderá-la,
Não pertenceria a uma assim.”

O conceito de profetas vivos permanece firme e forte, com mórmons cantando hoje “Graças damos, ó Deus, por um profeta; Que nos guia no tempo atual”. A celebração, e reverência, de profetas passados é quase tão forte quanto o culto aos profetas vivos atuais, inspirando publicações de biografias autorizadas e livros didáticos para mantê-los vivos na memória coletiva.

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Profeta Isaías, de Antonio Balestro

Não obstante, seja por divergência de tradições, seja por falta de interesse ideológico ou eclesiástico, ou por apatia literária ou historiográfica, muitos profetas da história e tradição mórmons são ignorados ou esquecidos. Esta série de artigos servirá para explorar as biografias e os legados desses líderes mórmons com sucintas introduções a seus chamados proféticos.

O artigo de hoje discutirá Warren Jeffs.

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Seminário Ensinará Origem Divina do Banimento de Negros

A mais recente publicação oficial para o ensino de adolescentes mórmons classifica a exclusão de negros do sacerdócio e das ordenanças do templo como uma lei temporária inspirada divinamente.

negros mórmons racismo seminário

Amanda e Samuel Chambers, conversos mórmons ainda no Mississippi pré-guerra, chegaram a Salt Lake City em 1870.

O novo manual para professores do Seminário sugere que os alunos situem o banimento racial mórmon (1852-1978) na mesma categoria de outras práticas e eventos, como a redução da idade para jovens saírem em missão, anunciada em 2012, e a realização de reuniões de jejum e testemunho às quintas-feiras, antes de 1896.

O novo manual do Seminário,  Continuar lendo

Igreja Explica Discriminação Contra Negros

Do túnel do tempo, um vídeo extraído de um documentário de 1973 sobre A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias explica porque negros eram discriminados pela Igreja.

Wendell Ashton dando discurso na Conferência Geral de abril de 1971

A porção central do clipe mostra o Diretor de Relações Públicas da Igreja SUD, e irmão mais velho do Apóstolo Marvin Ashton, Wendell Jeremy Ashton, oferecendo a explicação oficial em nome da Igreja: Continuar lendo

Alexander Morrison: Igreja Nunca Foi Racista

A Autoridade Geral da Igreja SUD Alexander B. Morrison, membro do Primeiro Quórum de Setenta, celebrou o fato que a Igreja sempre foi contra o racismo em toda sua história!

Em interessante artigo para a revista oficial mensal da Igreja Mórmon sobre tolerância racial e transnacional, Morrison exalta a Igreja pelo excepcional exemplo moral do seu passado histórico de nunca haver caído na tentação humana do preconceito racial: Continuar lendo

Bênção Patriarcal de Joseph Smith

Em 09 de dezembro de 1834, Joseph Smith Jr. recebeu de seu pai uma bênção patriarcal. Semanas antes de completar 29 anos, o jovem profeta ouviu de seu pai sexagenário palavras que não só remetiam aos patriarcas bíblicos como traçavam a eles sua genealogia e promessas.

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Joseph Smith Sr. foi ordenado como Patriarca da Igreja de Cristo em 1833, sendo seu ofício o único ofício eclesiástico hereditário estabelecido durante a vida do profeta mórmon. Joseph Smith Sr. concedia aos membros da Igreja bênçãos patriarcais. No mormonismo, a bênção patriarcal é uma profecia individual, proferida durante uma cerimônia com imposição de mãos de um patriarca, cujas palavras e profecias são transcritas para servir ao recepiente como escrituras personalizadas e guia espiritual.

Nessa benção patriarcal, o Patriarca elogia seu filho, o Profeta, por sempre apoiar seu pai a despeito de seu problema com alcoolismo, afirmando-lhe que obteria enormes poderes sobrenaturais para realizar milagres iguais aos realizados por Jesus e até mais, e ainda prometendo-lhe segurança física contra assassinos potenciais que lhe tentariam, em vão, tirar-lhe a vida. Acima de tudo, Smith Sr. profetiza a Smith Jr. em tons milenares, comuns para o mormonismo dessa época, que ele ainda presenciaria a tão esperada Segunda Vinda de Cristo.

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Wilford Woodruff: Pais e Filhos Multirraciais

O então Apóstolo Wilford Woodruff anotou os seguintes ensinamentos em seu diário pessoal, sobre os pais de filhos miscigenados ou multirraciais, de um discurso de Brigham Young proferido diante da Assembleia Legislativa do Território de Utah:

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Wilford Woodruff, Profeta e Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias entre 07 Abr 1889 e 02 Set 1898.

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